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Revista :Estúdio

versão impressa ISSN 1647-6158

Estúdio vol.12 no.35 Lisboa set. 2021  Epub 30-Set-2021

 

Artigos Originais

Scratching the Surface: participação e transformação social da cidade

Scratching the Surface: participation and social transformation of the city

Joana Gaudêncio Matos1  2  3 
http://orcid.org/0000-0001-5406-8340

1 Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE-IPS), Centro de Investigação em Educação e Formação (CIEF), Campus do Instituto Politécnico de Setúbal, Estefanilha, 2914-504 Setúbal, Portugal;

2 Escola Superior de Educação do Politécnico de Lisboa (ESELX-PL) Campus de Benfica do IPL, 1549-003 Lisboa, Portugal

3 Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas Artes (FBAUL), Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes (CIEBA), Largo da Academia Nacional de Belas Artes 4, 1249-058 Lisboa, Portugal


Resumo

O texto propõe uma abordagem à obra do artista plástico Alexandre Farto aka Vhils (n.1987). Este é considerado um dos artistas mais significativos e instigantes que desenvolvem parte do seu trabalho na área da street art, mobilizando um conjunto de meios expressivos que possibilitam uma reflexão sobre o meio urbano e estabelecem uma progressiva relação entre a arte, a cidade e a sociedade. Esta relação leva, inevitavelmente, a uma fusão entre a arte e o contexto social. Analisar-se-á um conjunto de intervenções inseridas na sua série de trabalhos intitulada “Scratching the Surface”.

Palavras-chave: Street Art; Comunidade; Práticas Artísticas Colaborativas

Abstract

The text suggests an approach to the work of the plastic artist Alexandre Farto aka Vhils (b.1987). He is considered one of the most significant and thought-provoking artists who develop part of their work in the sphere of ​​street art, mobilizing a set of expressive means that allow a reflection on the urban environment and establish a progressive relationship between art, the city and society. This relationship inevitably leads to a fusion between art and the social context. A set of interventions included in the series of his works entitled “Scratching the Surface” will be analyzed.

Keywords: Street Art; Community; Collaborative Artistic Practices

1. Introdução

Este texto propõe uma abordagem à obra do artista plástico Alexandre Farto aka Vhils, nascido no Seixal (Portugal) em 1987, cidade industrial repleta de murais que lembravam a Revolução de Abril e que acabaram por influenciar o trabalho de caráter mais individual e/ou informal do artista. A sua experiência académica e artística em Londres, possibilitou o contacto direto com Banksy que o convidou a participar no Cans Festival, realizado em 2008 no Leake Street Tunnel, espaço escolhido para a realização de um conjunto de intervenções de street art. A partir deste momento, o artista vê os seus trabalhos serem reconhecidos por instâncias de legitimação como galerias, espaços museológicos e pela própria crítica da arte. O seu percurso artístico integra inúmeros projetos e exposições nacionais e internacionais desenvolvidas em diversos países como Reino Unido, França, Alemanha, Rússia, Estados Unidos da América, Brasil, China, África do Sul, Roménia, entre outros.

Para compreender o processo criativo e a visualidade das suas obras, teremos de considerar a reflexão que Vhils elabora constantemente em torno do papel do cidadão comum que deambula pelas ruas da cidade e dos problemas que enfrenta no seu quotidiano. Nas suas intervenções podemos enumerar um conjunto diversificado de técnicas (escultura, pintura, serigrafia, gravura, fotografia, vídeo e instalação), de materiais (portas, parede, esferovite, cortiça, camada de cartazes, etc.) e de ferramentas (cinzel, berbequins, explosivos, etc). Independentemente do facto destas obras serem realizadas para o espaço urbano ou para o espaço expositivo, assistimos a uma presença assídua do retrato que poderá ser representativo de um indivíduo ou de um grupo que pertence a uma determinada comunidade.

Neste artigo irá proceder-se à análise do projeto intitulado “Incisão” desenvolvido em Curitiba-Brasil em 2014 e do projeto “Debris” desenvolvido dois anos mais tarde em Hong Kong-China. Ambos retratam preocupações sociais e políticas e envolvem as comunidades locais em práticas criativas (colaboração, cocriação e fruição.)

