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Revista Internacional em Língua Portuguesa

versão impressa ISSN 2182-4452versão On-line ISSN 2184-2043

RILP vol.37  Lisboa jun. 2020  Epub 21-Mar-2021

https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2020.37/pp.11-17 

Apresentação

Apresentação: Revista Internacional em Língua Portuguesa

Maria do Carmo Veneroso1 

Paulo Morais-Alexandre2 

1 Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil;

2 Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal.


Desde tempos remotos, artistas e estudiosos têm especulado sobre as relações entre as artes. A Ars Poetica, escrita por Horácio por volta de 19 a.C., já propunha uma aproximação entre a poesia e a pintura, sintetizada nas palavras Ut pictura poesis, o poema é como a pintura. No Renascimento, Leonardo da Vinci retoma o debate, com a discussão sobre o paragone no Tratado da Pintura, ao comparar a pintura e a escultura. Ele vai além, estabelecendo, ainda, a arte em geral como uma irmã da ciência. A continuidade da discussão seria proposta também, no século XVIII, por Denis Diderot, na França e Gothold Ephraim Lessing, na Alemanha, cujos trabalhos ecoariam na abordagem da legibilidade da pintura, por Louis Marin e Jean-Louis Schefer. No século XIX, o conceito wagneriano de Gesamtkunstwerk (obra de arte total), unindo as artes visuais, poéticas, musicais e dramáticas, colocaria num horizonte utópico um desejo que ainda parece possível de ser alcançado (Veneroso; Melendi, 2009).

Nota-se que a discussão sobre as relações entre as artes têm tido continuidade na contemporaneidade, e que, cada vez mais, as artes têm se reaproximado e relacionado, sendo que a dissolução de fronteiras entre elas tem dado origem a obras híbridas, instigantes. Estes diálogos entre as artes também têm sido atravessados, muitas vezes, por relações transdisciplinares. Isto aponta para uma visão unificada do conhecimento, vigente na Antiguidade e retomada no Renascimento, remetendo também à visão de Vitrúvio, que parece crer que a unidade do conhecimento é intrínseca. Assim, tudo já existiria como uma espécie de todo sincronizado, e o que tornaria as coisas inovadoras seria a maneira pela qual as interligamos (Davis, 2018).

Esse sentido de abordar as relações entre as artes, por um viés transdisciplinar, orienta este número da Revista Internacional em Língua Portuguesa - RILP, que busca dar uma visão abrangente do que tem sido feito nos países de língua portuguesa, em relação às artes e no sentido de aproximá-las, muitas vezes através de atravessamentos ou cruzamentos com outras disciplinas.

A RILP é publicada pela Associação das Universidades de Língua Portuguesa, que organizou em 2019 o XXIX Encontro da AULP, cujo tema foi Arte e Cultura na Identidade dos Povos. Em consonância com o Encontro, foi lançado um edital da RILP, tendo como foco as Artes e a Música, abrangendo também suas interrelações. Devido ao expressivo número de artigos relevantes recebido, decidiu-se realizar dois números da Revista, abordando as Artes: o presente volume enfocando Artes e Música, e o número 38, que o sucede, tendo como tema Artes Performativas e Imagem em Movimento, sendo que ambos se complementam.

Os onze artigos que compõem este número da Revista são originários de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, representando a comunidade lusófona de forma significativa. Esses trabalhos foram reunidos e ordenados a partir das suas afinidades e da maneira como abordam as relações entre as artes, atravessadas por outros campos do saber. Assim, são feitas aproximações entre escrita, som e imagem, além de enfocar também experiências pedagógicas envolvendo a música em Angola, Brasil e Portugal. Essas aproximações entre as artes são, em alguns casos, atravessadas por outras áreas como pedagogia, história, etnomusicologia, política.

