SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número32Philippe Contamine (1932-2022)Crónica de uma revisão anunciada. A De Expugnatione Lyxbonensi à luz da investigação recente índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Medievalista

versão On-line ISSN 1646-740X

Medievalista  no.32 Lisboa jul. 2022  Epub 31-Dez-2022

https://doi.org/10.4000/medievalista.5750 

Varia

Bibliotheca Iluminada. Produção e circulação da Bíblia em Portugal. Itinerários dos manuscritos iluminados românicos. Biblioteca Nacional de Portugal, 28 de Outubro de 2021 a 22 de Janeiro 2022

Illuminated Bibliotheca. Production and circulation of the Bible in Portugal. Itineraries of the Romanesque illuminated manuscripts. National Library of Portugal, 28 October 2021 to 22 January 2022

Luís Correia de Sousa1 
http://orcid.org/0000-0002-5672-6746

Maria Adelaide Miranda1 
http://orcid.org/0000-0002-7581-3888

1 Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de Estudos Medievais 1070-312 Lisboa, Portugal


Esta exposição surgiu integrada num projecto mais vasto que incluiu, ainda, um colóquio internacional, realizadonos dias 28 e 29 de Março de 20221 e a publicação do catálogo de manuscritos, em 2023. O principal objectivo desta mostra foi dar a conhecer um conjunto de bíblias românicas iluminadas, produzidas durante o século XII e conservadas em instituições portuguesas. Trata-se de um património quase desconhecido, pelo facto dos códices exigirem condições especiais de conservação e, por isso, serem de acesso reservado. Assim, este acontecimento foi, sem dívida, uma oportunidade rara para o público em geral tomar contacto com os manuscritos, enquanto objectos culturais e artísticos. O título escolhido, Bibliotheca Iluminada, foi tomado do nome latino para o conjunto de livros bíblicos que constituíam a Bíblia e que muitas vezes circulavam separados.

Em termos organizativos, a exposição dividiu-se em três áreas - as bíblias que foram produzidas em Portugal ou que circularam nos nossos mosteiros durante o século XII, as bíblias que só mais tardiamente foram incorporados nas nossas bibliotecas e, ainda, um núcleo, constituído por duas vitrines, onde se apresentaram estudos laboratoriais de alguns fundos monásticos, com a identificação do pigmentos, colorantes e tintas da escrita usadas nos códices. Do ponto de vista museológico, uma questão inicial se colocou: Como mostrar alguns manuscritos que, por motivos vários, nomeadamente o estado de conservação, não puderam integrar a exposição, mas que eram fundamentais para este projecto? Referimos particularmente as bíblias do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, (Sta. Cruz 1, Sta. Cruz 3 e Sta. Cruz 2) e a bíblia da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC Ms. 3088-3090). Decidiu-se, em articulação com o serviço das Actividades Culturais e Comunicação da BNP, uma solução alternativa que permitiu, de alguma forma, ultrapassar o problema e que foi a apresentação de reproduções de qualidade e em grande escala, dos manuscritos em falta. Para deixar claro junto do público que não se pretendia confundir originais com reproduções, estas foram exibidas na parte exterior das vitrines, sendo que os originais foram expostos no interior dos expositores. Esta solução permitiu expor algumas das imagens mais relevantes dos manuscritos em causa, mostrar a exuberância de formas e cores, assim como ligações entre texto e imagem e relações entre manuscritos. Por sua vez, e em contraponto com as reproduções, mostrou-se um significativo número de códices originais, em todo o seu esplendor e monumentalidade, não só como objectos artísticos, em que a iluminura se integra no todo que é o livro, mas também enriquecidos com informação complementar sobre os seus usos e percursos. Algumas questões se levantam, ainda, quanto à origem e itinerários de vários dos exemplares expostos, circulação de modelos artísticos e de iluminadores, assim como no que diz respeito a condições de apoio mecenático.