2. Projetos artísticos desenvolvidos com a comunidade

Os projetos artísticos desenvolvidos com uma comunidade específica, exigem da parte do artista um grande investimento. Primeiramente, é realizado uma investigação sobre o local e as suas gentes seguindo-se a construção de uma relação e aproximação com os seus habitantes, que se desenvolve através de uma partilha mútua de conhecimentos e memórias, que darão posteriormente origem a projetos criativos no espaço urbano, e que por vezes permeiam a participação/colaboração da comunidade. No que se refere aos trabalhos desenvolvidos por Vhils, estes assumem múltiplas modalidades técnicas, permitem refletir sobre um conjunto de questões da esfera social e política e, por último, constituem-se espaços de partilha onde as temáticas trabalhadas são do interesse de um coletivo. Referindo-se à importância desta questão, mencionamos Athins (1997, p.197) que afirma que a arte desenvolvida para o espaço público é produzida para a comunidade e, por esta razão, deve ser reconhecida e aceite por ela.

Os processos de trabalho que envolvem a participação da comunidade requerem do artista um processo de trabalho complexo que contempla diversos pontos de vista e relações estabelecidas entre os seus intervenientes. De acordo com Saraiva (2013:131)

Os artistas que trabalham com comunidades têm que gerir e absorver diferentes camadas no processo de trabalho: a perspetiva individual sobre a comunidade, a perspetiva da comunidade sobre ela própria, a relação criada entre o artista e a comunidade, e as várias camadas de conhecimento inerentes à comunidade, como a sua história, memória e relações com o que é externo a ela. A ênfase destas práticas está no processo, que é exatamente o estágio do projeto de conhecimento e diálogo que deve posteriormente determinar a intervenção artística a ser feita.

Os processos mencionados anteriormente estão inseridos numa metodologia denominada por community art, community-engaged art ou community-based art, descrita por Pereira e Sá (2016:26) como

um conjunto de práticas artísticas, desenvolvidas com o objetivo de envolver uma determinada comunidade (balizada por critérios de natureza territorial, demográfica, etária, cultural, etc.) no âmbito de um diálogo mais alargado com vista proporcionar uma mudança positiva na forma como esta se relaciona internamente ou com contextos mais amplos (regionais nacionais, globais).

Enquadrados nesta metodologia encontram-se alguns projetos do artista Vhils que visam enfatizar problemas e ameaças que as comunidades enfrentam, identificados através de um mapeamento de distintas componentes que circunscrevem os contextos reais da intervenção com o auxílio de instituições locais que proporcionam o primeiro contacto do artista com o meio e com a população.

O primeiro projeto selecionado “Incisão”, desenvolveu-se em 2014 durante uma residência artística que Vhils realizou na aldeia de Araçaí - Curitiba, onde contactou com uma comunidade Guarani que vivia em condições difíceis depois de forçada a sair das suas terras pelo governo. O segundo projeto intitulado “Debris” desenvolveu-se em Hong Kong no ano de 2016 e consistiu numa reflexão visual sobre uma das maiores metrópoles do mundo, visando a exploração dos traços identitários dos seus habitantes. Neste tipo de experiências estéticas desenvolvidas com a comunidade, o significado da obra pronuncia-se através do produto final, do processo de interação social e nas repercussões que estas possam ter para o futuro da comunidade. Congdon, Blandy & Bolin (2001:3), referem que estas práticas têm a capacidade de estimular a intervenção das pessoas nas problemáticas “como catalisadores de diálogo sobre identidade individual e de grupo, preocupações locais e nacionais e, finalmente, numa procura pela democracia.”. Estes processos artísticos possibilitam uma mudança significativa, a partir do momento que a comunidade começa a ter voz ativa e a interagir com o artista através da atribuição de um contexto e de conteúdo para a intervenção.

