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Cadernos do Arquivo Municipal

versión On-line ISSN 2183-3176

Cadernos do Arquivo Municipal vol.ser2 no.20 Lisboa dic. 2023  Epub 04-Dic-2023

https://doi.org/10.48751/cam-2023-20329 

Documenta

A literatura de espetáculo

1 Arquivo Municipal de Loulé, Direção Municipal de Administração, Planeamento e Modernização Administrativa, Câmara Municipal de Loulé, 8100-683 Loulé, Portugal. ana.saraiva@cm-loule.pt

2 Arquivo Municipal de Lisboa, Direção Municipal de Cultura, Câmara Municipal de Lisboa, 1070-017 Lisboa, Portugal. rui.alexandre.paixao@cm-lisboa.pt


O desenvolvimento do teatro português ocorrido a partir da segunda metade do século XIX1 desencadeou o surgimento de novas salas de espetáculo, o aumento de espetadores2, em quantidade e diversidade, e deu origem a um género literário específico: a literatura de espetáculo3, referente não apenas à representação teatral, mas também a outras artes cénicas.

Relativamente a esta temática, o Arquivo Municipal de Lisboa conserva no seu acervo uma vasta documentação acerca da atividade artística e cultural na cidade, entre a qual se destacam os espólios do Teatro Municipal São Luiz4, da Sociedade Promotora de Educação Popular5 e do Lusitano Clube6, entidades de cariz cultural, educativo e recreativo, que contemplam informação diversificada relativa à organização, produção, gestão, promoção e divulgação de espetáculos.

Dado o particular interesse e especificidade da literatura de espetáculo, dentro do panorama cultural e na interação entre atores e espetadores, o conjunto de documentos que aqui se divulgam constituem exemplares referentes a récitas, revistas, operetas, cançonetas, comédias, fantasias, dramas, farsas, entre outras formas de representação.

Estas publicações foram produzidas e reunidas entre meados do século XIX e a primeira metade do século XX, pelas referidas entidades. O Teatro Municipal São Luiz, por se dedicar quase exclusivamente à atividade cultural, contém no seu espólio maior quantidade e diversidade de documentação sobre a produção de espetáculos, pelo que se apresenta nesta documenta um número mais significativo de exemplares. Quanto à Sociedade Promotora de Educação Popular e ao Lusitano Clube, por serem instituições de caráter associativo, mais direcionadas para fins instrutivos e recreativos, e com menos documentação constante no acervo do Arquivo Municipal de Lisboa, estão aqui representadas em menor quantidade, contudo, igualmente relevante para o estudo das artes cénicas.

Assim, este conjunto de pequenos livros permite conhecer os espetáculos apresentados ao público, as suas diferentes vertentes - nomeadamente os géneros teatrais - e formas de representação artística, remetendo para cenários, personagens e interpretações. De acordo com o género de espetáculo, assim se carateriza o conteúdo de cada livro, entre versos, narrativas, falas, canções e coplas7, sendo estas as mais representadas.

A produção dos diferentes tipos de espetáculos tinha na sua origem uma autoria, não apenas dos textos, mas também da música que os acompanhava. Assim, nesta seleção de exemplares sobressaem autores como: Alfredo da Cunha, Júlio Dantas, Henriques Lopes de Mendonça (autor do Hino Nacional), Ernesto Rodrigues8, Félix Bermudes, João Bastos - observa-se que estes três últimos constituíam, frequentemente, um trio na produção de espetáculos -, José Galhardo e Vasco Santana; e maestros e compositores como: Wenceslau Pinto, Júlio Almada, Thomaz del Negro, Filipe Duarte, Frederico Freitas, Raúl Ferrão, Visconde do Arneiro, entre outros nomes não menos importantes da produção de espetáculos.

O público tinha ainda o privilégio de assistir a algumas representações de autores estrangeiros, interpretadas depois de traduzidas, tais como: “Princeza dos dollars” (Figura 5), “Um cavalheiro particular” (Figura 7), “Edith ou a viúva de Southampton” (Figura 23) e “Dina la derelitta” (Figura 27).

