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Revista Nutrícias

On-line version ISSN 2182-7230

Nutrícias  no.14 Porto Sept. 2012

 

EDITORIAL

Editorial

 

Helena Ávila M.¹,²

1Presidente da Direcção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas

2Directora da Revista Nutrícias


A dimensão humana e social tem sofrido acentuadas e velozes mudanças, por via da nossa constante procura do novo, da nossa enraizada necessidade da descoberta, da nossa permanente ânsia de obter respostas racionais, lógicas ou intuitivas, aos porquês que povoam esta existência.
Nada de novo ou substancialmente diferente na cronologia dos nossos ciclos de expansão, recessão, inversão ou promoção, quer na histórica evolução a que chamamos desenvolvimento, com maior ou menor pretensiosismo ou convicção.
Porém, provavelmente de modo mais acentuado, estaremos numa era de superlativo individualismo, reclamantes de cada vez mais direitos e de uma claustrofóbica autosuficiência.
Vamos convergindo informação com conhecimento, formação com educação ou até ciência com cultura, permitindo-nos saber sem aprender e facilitando modalidades encapotadas de ignorância, desprendimento, descomprometimento, numa quase voluntária ou inconsciente servidão intelectual e de valores.
Seguimos contudo, com igual empenho e quiçá maior consciência, construindo corajosas e magníficas provas do ‘engenho e da arte’ que nos assentam e fazem acreditar continuamente no bem fazer, no bem querer e no melhor ser.
O mundo da alimentação é um palco privilegiado para a manifestação, o estudo, o desenvolvimento ou o remate destas mudanças, porquanto aí convergem os nossos apetites, colheitas e sobras, com que temperamos o tempo e o sentido de existirmos.
Talvez que, como Hansel and Gretel, aprendamos oportunamente que migalha é pão, que o alimento deve ter por finalidade alimentar, que o circuito de distribuição alimentar é tão relevante como o adequado aporte dos nutrimentos, que o direito à alimentação, em segurança, proporcionalidade, disponibilidade, sustentabilidade e conveniência se joga em função das conexões que articulamos com os deveres privados e sociais, quer enquanto consumidores ou no papel de intervenientes na saúde das comunidades.
A Revista Nutrícias institui-se como uma voz consciente da urgência em esgrimir acção com conhecimento, necessidade com responsabilidade, produção com consumo, comércio com sustentabilidade, bem-estar com saúde.
Dando espaço à obra científica no campo das ciências da nutrição, na edição portuguesa de maior projecção e tiragem, pretendemos partilhar, a cada três meses, o estudo e o saber de uma comunidade em crescente dinamismo e com aptidão para intervir em prol da saúde.
Disso faz prova, e apraz-nos aqui assinalar, o elevado número de artigos recebidos para publicação de autores nacionais e de outros países, a abrangência e actualidade dos temas abordados, as solicitações de diferentes instituições portuguesas e internacionais para acederem aos conteúdos da Revista Nutrícias, bem como o exímio e abnegado contributo dos elementos do seu Conselho Científico, que incorpora nomes de irrefutável valor no domínio das ciências da nutrição.

Continuaremos a pugnar pela qualidade e rigor desta publicação, esperando, no início do próximo ano, comunicar a sua indexação científica, passo este que consideramos meritório e essencial.
Reconhecemos a todos os que tornam possível esta persistência, desejando que atinja as suas expectativas e os pressupostos que delineámos. Estamos igualmente abertos a propostas de melhoria, que receberemos com agrado.

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