Consideramos, em consonância com outros pesquisadores, estudiosos das interartes e da Intermidialidade, que “no campo das Humanidades, a comunidade acadêmica internacional vem cada vez mais reconhecendo a impossibilidade de analisar isoladamente formas artísticas e literárias sem situá-las no vasto campo das cadeias intermidiáticas”. Nesta era digital a combinação ou justaposição de mídias, gêneros e estilos variados tem inviabilizado “o conceito de obra de arte elaborada numa única mídia” (Oliveira, 2020, p. 11). Assim, podemos considerar que dança, música, teatro, literatura e artes visuais, por exemplo, possuem diferentes configurações intermidiáticas, e têm sido aproximadas de diversas maneiras.

Autores como Jorgen Bruhn (2020) discutem a pertinência do termo Intermidialidade, relacionado à ideia convencional de uma mistura de midialidades autônomas, propondo que todos os textos1 refletem, inevitavelmente, uma constelação mista, levando à suposição de que não existem mídias puras, ideia defendida a partir de Mikhail Bakhtin e que corrobora também a afirmação de W. J. T. Mitchell de que “todas as mídias são mídias mistas”. Porém “esta conclusão não conduz à impossibilidade de distinguir uma mídia da outra. O que ela possibilita é uma diferenciação mais precisa das misturas” (Mitchell apud Bruhn, 2020, p. 18), o que nos leva a concluir que “todas as mídias são misturadas, mas de maneiras infinitamente diferenciadas” (Bruhn, 2020, p. 18).

Apesar de “Intermidialidade” ser um termo relativamente recente, trata-se de um fenômeno que pode ser encontrado em todas as culturas e épocas, tanto na vida cotidiana como em todas as atividades culturais que chamamos de “arte”. O conceito de “intermidialidade” abarca todos os tipos de interação e interrelação entre mídias, sendo frequente o uso da metáfora de “cruzar as fronteiras” que separam as mídias (Clüver, 2011, p. 2). O conceito de mídia ainda é problemático, e Claus Clüver, um dos propositores da Intermidialidade como campo de estudo, cita a definição de mídia trazida por Bohn, Müller e Ruppert (apud Clüver, 2011, p. 10) como “aquilo que transmite um signo (ou uma combinação de signos) para e entre seres humanos com transmissores adequados através de distâncias temporais e/ou espaciais”2. Os significados de mídia como mídia de comunicação e mídia técnica ou física são os mais relevantes para os estudos sobre intermidialidade, além da mídia pública (Clüver, 2011, p. 2). Essa abordagem leva à reconceituação das artes, como dança, música, artes visuais, como mídias.

Claus Clüver reconcebendo “as artes como mídias” (2011, p. 8), destaca três maneiras fundamentais de interação entre mídias, de acordo com a base teórica proposta por Irina Rajewsky (In Diniz, 2012): a combinação de mídias; as referências intermidiáticas; e a transposição midiática. Alguns textos desta edição abrangem, de diferentes maneiras, estas três formas de relação entre as mídias, como veremos a seguir.

A música é abordada em diálogo com outras artes e atravessada por diferentes campos do saber, pelos autores João Vaz, Carolina Lage Gualberto, Rita de Cassia Santos Buarque de Gusmão, Jussara Rodrigues Fernandino e Pedro Razzante Vaccari, a partir de enfoques que vão da análise comparativa, passando pela pedagogia, até a etnomusicologia.

O primeiro artigo, “Organistas e organeiros: influências mútuas entre Frei José Marques e Silva (1782-1837) e António Xavier Machado e Cerveira (1756-1828)”, de João Vaz, trata das transposições de uma mídia para outra, explorando as relações intermidiáticas entre meios físicos ou técnicos, os órgãos construídos por Cerveira, instrumentos utilizados na produção de signos, e mídias de comunicação, as composições para esses órgãos, de autoria de Marques e Silva. No artigo, João Vaz aborda as relações profissionais entre compositores e fabricantes de instrumentos, especificamente entre o tipo de órgão desenvolvido em Portugal na região de Lisboa, no final do século XVIII e um repertório produzido na mesma época, naquela área. É analisada a possível relação existente entre a música de Marques e Silva e os órgãos construídos por Cerveira, sendo que, como é apontado pelo autor, ao mesmo tempo que a música do primeiro está claramente destinada àqueles órgãos, também os órgãos parecem ter sido construídos com características específicas que atendem a pedidos do compositor.