Raras eram as publicações que identificavam os atores intervenientes. Ainda assim, constam nesta seleção nomes como: Virgínia Dias da Silva - conhecida por atriz Virgínia - e o seu marido Alfredo Ferreira da Silva (Figura 1), Júlia Mendes, Álvaro Cabral (Figura 6), Silvestre Alegrim (Figura 15), Francisco Alves da Silva Taborda - conhecido por ator Taborda -, Eugénia Câmara, Emília Cândida, Romão António Martins - conhecido por ator Romão - e Isidoro Sabino Ferreira - conhecido por ator Isidoro - (Figura 21), entre outros.

Na diversa informação que estes pequenos livros contêm, podemos ainda constatar a existência de um prémio criado pelo Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, designado “Prémio Eduardo Schwalbach”, atribuído entre 1945 e 1948, que distinguia a empresa que apresentasse, em todas as suas áreas, o melhor espetáculo de revista portuguesa, sendo que a revista popular “Alto lá com o charuto!” (Figura 19) foi uma das contempladas.

Os livros eram impressos em diversas tipografias da cidade de Lisboa, cujas referências nas respetivas capas contribuem, igualmente, para a identificação deste tipo de estabelecimentos existentes naquele período, como se pode constatar nas legendas que acompanham as figuras que aqui se apresentam.

Depreende-se que estas publicações eram produzidas para venda pois, na sua maioria, têm na capa, o respetivo preço. O público, com a sua aquisição, podia acompanhar a narrativa e cantarolar, em simultâneo com os atores, as partes do espetáculo que o permitiam, como era o caso das coplas. Com esta participação, o entusiasmo aumentava e a representação adquiria maior dinâmica. As notas manuscritas existentes em alguns exemplares (Figuras 21, 24 e 29) levam-nos a crer que eram também utilizadas pelos responsáveis e intervenientes na preparação e realização dos espetáculos, nomeadamente, diretores, encenadores e atores.

A conservação e divulgação destes documentos demonstra a preocupação e interesse na sua salvaguarda, como uma herança para o futuro, constituindo um importante contributo para a compreensão e disseminação da literatura de espetáculo e da história do teatro em Portugal.

Figura 1 Diálogo em verso “O livro de Mesmer”, da autoria de Alfredo da Cunha, interpretado pela atriz Virginia Dias da Silva e o ator Ferreira da Silva, publicado por Antonio Maria Pereira, impresso na Typographia e Stereotypia Moderna, 1897. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1999, f. 0001, 3, 9v. 

Figura 2 Versos da “Homenagem a Garrett”, recitados no Teatro D. Amélia, na noite de 4 de fevereiro de 1899, da autoria de Augusto de Lacerda, D. João da Camara, Julio Dantas, Henrique Lopes de Mendonça e Macedo Papança (conde de Monsaraz), publicados por Libanio e Cunha, 1899. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1278, f. 0001, 5, 5v. 

Figura 3 Cançoneta para senhora “Os homens”, da autoria de Bessa Munné, publicada por Livraria Popular de Francisco Franco, [19--]. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/06, f. 0001, 4. 

Figura 4 Coplas da revista “Pó de Perlimpimpim”, da autoria de Ernesto Rodrigues, André Brun e Felix Bermudes, com música de Fortée Rebello, impressa na Imprensa de Manuel Lucas Torres, 1911. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2000, f. 0001, 4v. 

Figura 5 Coplas da opereta em 3 atos “Princeza dos dollars” da autoria de A. M. Wilner e Fritz Gronbaum, com tradução de Ernesto Rodrigues e Felix Bermudes, impressa na Imprensa de Manuel Lucas Torres, 1911. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2002, f. 0001, 8v. 

Figura 6 Coplas da revista em 3 atos e 9 quadros “Zig-Zag”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e Pereira Coelho, interpretada pela atriz Julia Mendes e o ator Alvaro Cabral, com música do maestro Thomaz del Negro, impressa na Imprensa Lucas, 1910. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1998, f. 0001, 8. 

Figura 7 Comédia “Um cavalheiro particular”, ornada de coplas, da autoria de D. Carlos Frontaura, traduzida por F. Eduardo de Carvalho, representada no Teatro da Rua dos Condes com o título “Tio e sobrinha”, impressa na Imprensa de J. G. de Sousa Neves, 1865. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0056, f. 1, 3, 21. 

Figura 8 Coplas da revista “O diabo a quatro”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e João Bastos, com música dos maestros Thomaz del Negro e Bernardo Ferreira, impressa na Imprensa de Manuel Lucas Torres, 1915. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2013, f. 0001, 6v. 