A participação da comunidade em projetos artísticos distingue-se através do seu nível de envolvimento. Neste sentido, Helguera (2011:14) estabelece quatro tipologias de participação: a) Nominal - o indivíduo contempla o trabalho de maneira reflexiva; b) Direcionada - o indivíduo completa uma tarefa simples de contribuir para a criação do trabalho; c) Criativa - o indivíduo fornece conteúdo para uma componente do trabalho dentro de uma estrutura estabelecida pelo artista; e d) Colaborativa - o indivíduo compartilha responsabilidade pelo desenvolvimento da estrutura e do conteúdo do trabalho em colaboração com o artista. Estas tipologias de participação estão presentes nos dois projetos que serão analisados de seguida e cujas metodologias permitiram uma reflexão a partir de dimensões pessoais, sociais e culturais.

3. Scratching the Surface: projetos artísticos

Ao interligarmos os processos artísticos com as intervenções site specific é possível estabelecer um conjunto de aproximações à problemática que envolve as conceções acerca da comunidade e os seus respetivos graus de participação nestas práticas (colaboração, cocriação, fruição). Neste sentido, foram escolhidas para análise duas propostas artísticas participativas e/ou colaborativas na área da street art, no sentido de se compreender o nível de participação e posicionamento das comunidades perante os processos criativos e o próprio artista.

Ao realizar um projeto com estas caraterísticas, Vhils concilia as intervenções no espaço urbano, onde por vezes, a exclusão social está presente, com obras de caraterísticas diferentes que são realizadas com as comunidades e se destinam a exposições que marcam o encerramento destes projetos.

3.1 “Incisão”, Curitiba - Brasil, 2014.

Designado por “Incisão”, o primeiro projeto selecionado foca a sua atenção numa pequena comunidade indígena realojada na aldeia de Araçaí-Piraquara em 2000, localidade que se situa a 50 quilómetros de Curitiba. Esta mudança ocorreu no âmbito de um programa governamental que forçou a tribo a abandonar as suas terras ancestrais e a fixar-se numa nova localidade situada numa reserva de proteção ambiental.

Esta mudança obrigou a comunidade a procurar outras formas de subsistência devido à proibição de plantar alimentos e caçar. A mostra de trabalhos desenvolvida neste projeto visou abordar os contrastes entre um modo de vida secular desenvolvido por este povo (num quase estado de isolamento) e a influência ocidental (entendida como sinal de modernidade), refletindo assim sobre o choque entre o modelo dominante de desenvolvimento contemporâneo e os modos de vida mais tradicionais.

O título do Projeto “Incisão” desenvolvido em 2014, remete-nos para uma das técnicas que carateriza a prática de Vhils, designadamente o corte e o talhe das superfícies de madeira, estabelecendo também referência às contrariedades pelas quais esta comunidade passou. No decorrer deste projeto, o artista teve a oportunidade de realizar uma oficina onde desenvolveu, em conjunto com os artesãos Guarani, quatro intervenções sobre portas de madeira e uma parede. Nas portas de madeira recolhidas na localidade foram escavados símbolos que se relacionam com este povo indígena, tais como o sol, setas ou aves, utilizando como ferramentas goivas, cinzéis e o pirógrafo (Figura 1).

Figura 1 Processo de trabalho. Intervenções realizadas com os indígenas da Aldeia do Araçaí, Curitiba. 2014. Fonte: https://www.facebook.com/vhils1/photos/679662255406291  

Figura 2 ∙ Alexandre Farto e Dona Emília. 2014. Fonte: https://www.facebook.com/fuaproducoesculturais/photos  

Na intervenção realizada na parede da farmácia da aldeia, assistimos à colaboração entre o artista, a sua equipe de produção e os membros da comunidade na elaboração do retrato D. Emília a anciã da aldeia, o elemento mais maduro da comunidade sobre quem recaem um conjunto de responsabilidades. Este processo iniciou-se com uma entrevista e sessão fotográfica à D. Emília (Figura 2), edição da fotografia, passagem do desenho para uma parede de madeira e, por último, a incisão/escavação da parede recorrendo a goivas, através de um trabalho de colaboração entre alguns elementos da comunidade e o artista (Figura 3).