Já no segundo artigo, intitulado “Som e movimento em fluxo”, as autoras Carolina Lage Gualberto, Rita de Cassia Santos Buarque de Gusmão e Jussara Rodrigues Fernandino apresentam uma investigação em andamento, desenvolvida pelo Núcleo Voz e Movimento do Laboratório de Experimentação e Criação em Artes Cênicas - LECA (grupo inscrito no CNPq/Brasil), na qual é abordada a combinação de mídias, através da interação entre os princípios das pedagogias da Dança, da Música e do Teatro, voltados para o processo criativo das cenas. Através da interação entre música, movimento e atuação, discute-se a ideia de que o entrelaçamento dos fluxos espacial, temporal e de esforço leva à potencialização expressiva, que se constrói no treinamento e se opera na manifestação artística.

Em “’Mulatismo Musical’ e sua Simbologia: uma Revisão Historiográfica do Padre José Maurício Nunes Garcia a partir da Etnomusicologia”, Pedro Razzante Vaccari faz uma revisão historiográfica a respeito deste compositor brasileiro, pelo viés metodológico da Etnomusicologia, descobrindo a importância do músico para a consolidação do chamado “mulatismo musical” no Brasil. Assim, através de uma contextualização antropológica e histórica, o autor busca investigar se durante a ascensão do negro na sociedade escravocrata do século XIX, no Brasil, o despontar de algumas personalidades negras, tais como Nunes Garcia, seria um reflexo desse movimento, e se isso teria contribuído para a emancipação dos escravos.

A literatura é abordada por Pedro Napido, e aproximada da música por Solange Ribeiro de Oliveira e Armando Nascimento Rosa, nos seus artigos.

Pedro Napido apresenta “A Literatura Moçambicana: caminhos da consolidação”, parte da sua tese de doutorado que trata da história da emergência da literatura infantil e juvenil em Moçambique focando autores, obras e fontes. No artigo, Napido demonstra o percurso da literatura moçambicana e os caminhos da sua consolidação, abordando também sua contribuição na construção da identidade e da nacionalidade. O autor, através de uma análise comparativa entre a realidade literária brasileira e moçambicana, conclui que neste último país, jovem e em construção, a literatura caminha para sua consolidação, enquanto sistema.

No artigo “Literatura e Música: união indissolúvel”, Solange Ribeiro de Oliveira trata Literatura e Música como artes irmãs, abarcando diferentes relações entre as duas artes. A autora analisa o uso das tipologias na análise de semelhanças e diferenças entre os fenômenos músico-literários, em especial a Melopoética, destacando a proposta de Steven Paul Scher para a abordagem dessa “disciplina indisciplinada”, que ele divide em três grandes áreas: Literatura na Música, Literatura e Música e Música na Literatura, discutidas por Oliveira. Na Literatura na Música, a autora trata da Música Programática e dos poemas sinfônicos, considerados como seus subtipos. Na Literatura e Música, Oliveira traz configurações em que as duas artes se integram, destacando a canção. Já a Música na Literatura, que se divide em: Música de Palavras, Música Verbal e Estruturas Musicais, é analisada a partir de alguns poemas.

Armando Nascimento Rosa explora a transposição intermidiática ou intersemiótica, pelo viés político, ao apresentar o “’Fado da Censura’ de Fernando Pessoa: exemplo raro de poema de intervenção política destinada ao canto”. Rosa ressalta aspectos do poema, uma sátira política, como o fato de ser o único no qual o autor utiliza o formato de décimas, da tradição poética popular, além de se assumir como letra de música para ser cantada em melodias do fado tradicional lisboeta. O autor analisa no poema o cruzamento entre a criação literária, inspirada nas formas da tradição popular de tradição oral e a expressão musical do canto como intervenção política, que também o aproxima do fado, principalmente aquele do final do século XIX à segunda década do século XX.

