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Da Investigação às Práticas

versão On-line ISSN 2182-1372

Invest. Práticas vol.12 no.2 Lisboa dez. 2022  Epub 28-Set-2022

https://doi.org/10.25757/invep.v12i2.342 

Editorial

Editorial

iEscola Superior de Educação de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa, LisboaPortugal


O presente número da revista “Da Investigação às Práticas”, seguindo a tendência das últimas publicações, reforça a importância da reflexão sobre o papel dos cidadãos no mundo atual, em que as transformações sociais, culturais e económicas se tornam evidentes e impactam de forma importante o quotidiano. Compreender e atuar sobre estas alterações implicam uma capacidade de leitura do real para a qual a educação, nas suas diversas formas e áreas, contribui de forma fundamental.

A importância da reflexão sobre o tempo e o espaço em que vivemos deve ser uma preocupação dos agentes educativos ao longo de todo o processo formativo. O primeiro artigo deste número parece-nos refletir essa dinâmica. Com o título “Crenças de Aprendizagem, Avaliação e Retenção Escolar dos Futuros Professores de 1.º Ciclo do Ensino Básico”, explora-se aquelas que são as conceções e crenças de professores em formação sobre modelos educativos. No segundo artigo, retoma-se a premência da reflexão sobre a importância da educação no momento histórico que vivemos. Intitulado “Do tempo da produção aos tempos da educação: Para uma análise da subjugação do educativo ao imediato e ao utilitário”, neste artigo debate-se a relação dos atuais modelos económicos e sociais no que diz respeito no acesso à Educação. O terceiro artigo - “A literacia em contexto de guerra: atividade de escrita desenvolvida no Ensino Básico em Portugal” - mostra como uma prática de literacia autêntica, baseada no envio de cartas de estudantes portugueses para estudantes ucranianos, pode contribuir para o incremento de competências sociais e de participação na vida democrática.

O quarto artigo - “Pequenos leitores e grandes desafios no ensino fundamental I: contribuições para uma prática ressignificada” - ressalta a necessidade de se reajustar o trabalho feito em torno do texto literário em sala de aula, tendo em conta as especificidades dos contextos em que agem as crianças e o facto de serem leitores em formação. Já o quinto artigo, com o título “Podem as coleções de árvores ser museus vivos para a educação ao ar livre?: Reflexões sobre um caso de estudo com coleções de árvores de nogueiras-pecã e de pistácios”, aponta para a dimensão da educação ambiental como forma de reaproximação das práticas de aprendizagens aos espaços ao ar-livre. A importância da aproximação dos contextos educativos formais a outros espaços de aprendizagem é reforçada no sexto artigo - “O espaço entre o museu e a escola: Experiências poético-educativas suscitando reflexões acerca da instituição museológica” - em que se procura relacionar o espaço dos museus com os espaços de aprendizagem, mas também pensar estes equipamentos como espaços de formação individual conducente a uma maior consciência do papel dos indivíduos na sociedade.

A relação da cidadania com a ação dos jovens é debatida no sétimo artigo, que tem como título “Jovens construtores da cidade: Cidadania e participação no município do Funchal”, em que se exploram as conceções dos jovens sobre aquela que pode ser a sua ação na construção, no sentido sociocultural, da cidade.

A dimensão social é igualmente explorada no artigo oitavo, com o título “Identification of self-perception competences for professionals in the development of inclusive arts projects”, a partir do desenvolvimento de projetos artísticos inclusivos. Esta visão é reforçada com o nono artigo - “Música na comunidade; criação musical como forma de expressão e desenvolvimento pessoal”, que apresenta um projeto desenvolvido no âmbito da intervenção a partir da Música na Comunidade. A dimensão da importância comunitária para o desenvolvimento social, em particular em contextos de isolamento da população idosa, provocado pelo COVID-19, é analisado no décimo artigo - “Vozes cruzadas: Interação e aprendizagens intergeracionais em tempo de pandemia”.

Por fim, no décimo primeiro artigo, intitulado "Quando eu olhei, eu cheguei a me emocionar”: Experimentações com a pedagogia do dispositivo e o cinema de arquivo”, propõe-se a apresentação de um projeto que se desenvolveu com base na mobilização dos meios audiovisuais por jovens, como forma de criar uma narrativa a partir dos seus próprios materiais de arquivo.

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