A exposição incluiu ainda um conjunto de reproduções de fragmentos que permitiram, de alguma forma, revelar indícios do que terá sido a produção de manuscritos bíblicos iluminados na Alta Idade Média, na região que viria a ser Portugal. Apresentaram-se dois fragmentos conservados no Arquivo Municipal Museu Alfredo pimenta, um deles contendo parte de umas Tábuas de Concordância Evangélica, do século XI (?) (Guimarães, Perg. 413) e um Prólogo de São Jerónimo ao Livro de Daniel, onde consta uma inicial ornada I, preenchida com folha de ouro (Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, C-204), ambos provenientes da Colegiada de Santa Maria de Guimarães. Em termos de iluminura é de salientar o fragmento contendo parte das Tábuas de Concordância Evangélica. Além dos fragmentos referidos, expôs-se, ainda, a reprodução de um outro fragmento, actualmente conservado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Pelas características codicológicas, conteúdo textual e pelo facto de ter servido de capa a um livro de contas do século XVI, admitimos poder tratar-se de um fragmento pertencente ao que teria sido a grande Bíblia românica do mosteiro de São Mamede do Lorvão.

Estas bíblias românicas2, caraterizadas pelas suas grandes dimensões, frequentemente com mais 500 mm de altura, produzidas entre finais do século XI e inícios do XIII, dependendo das regiões de origem, são, sem dúvida, um património de excelência. Apresentam a monumentalidade própria das obras de arte encomendadas por importantes mecenas e produzidas para mosteiros onde cumpriram funções litúrgicas e contribuíram para o seu prestígio. Para a sua produção contribuiu uma elite de escribas e iluminadores, muitas vezes artistas itinerantes. Quanto ao conteúdo, a Bíblia, texto fundamental do Cristianismo, o Verbo revelado era, nas abadias, a base da lectio divina, planeada para atingir a sua compreensão literal, conceptual e doutrinal, o texto era meditado, memorizado e recitado quase de contínuo. Toda a Bíblia devia ser lida ao longo do ano, no Ofício nocturno e no refeitório. Na sua dimensão artística, a iluminura tornou estes manuscritos numa das manifestações mais prestigiadas deste período; as imagens, mais um menos elaboradas, eram fundamentais para guiar o leitor no seu percurso pelo texto, solidárias com os títulos (INCIPIT manchetados), assinalam, através de iniciais ornadas ou historiadas, a abertura dos prólogos e dos livros bíblicos. Os versículos e os capitula acolhem, por vezes, uma ornamentação secundária, mais simples, mas que se revela, por vezes, valiosa para a identificação e cronologia dos livros. Destacam-se normalmente, a abrir o Antigo Testamento, as iluminuras do prólogo inicial, constituído pela Carta de Jerónimo a Paulino de Nola (carta 53), do Prólogo de Jerónimo ao Pentateuco e a abertura do Livro do Génesis; no Novo Testamento o destaque vai geralmente para o início dos Evangelhos e para as Tábuas de Concordância Evangélica. A ornamentação conjuga representações antropomórficas, em cenas narrativas ou em metamorfose com elementos vegetais ou zoomórficos, que assumem dimensão simbólica, combinando a recriação de modelos com a inovação criativa, em momentos de inigualável beleza. Para isso concorre a arte do iluminador, através da riqueza e qualidade do desenho e dos processos de elaboração da cor, transmitidos pelos tratados de iluminura, que preservam e transmitem saberes de tradições seculares. Todos estes aspectos foram realçados nos códices expostos.

Em Portugal, estas bíblias foram produzidas e/ou usadas pelos monges nos mosteiros de Santa Cruz de Coimbra e Santa Maria de Alcobaça. Mosteiros de fundação régia, ligados à formação de Portugal como reino independente e com ligações internacionais. Santa Cruz (1131) filiada aos cónegos Regrantes de S. Rufo de Avinhão e Alcobaça (1153) à Cisterciense Claraval, de onde copiaram os textos para os primeiros tempos da sua actividade e receberam modelos para a iluminura, sem nunca renunciarem a um rico passado ibérico, em termos artísticos, que se fará sentir sobretudo em Santa Cruz3.