Figura 3 Vhils, D. Emília. Intervenção Aldeia do Araçaí, Curitiba. 2014. Fonte: https://www.facebook.com/vhils1/photo  

Figura 4 Vhils, Exposição Incisão, Curitiba. 2014. Fonte: https://www.vhils.com/exhibitions/incisao  

Estes trabalhos desenvolveram-se através de processos participativos que integraram vários artesãos da comunidade indígena e que colaboraram com o artista na criação e concretização das peças no que diz respeito às sugestões sobre os elementos que deviam constar nas portas, na partilha de conhecimentos sobre as técnicas e instrumentos que utilizam usualmente na realização das suas peças de artesanato, e por último, na execução das técnicas.

Terminado o processo artístico e de socialização com esta comunidade, todos os trabalhos foram expostos através da montagem de uma instalação (Figura 4) na galeria CAIXA Cultural em Curitiba entre os dias 19 de março e 11 de maio de 2014. O seu principal objetivo passou por dar visibilidade a esta e outras comunidades indígenas, sujeitas a processos de deslocação, perda de terras e desenraizamento cultural. No decorrer deste projeto foi ainda realizado um vídeo produzido por Vhils, onde este estabelece um conjunto de reflexões que concebe sobre o Projeto “Incisão” e onde assume que o principal objetivo deste trabalho consistiu em homenagear e dar voz a esta comunidade Guarani da aldeia de Araçaí.

3.2“Debris”, Hong Kong - China, 2016.

Deste projeto desenvolvido por Vhils na cidade de Hong Kong, resultou um conjunto de aproximadamente cinquenta intervenções, algumas site-specific, realizadas através de diferentes técnicas e materiais. Parte destas obras integraram a exposição individual do artista, intitulada “Debris” que esteve patente no espaço Central Ferry Pier 4 em Hong Kong, entre 21 de março e 4 de abril de 2016, em colaboração com Fundação de Arte Contemporânea de Hong Kong (HOCA).

Funcionando como um contraponto ao ritmo acelerado das ruas de Hong Kong, a exposição iniciava-se por um corredor onde estava a ser transmitido um vídeo sobre a vida da cidade em câmara lenta. A integração das obras nos restantes espaços foram organizadas de acordo com as técnicas ou tipologia, correspondendo cada sala a diferentes modalidades de atuação do artista (Figura 5).

Figura 5 ∙ Uma das salas onde estão expostos trabalhos de vídeo e escultura de baixo-relevo. Exposição Debris, Hong Kong. 2016. Fonte: https://www.vhils.com/news/debris-solo-show  

Figura 6 ∙ Vhils, Instalação com luzes néon, Hong Kong. 2016. Fonte: https://www.vhils.com/news/debris  

A este conjunto de obras concretizadas com vista à integração em espaço expositivo, foram elaboradas também intervenções site-specific no espaço urbano que possibilitam uma reflexão sobre o lugar do indivíduo numa grande metrópole como Hong Kong. Uma das intervenções realizadas no exterior, partiu da utilização de luzes néon que constituem uma composição formada por rostos, letras e outros tipos de sinalética tendo como pano de fundo os edifícios da península de Kowloon (Figura 6).

Figura 7 Vhils, Elétrico de Hong Kong. 2016. Fonte: https://www.vhils.com/tag/billboards/  

Figura 8 ∙ Vhils, Intervenção sobre camada de cartazes, Hong Kong. 2016. Fonte: https://www.vhils.com/news/debris  

A obra de Vhils esteve também presente noutros locais icónicos da cidade, nomeadamente num elétrico que circulava diariamente pelo local (Figura 7), numa estação de transportes e em paredes de ruas emblemáticas (Figura 8). Estes trabalhos integrados na sua série “Scratching the Surface” partem da técnica do artista que explora as camadas de cartazes que recolhe nas ruas.

Figura 9 Utilização de Explosivos. Frames do vídeo de Vhils. 2016. Fonte: https://www.vhils.com/video/debris-teaser-01/  

Após remover as camadas de cartazes do seu contexto original, o artista elimina a imagem aplicando uma camada de tinta branca de forma a criar contraste e a anular o seu conteúdo. De seguida, procede ao desenho e inicia o processo de subtração com recurso a materiais abrasivos, desvendando fragmentos de outras informações que se encontravam ocultas. Sobre este aspeto Moore (2014) refere

Enthusiastic with this success, Vhils began experimenting with carving them directly in the place they would accumulate in the streets, while also taking on thicker agglomerations from the streets to work with at home. This division also market a bisection in this artwork: some pieces were worked directly in the street or pasted back in the street once finished, while others began seeing their way into his gallery work - subverting their valueless nature by providing a new context which promoted their status to that of aesthetic objects (p.63).

Na conceção deste projeto foram ainda integrados dois vídeos. O primeiro intitulado “Debris” teve como objetivo promover a exposição, facultando ao público a poética criativa e a visão que Vhils tem sobre o mundo através das obras que cria por meio da destruição (Figura 9). O segundo vídeo, integrado na exposição tem uma dimensão mais complexa e pode ser visto de forma independente das restantes intervenções. Ambas criaram uma narrativa que permite ao observador perceber as dinâmicas da cidade de Hong Kong e as pessoas que nela habitam, relatando uma sociedade que se desenvolve e movimenta a um ritmo tão elevado que não permite sentir e reconhecer o que está ao seu redor.

Conclusão

O artista Vhils tem desenvolvido um percurso singular no âmbito da street art no qual a observação e olhar crítico sobre o espaço urbano permite o seu potencial enquanto espaço físico, mas igualmente enquanto repositório por excelência de matéria prima visual e plástica. Na cidade é possível proceder à recolha de materiais diversificados que podem ser utilizados nas suas intervenções e as suas paredes e ruas são suportes passíveis de intervenção nos quais o artista pode deixar a sua marca. Este mesmo espaço urbanizado abrange um vasto domínio político, social e cultural cujo crescimento económico e a expansão da cidade podem estar na origem de uma perda ou reconfiguração de identidade enquanto contrastes de superfícies, materiais e sentimentos.

As práticas artísticas que envolvem a participação das comunidades convocam uma dimensão intersubjetiva da qual emergem problemáticas de natureza social, cultural e económica que estabelecem uma clara ligação entre a escala local e global. O processo artístico de escavar, gravar, explodir ou desocultar as múltiplas camadas que compõem a pele das cidades, dos lugares e dos espaços de intervenção assume-se, finalmente como metáfora de uma arqueologia da sociedade contemporânea que revela a complexidade que se oculta por detrás de uma vivência quotidiana aparentemente regida pelo habitus cultural e social.

Referências

Athins, R. (1997). Art Speak: A Guide to Contemporary Ideas, Movements, and Buzzwords, 1945 to the Present. New York: Abeville Press. [ Links ]

Congdon, K., Blandy, D. & Bolin, P. (2001). Histories of community-based art education. Reston: National Art Education Association. [ Links ]

Helguera, P. (2011). Education for socially engaged art: A materials and techniques handbook. New York: Jorge PintoBooks. [ Links ]

Moore, M. (2014). Entropy. Paris: Editions Gallimard. [ Links ]

Pereira, T., Sá, K. (2016). Artes Visuais e Comunidade: práticas artísticas com estudantes do ensino superior. Revista Medi@ções. 4(2), 24-50. [ Links ]

Saraiva, C. (2013). Arte e Comunidade: Um aquivo poético sobre o Envelhecimento. Revista Vox Musei. Arte e Património, 1(2), 128 -138. [ Links ]

Recebido: 19 de Fevereiro de 2021; Aceito: 01 de Março de 2021

Joana Gaudêncio Matos é artista visual e professora na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE-IPS) e na Escola Superior de Educação do Politécnico de Lisboa (ESELX-PL). Doutorada em Belas-Artes na especialidade de Ciências da Arte pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, integra o Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes (CIEBA). As suas principais linhas de investigação estão inseridas na área da educação artística e da street art. Ciência ID: 6819-396E-C9F7 Email: joana.isabel.matos@ese.ips.pt Morada: Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Setúbal, Departamento de Artes, Campus do Instituto Politécnico de Setúbal, Estefanilha, 2914-504 Setúbal, Portugal.

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