Figura 9 Versos da revista em 3 atos e 10 quadros “O novo mundo”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e João Bastos, com música dos maestros Wenceslau Pinto e Alves Coelho, impressa na Imprensa de Manuel Lucas Torres, [1916]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2011, f. 0001, 8v. 

Figura 10 Coplas da revista em 2 atos e 7 quadros “Torre de Babel”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e João Bastos, com música dos maestros Thomaz del Negro e Bernardo Ferreira, [1917]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2004, f. 0001, 2. 

Figura 11 Coplas da revista em 2 atos “Bichinha gata”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes, João Bastos e Lino Ferreira, com música dos maestros Wenceslau Pinto e Julio Almada, impressa na Tipografia Costa Sanches, 1922. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2008, f. 0001, 6. 

Figura 12 Coplas da revista em 2 atos e 14 quadros “Mangerico”, da autoria de Feliciano Santos, Lourenço Rodrigues, José Galhardo e Alvaro Leal, com música de Alves Coelho, Raul Ferrão e Raul Portela, impressa na Papelaria e Tipografia Emilio Braga, Lda, 1928. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2014, f. 0001, 1v. 

Figura 13 Edições distintas de coplas da peça fantástica em 3 atos e 15 quadros “O sonho doirado”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e João Bastos, com música do maestro Filippe Duarte, impressa na Imprensa Lucas, [1912-1926]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2015, f. 0001, 2; AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2017, f. 0001, 8. 

Figura 14 Coplas da revista original em 2 atos e 10 quadros “Meia noite”, da autoria de Felix Bermudes e João Bastos, com música de Angel Gomes e Raul Ferrão, representada pela primeira vez em 19 de maio de 1928 no Teatro Salão Foz, impressa na Tipografia do Sport de Lisboa, [1928]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2005, f. 0001, 5. 

Figura 15 Coplas da opereta-fantasia “O timpanas”, da autoria de Felix Bermudes, interpretada pelo ator Silvestre Alegrim, com música de Frederico de Freitas, representada pela primeira vez no Teatro Politeama em 28 de janeiro de 1933, impressa na Tipografia Costa Sanches, [1933]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2001, f. 0001, 1. 

Figura 16 Coplas da opereta em 3 atos, 1 prólogo e 5 quadros “De capa e batina”, inspirada em cenas e anedotas da vida académica e de boémia, da autoria de Lino Ferreira, Fernando Santos, Lourenço Rodrigues e Xavier de Magalhães, com música de Frederico de Freitas, representada pela primeira vez no Teatro Politeama em 5 de janeiro de 1933, impressa na Tipografia Costa Sanches, [1933]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2007, f. 0001, 7. 

Figura 17 Versos da revista “Se aquilo que a gente sente”, da autoria de José Galhardo, estreada no Teatro Variedades em 5 de abril de 1947, impressa na Tipografia Costa Sanches, [1947]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2003, f. 0001, 1v. 

Figura 18 Coplas da fantasia em 2 atos e 8 quadros “As onze mil virgens”, da autoria de Ernesto Rodrigues, Felix Bermudes e João Bastos, com música de Wenceslau Pinto, impresso na Tipografia Galhardo e Costa, [1912-1957]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2009, f. 0, 4v. 

Figura 19 Coplas da revista popular em 2 atos e 15 quadros “Alto lá com o charuto!”, da autoria de José Galhardo, Vasco Santana, Luiz Galhardo (filho) e Carlos Lopes, com música dos maestros Raúl Ferrão e Fernando de Carvalho, que obteve o prémio Eduardo Schwalbach do Secretariado Nacional de Informação, estreada no Teatro Variedades em 1945, impressa na Tipografia Costa Sanches, [1945]. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2010, f. 0, 1. 

Figura 20 Versos da opereta em 2 atos e 17 quadros “O colete encarnado”, da autoria de José Galhardo, impressa na Tipografia Costa Sanches, 1946. AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2016, f. 0, 2, 6. 

Figura 21 Comédia original “Por causa d’um algarismo”, ornada de coplas, da autoria de Luiz d’Araujo Junior, representada pela primeira vez no Teatro do Ginásio Dramático em 30 de maio de 1854, 1854. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0025, f. 5, 8. 