Na impossibilidade, como se disse, de mostrar os originais do fundo de Santa Cruz de Coimbra, optou-se por apresentar reproduções de alguns fólios. Merece destaque a Bíblia Sta. Cruz 1, que apesar de conter apenas o Antigo Testamento e as Tábuas de Concordância Evangélica, inacabadas, é sem dúvida um verdadeiro tesouro da iluminura do Românico, pela qualidade da escrita e riqueza da iluminura. As características codicológicas e artísticas aproximam-na das grandes bíblias hispânicas e poderá ter sido copiada pelo copista do Beatus de São Pedro de Cardeña em finais do século XII. O iluminador, um exímio desenhador e pintor, conhecia os modelos do norte da Europa e do mundo hispânico, deixou-nos, sem dúvida, o mais interessante conjunto de inicias ornadas e historiadas dos nossos fundos monásticos, onde se conjugam elementos vegetalistas, zoomórficos e antropomórficos. O INCIPT que abre o prólogo inicial de São Jerónimo remete-nos para modelos provenientes do norte da Europa, como a Bíblia de Arnstein, de 1172 (BL, Harley Ms. 2799, f. 166). Na inicial historiada I do Génesis, que contém o tema da Criação, identificam-se ligações ao mundo hispânico, nomeadamente à Bíblia de Ávila (parte hispânica), sobretudo nas representações das figuras humanas. As Tábuas de Concordância Evangélica, embora não concluídas, pois não foram introduzidas as referências textuais, destacam-se pela riqueza da iluminura. As tabelas são definidas com desenhos de arquitecturas, pintados com cores fortes, azul, vermelho, verde e ocre; os espaços são preenchidos com elaborados elementos vegetalistas, seres híbridos (nomeadamente nas figuras dos evangelistas, com proximidades à imagem do túmulo de S. Martinho de Dume,) e criativas representações de anjos e dos evangelistas. A relação deste manuscrito com o Sta. Cruz 3 e Sta. Cruz 2 ficaram claras na vitrine seguinte, tendo aquele servido de modelo para a produção de uma segunda Bíblia no mosteiro4.

A exposição integrou as duas grandes bíblias de Santa Maria de Alcobaça (BNP, Alc. 396-399 e Alc. 427-431), presentemente conservadas na Biblioteca Nacional de Portugal, uma delas produzida pelos monges alcobacenses (Alc. 427-431). A selecção dos fólios a expor pretendeu mostrar a iluminura mais significativa e identificadora do scriptorium de Alcobaça; um vocabulário ornamental e um bestiário criado pelos monges, ligado a um sistema de cores próprio, embora recorrendo a modelos da Europa setentrional5. Ficou patente a harmonia das empaginações, assim como a beleza e o impacto dos paratextos. Apesar de possuírem excelentes iluminadores, adoptam um reduzido número de cenas narrativas, característica comum às restantes artes plásticas deste período, em que domina uma gramática ornamental rica, de interpretação local, com representação de animais. Deu-se destaque, mais uma vez, às Tábuas de Concordância Evangélica (Alc. 396), revelando-se um dos espaços mais criativos, do ponto de vista artístico, onde o iluminador conjugou arquitecturas de caracter orientalizante (evocando a ideia de uma certa Jerusalém Celeste), com cenas ligadas à defesa da Cidade Santa, assim como imagens do quotidiano relacionadas com construção de uma abadia. Estas tábuas desenvolvem-se ao longo de vários fólios, podendo revestir-se de uma dimensão exegética, mas não deixam de revelar a capacidade de construção de diagramas, facilitando, simultaneamente, a leitura e a memória.