As relações entre palavra e imagem, como combinação de mídias, são exploradas por Nara Firme Braga, enquanto Diego Rodrigues Belo enfoca as relações intermidiáticas entre a materialidade do livro e seu design gráfico, e o conceito de silêncio.

No artigo “A reinvenção das ‘Maculaturas’ realizadas por Lotus Lobo”, Nara Firme Braga trata da combinação de mídias, apresentando e discutindo as “Maculaturas” da artista brasileira Lotus Lobo, que através de um processo intertextual de apropriação de antigas maculaturas da litografia comercial, constrói seu trabalho, aproximando litografia artística e industrial, através de uma “arqueologia da técnica”. Braga explora as relações entre palavra e imagem existentes no trabalho de Lobo, a partir do conceito de “textura gráfica”, proposto por Roland Barthes, além de aproximar o trabalho da artista daqueles de Robert Rauschenberg e de Mimmo Rotella, além dos palimpsestos ancestrais.

Em “O livro tem volume?”, Diego Rodrigues Belo explora as relações intermidiáticas entre um meio técnico, o design gráfico do livro, e o livro, como um meio de comunicação, explorando o conceito de silêncio. O autor analisa as relações entre o livro e o silêncio, através da noção de “sintoma”, em suas configurações visuais ou temporalidades, proposta por Georges Didi-Huberman. Belo propõe uma ideia de silêncio como potencial sintoma do livro e investiga sua visualidade através da “vírgula de perquirição”, um sinal tipográfico. Seu objetivo é investigar o “silêncio do livro” em relação ao seu design gráfico, e sua capacidade de construir espaços que ativariam a imaginação e a ação humanas.

Finalmente, os textos de Angelina Ngungui, Ricardo Pinheiro, Feodor Bivol e Antonio Cezar Ferreira abordam experiências pedagógicas envolvendo a música em Angola, Portugal e Brasil, a partir de diferentes perspectivas.

Em “A Música ‘Os Meninos do Huambo’: Uma Experiência de Aula-Oficina com Estudantes do 1º ano de Licenciatura em História do Instituto Superior de Ciências da Educação de Benguela”, Angelina Ngungui trata da transposição intermidiática, no caso, um poema musicado e cantado. A autora apresenta os resultados de um estudo de caso, de natureza qualitativa, utilizando uma metodologia investigação-ação, com a aplicação de um questionário aos estudantes, no contexto de uma “aula-oficina” que aproxima música e história. A experiência da aula-oficina no contexto da sala de aula foi feita com o objetivo de analisar as ideias prévias dos alunos sobre uma música considerada histórica e revolucionária em Angola, utilizando o poema “Os meninos de Huambo”, de Rui Manuel Rui Alves Monteiro, musicado e cantado por Paulo de Carvalho. A música foi utilizada como ferramenta metodológica para facilitar o processo de ensino e aprendizagem.

No artigo “O ensino do jazz: uma reflexão em torno de alguns dos seus contributos”, Ricardo Pinheiro explora potenciais latentes no ensino de jazz. O autor parte da discussão sobre a definição de jazz, para pesquisar como o ensino desse gênero musical ofereceria ferramentas que levariam ao crescimento artístico dos alunos além de contribuir para desenvolver suas competências extramusicais. O projeto envolve análise bibliográfica e experiência letiva, considerando também a discussão em torno dos processos formais e informais de aprendizagem e suas relações com a tradição/inovação, considerando que o jazz pode contribuir efetivamente na formação de cidadãos preparados para enfrentar os desafios colocados pela sociedade.

Antonio Cezar Ferreira apresenta “Ser professor de gaita-ponto no projeto fábrica de gaiteiros: um estudo de caso” tratando de uma transposição intermidiática, ao explorar a fabricação de um instrumento e seu uso. O artigo que tem como objetivo compreender os modos de ser professor de gaita-ponto no Projeto Fábrica de Gaiteiros. É investigada, em primeiro lugar, como se deu a formação músico-pedagógica dos professores de gaita-ponto que atuam no projeto, onde são construídos os instrumentos e ministradas aulas ensinando a tocá-los. Através de um estudo de caso, a partir de uma abordagem dentro da sociologia da educação musical, Ferreira discute como a trajetória pessoal e profissional têm impacto na formação do professor. Analisa, ainda, as particularidades das experiências dos professores de gaita-ponto na Fábrica dos Gaiteiros, buscando identificar sua percepção em relação à sua atuação professional no projeto.

Os artigos aqui reunidos têm como resultado uma seleção abrangente de trabalhos resultantes de pesquisas realizadas no âmbito dos países de língua oficial portuguesa, que certamente contribuirão para a continuidade das trocas entre essa comunidade, cruzando fronteiras e incrementando estas relações. É preciso ressaltar também que os números 37 e 38 desta Revista Internacional em Língua Portuguesa foram produzidos através de uma colaboração entre o Instituto Politécnico de Lisboa e a Universidade Federal de Minas Gerais, o que vem estreitar ainda mais os laços entre as duas instituições.

Nossos agradecimentos aos autores, que com seus textos relevantes contribuem para a realização desta publicação, que traz novas luzes sobre a produção artística e bibliográfica dos países de língua portuguesa e aos revisores, que muito contribuem com seu trabalho cuidadoso para a excelência da Revista. Agradecemos à Professora Doutora Cristina Sarmento pelo ótimo trabalho desenvolvido na coordenação editorial e também à Doutora Pandora Guimarães e à Doutora Patrícia dos Santos Oliveira, cujo apoio e eficiência muito colaboraram para tornar possível este trabalho. Agradecemos, ainda, à Professora Doutora Sandra Regina Goulart Almeida, reitora da UFMG, que promoveu o contato entre estes dois editores científicos, de cuja parceria surgiu esta publicação.

Referências

1. Bruhn Jorgen. O que é midialidade e (como) isso importa? Termos teóricos e metodologia. In: Figueiredo, Camila; Oliveira, Solange Ribeiro de; Diniz, Thaïs Flores (Org.). A intermidialidade e os estudos interartes na arte contemporânea. Santa Maria: Ed. ufsm, 2020. p. 15-54. No prelo. [ Links ]

2. Clüver Claus. Intermidialidade. Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 8 - 23, nov. 2011. [ Links ]

3. Davis Joe. Pesquisador do MIT defende fim da barreira entre arte e ciência. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/02/pesquisador-do-mit-defende-fim-da-barreira-entre-arte-e-ciencia.shtml. Acesso em: 11 jul. 2020. [ Links ]

4. Oliveira Solange Ribeiro de. Intermidialidade e estudos interartes: uma breve introdução. In: Figueiredo, Camila; Oliveira, Solange Ribeiro de; Diniz, Thaïs Flores (Org.). A intermidialidade e os estudos interartes na arte contemporânea. Santa Maria: Ed. ufsm, 2020. p. 11-14. No prelo. [ Links ]

5. Rajewsky Irina O. Intermidialidade, intertextualidade e "remediação". Uma perspectiva literária sobre a intermidialidade. In DINIZ, Thaïs Flores (org.). Intermidialidade e estudos interartes. Desafios da arte contemporânea. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2012. p. 15-45. [ Links ]

6. Veneroso Maria do Carmo de Freitas; Melendi, Maria Angelica (Org.). Diálogos entre linguagens. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2009. [ Links ]

1“Texto” é aqui compreendido no sentido semiológico, podendo pertencer a diferentes sistemas de significação, que têm signos tal qual a escrita.

2Tradução de Claus Clüver.

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