Figura 22 Calembur original “As felicidades das felicidades”, ornado de coplas, da autoria de Luiz d’Araujo Junior, representado pela primeira vez no Teatro do Ginásio Dramático em 11 de dezembro de 1854, impresso na Typographia da Nação, 1855. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0032, f. 1, 3, 7, 26. 

Figura 23 Drama em 4 atos “Edith ou a viúva de Southampton”, da autoria de Antony Béraud e Alphonse Brot, traduzido livremente, impresso na Imprensa de Candido Antonio da Silva Carvalho, 1843. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0035, f. 1, 5, 100. 

Figura 24 Comédia original “Almoço inesperado”, da autoria de Eduardo de Faria, publicada e impressa na Livraria Economica de Frederico Napoleão de Victoria, [19--]. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0038, f. 1, 2, 9. 

Figura 25 Comédia adaptada “A paixão de André Gonçalves”, ornada de coplas, da autoria de Luiz d’Araujo Junior, representada pela primeira vez no Teatro da Travessa do Forno aos Anjos em 12 de maio de 1860, impressa na Typographia de Salles, 1860. AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0053, f. 1, 14, 17. 

Figura 26 Coplas da cançoneta “Paquerette”, música da canção do assobio, da autoria de Eduardo Baptista Diniz, publicada e impressa na Livraria Economica de Frederico Napoleão de Victoria, [189-]. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/05, f. 0001, 3. 

Figura 27 Versão portuguesa do melodrama trágico em 3 atos “Dina la derelitta”, da autoria de Rodolfo Paravicini, com música do Visconde do Arneiro, impresso na Typographia de Costa Sanches, 1885. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/10, f. 0001, 2, 3. 

Figura 28 Farsa “O papagaio do Jeremias...”, da autoria de Mário Basílio de Abreu, publicada por Livraria Portuguesa de Ferreira e Franco, Lda., [19--]. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/04, f. 0001, 2, 3. 

Figura 29 Comédia original “Sem mulher e sem dinheiro”, da autoria de João de Mendonça, representada com aplauso no Teatro do Ginásio, publicada por Livraria Economica de J. Andrade e Lino de Sousa, [19--]. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/07, f. 1, 2, 3. 

Figura 30 Comédia em 2 atos “Na bôca do lôbo”, da autoria de Carlos Borges, representada pela primeira vez com grande sucesso no Teatro do Ginásio, publicada por Livraria Popular de Francisco Franco, [19--]. AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/12, f. 0001, 2, 3. 

Índice das imagens

Figura 1 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1999, f. 0001, 3, 9v.

Figura 2 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1278, f. 0001, 5, 5v.

Figura 3 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/06, f. 0001, 4.

Figura 4 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2000, f. 0001, 4v.

Figura 5 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2002, f. 0001, 8v.

Figura 6 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/1998, f. 0001, 8.

Figura 7 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0056, f. 1, 3, 21.

Figura 8 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2013, f. 0001, 6v.

Figura 9 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2011, f. 0001, 8v.

Figura 10 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2004, f. 0001, 2.

Figura 11 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2008, f. 0001, 6.

Figura 12 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2014, f. 0001, 1v.

Figura 13 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2015, f. 0001, 2; AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2017, f. 0001, 8.

Figura 14 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2005, f. 0001, 5.

Figura 15 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2001, f. 0001, 1.

Figura 16 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2007, f. 0001, 7.

Figura 17 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2003, f. 0001, 1v.

Figura 18 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2009, f. 0, 4v.

Figura 19 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2010, f. 0, 1.

Figura 20 AML, PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL/01/2016, f. 0, 2, 6.

Figura 21 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0025, f. 5, 8.

Figura 22 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0032, f. 1, 3, 7, 26.

Figura 23 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0035, f. 1, 5, 100.

Figura 24 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0038, f. 1, 2, 9.

Figura 25 AML, PT/AMLSB/SPEP/GACR/002/0053, f. 1, 14, 17.

Figura 26 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/05, f. 0001, 3.

Figura 27 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/10, f. 0001, 2, 3.

Figura 28 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/04, f. 0001, 2, 3.

Figura 29 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/07, f. 1, 2, 3.

Figura 30 AML, PT/AMLSB/LCL/21/01/12, f. 0001, 2, 3.

Referências bibliográficas

Academia das Ciências de Lisboa (2001). Dicionário da língua portuguesa contemporânea (Vol. 1). Editorial Verbo. [ Links ]

Diniz, E. B. ([189-]). A paquerette. Livraria Economica de Frederico Napoleão de Victoria. [ Links ]

Esperanço, R. M. P. (2013). Uma leitura de Lisboa em Camisa: a comédia humana de Gervásio Lobato. Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. https://run.unl.pt/bitstream/10362/10363/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ricardo.pdfLinks ]

Rodrigues, P. A. C. (2007). Ernesto Rodrigues, um homem do teatro na I República. Dissertação de Mestrado em História e Cultura Europeia Contemporâneas, Departamento de História, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/414/1/15989_Ernesto_Rodrigues_Um_Homem_do_Teatro_na_I_Rep00FAiblica_%28Vers00E3o.pdfLinks ]

Silva, A. de M. (1992). Novo dicionário compacto da língua portuguesa (Vol. 2). Editorial Confluência, Lda. [ Links ]

1 A reforma do teatro nacional no século XIX teve como um dos principais responsáveis Almeida Garrett (1799-1854), encarregue de “repensar o teatro português a todos os níveis - da formação dos atores ao modelo e repertório dramatúrgico nacional”. Ver: Teatro em Lisboa: a revolução oitocentista (2017, 27 de março). FCSH +Lisboa - Lisboa contada por investigadores. https://maislisboa.fcsh.unl.pt/teatro-lisboa-revolucao-oitocentista/

2A cidade de Lisboa possuía, em 1871, oito salas de teatro, passando a dez, em 1899 (Esperanço, 2013, pp. 29-30). Posteriormente, nas primeiras décadas do século XX, foram construídas mais três novas salas (Rodrigues, 2007, p. 22).

3A literatura de espetáculo, também designada “litteratura theatral” (Diniz, [189-], capa), refere-se aos textos produzidos para as produções teatrais, artísticas e culturais, depois editados em livros e publicações, geralmente de pequenas dimensões, com caraterísticas peculiares.

4O Teatro Municipal São Luiz foi inaugurado em 1894, no Chiado, sendo então designado Teatro D. Amélia. Após um grande incêndio, em 1914, foi reconstruído e reabriu dois anos depois. A partir de 1928, funcionou como cinema (São Luiz Cine) e, em 1971, foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa. A partir de 1999, o teatro foi sujeito a uma profunda remodelação, tendo reaberto em 2002, dedicado à produção e promoção de espetáculos e eventos culturais, com uma programação alicerçada nas artes performativas. Ver: Arquivo Municipal de Lisboa (2019). 125 anos - Teatro Municipal São Luiz: memórias em arquivo. Câmara Municipal de Lisboa; Teatro São Luiz: O teatro: Missão e história. https://www.teatrosaoluiz.pt/missao/

5A Sociedade Promotora de Educação Popular, com sede em Alcântara, foi constituída em 1904, por um grupo de republicanos, com o objetivo de promover a instrução e a cultura. A sua primeira escola, noturna e para alunos do sexo masculino, iniciou atividade em 1905. Em 1931, a sociedade instalou um cinema, designado “Cinema Promotora”, que esteve em funcionamento até ao final da década de 1980.

6O Lusitano Clube é uma coletividade fundada em 1905, no coração de Alfama, tendo como missão a promoção da instrução, recreio, cultura e desporto, de forma a aproximar os habitantes do bairro lisboeta.

7As coplas são definidas como a “letra das canções de uma peça de revista ou de uma opereta” (Academia das Ciências de Lisboa, 2001, p. 968), ou também, como um “pequeno grupo de versos, ordinariamente em quadras, para ser cantado” (Silva, 1992, p. 135). Bastante populares e apreciadas entre os espetadores, as coplas eram cantadas sobretudo em espetáculos de revista, mas também em comédias, operetas e cançonetas.

8O trabalho de Ernesto Rodrigues foi tema de uma dissertação de mestrado. Ver: Rodrigues, P. A. C. (2007). Ernesto Rodrigues, um homem do teatro na I República. Dissertação de Mestrado em História e Cultura Europeia Contemporâneas, Departamento de História, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/414/1/15989_Ernesto_Rodrigues_Um_Homem_do_Teatro_na_I_Rep00FAiblica_%28Vers00E3o.pdf

Recebido: 02 de Junho de 2023; Aceito: 03 de Novembro de 2023

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