O estudo artístico e codicológico dos manuscritos expostos foi acompanhado pela análise material da cor, trabalho realizado em colaboração com o Departamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa e Laboratório Associado para a Química Verde - REQUIMTE, o que permitiu identificar as cores dominantes: o azul, o vermelho e o verde6. Destaca-se em Santa Cruz o uso intenso da goma-laca, em substituição da cor púrpura e também do rosa. Mesmo na cisterciense Alcobaça e apesar do “interdito bernardino”, os manuscritos apresentam sempre cores vivas e intensas usadas em contrastes acentuados.

Como anteriormente foi mencionado, a exposição integrou também, excelentes manuscritos que só mais tardiamente foram incorporados nas nossas bibliotecas, nomeadamente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC Ms. 3088-3090), Biblioteca Pública de Évora (Cod. CXXV/2-1 e Cod. CXXV/2-2) e Biblioteca da Ajuda (ms. 52-XIV-13 e 52-XIV -14; ms. 52-XIV-10). A Bíblia da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, de finais do século XII, estudada por Saúl Gomes7, é um exemplar de qualidade invulgar e revela algumas singularidades em termos iconográficos; compõem-se de três volumes, faltando-lhe um quarto que conteria os livros de Job, Salmos, Profetas Maiores e Menores. Desconhece-se a origem e a proveniência, mas parece revelar alguma influência do mundo bizantino. Sabe-se que em 1798 já fazia parte do acervo biblioteca da Universidade. Sobre as bíblias da Biblioteca da Ajuda, o estudo minucioso de inscrições marginais, presentes nos próprios manuscritos, permitiram ao investigador Xavier van Binnebeke8 esclarecer os seus percursos. São bíblias que apresentam características distintas relativamente às anteriormente referidas, no que à iluminura diz respeito, e cujo itinerário nos leva a aproximá-las da produção do noroeste e centro de França. Nestas bíblias, tal como na de Coimbra, sem dúvida patrocinadas por ricos mecenas, destaca-se um conjunto notável de iniciais historiadas sob fundo dourado com uma rica e por vezes original iconografia. De sublinhar que a Bíblia à guarda da Biblioteca Pública de Évora, em dois volumes, constitui o mais antigo exemplar de Bíblia iluminada, completa, existente em Portugal, cuja cronologia remonta ao primeiro quartel do século XII, tendo sido iluminada por um artista que trabalhou no Norte da França, em S. Quentin de Beauvais9. A exposição foi acompanhada de um mapa10 construído para este evento, onde foram cartografados os principais scriptoria românicos, podendo assim os visitantes localizar geograficamente todos os mosteiros referidos nas legendas das obras expostas.

Referências bibliográficas

BINNEBEKE, Xavier van - «French Romanesque Bibles in Portugal. The “Codex Capituli Ecclesiae B. Mariae Vernonensis"». Lusitania Sacra 34 (Julho-Dezembro 2016), pp. 61-93. [ Links ]

CAHN, Walter - Romanesque Bible Illumination. Fribourg: Office du Livre, 1982. [ Links ]

DENOËL, Charlotte - “Un légendier enluminé par le maître des Évangiles d'Amiens, Paris, Bibliothèque Sainte-Geneviève, ms 134". In Materiam superabat opus'. Hommage à Alain Erlande-Brandenburg. Paris: Réunion des Musées Nationaux, 2006, pp. 220-229. [ Links ]

GOMES, Saúl - “Manuscritos medievais iluminados e fragmentos”. In AMARAL, António Maia do (coord.) - Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009, pp 41-73. [ Links ]

HOURIHANE, Colum - Romanesque art and thought in the twelfth century. Pennsylvania: Princeton University, 2008. [ Links ]

MELO, Maria João; MIRANDA, Maria Adelaide; SOUSA, Luís Correia de - “Bíblias românicas de Santa Cruz de Coimbra”. In BARROCA, Mário Jorge; BOTELHO, M.ª Leonor; ROSAS, Lúcia M. C. (coords.) - Enciclopédia do Românico em Portugal. Palencia: Fundación Santa María la Real (No prelo). [ Links ]

MELO, Maria João; MIRANDA, Maria Adelaide; SOUSA, Luís Correia de - “Bíblias românicas de Santa Maria de Alcobaça”. In BARROCA, Mário Jorge; BOTELHO, M.ª Leonor; ROSAS, Lúcia M. C. (coords.) - Enciclopédia do Românico em Portugal. Palencia: Fundación Santa María la Real (No prelo). [ Links ]

MIRANDA, Maria Adelaide - A Iluminura de Santa Cruz no tempo de Santo António. Lisboa: Edições Inapa. 1996. [ Links ]

MIRANDA, Maria Adelaide; MELO, Maria João - “Sécrets et Découvertes en Couleurs dans les manuscrits enluminés”. In MIRANDA, Maria Adelaide; MIGUÉLEZ CAVERO, Alicia (ed.) - Portugueses Studies on Medieval illuminated Manuscripts. Barcelona Madrid: Textes et Études Du Moyen, 2014, pp. 1-31. [ Links ]

2Continuamos a chamar Românicas na continuidade da obra pioneira e incontornável de CAHN, Walter - Romanesque Bible Illumination. Fribourg: Office du Livre, 1982. Embora o termo deva ser problematizado à luz das contribuições que foram dadas no volume de homenagem a este autor editado por HOURIHANE, Colum - Romanesque art and thought in the twelfth century. Pennsylvania: Princeton University, 2008.

3 MIRANDA, Maria Adelaide - A Iluminura de Santa Cruz no tempo de Santo António. Lisboa: Edições Inapa. 1996, p. 98.

4MELO, Maria João; MIRANDA, Maria Adelaide; SOUSA, Luís Correia de - “Bíblias românicas de Santa Cruz de Coimbra”. In BARROCA, Mário Jorge; BOTELHO, M.ª Leonor; ROSAS, Lúcia M. C. (coords.) - Enciclopédia do Românico em Portugal. Palencia: Fundación Santa María la Real (No prelo).

5MELO, Maria João; MIRANDA, Maria Adelaide; SOUSA, Luís Correia de - “Bíblias românicas de Santa Maria de Alcobaça”; SOUSA, Luis Correia de - “IN PRINCIPIO - A Bíblia Medieval em diálogo com a pintura de Ilda David”. In Catálogo da exposição patente na Biblioteca Nacional de Portugal (16 Fevereiro a 21 de Maio). Lisboa: DOCUMENTA, 2016.

6MIRANDA, Maria Adelaide; MELO, Maria João - “Sécrets et Découvertes en Couleurs dans les manuscrits enluminés”. In MIRANDA, Maria Adelaide; MIGUÉLEZ CAVERO, Alicia (ed.) - Portugueses Studies on Medieval illuminated Manuscripts. Barcelona/ Madrid: Textes et Études Du Moyen, 2014, pp. 15-18.

7GOMES, Saúl - “Manuscritos medievais iluminados e fragmentos”. In AMARAL, António Maia do (coord.) - Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009, pp. 41-45.

8BINNEBEKE, Xavier van - «French Romanesque Bibles in Portugal. The “Codex Capituli Ecclesiae B. Mariae Vernonensis. Lusitania Sacra 34 (Julho-Dezembro 2016), pp. 61-93.

9DENOËL, Charlotte - “Un légendier enluminé par le maître des Évangiles d'Amiens, Paris, Bibliothèque Sainte-Geneviève, ms 134". In Materiam superabat opus'. Hommage à Alain Erlande-Brandenburg, Paris: Réunion des Musées Nationaux, 2006, pp. 220-229.

10Autoria de Gonçalo Melo da Silva, investigador integrado no Instituto de Estudos Medievais (NOVA FCSH), em colaboração com Luís Correia de Sousa e Maria Adelaide Miranda.

Recebido: 16 de Março de 2022; Aceito: 16 de Março de 2022

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons