Portuguese (pdf)
Article in xml format
Article references
Automatic translation
Send this article by e-mail
Cited by SciELO 
Similars in
SciELO 
Permalink
Estima-se que em 2050, no mundo inteiro, possam existir cerca de 10 milhões de mortes associadas à resistência aos antimicrobianos, superando as mortes atribuíveis a doença neoplásica.1 Em 2015, em Portugal, estimaram-se 24 021 casos de infeção por bactérias multirresistentes, responsáveis por 1158 mortes, das quais 63,5% associadas aos cuidados de saúde.2
Assim, as infeções nosocomiais, a resistência aos antimicrobianos e as doenças infeciosas emergentes são fatores determinantes na qualidade e segurança dos cuidados de saúde, condicionando uma significativa morbimortalidade que impede o seu normal funcionamento.
O estabelecimento e desenvolvimento de estruturas dedicadas ao controlo de infeção tem um efeito direto na diminuição das infeções nosocomiais, com evidente benefício para o doente.3 Em Portugal, foi criado o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), de âmbito nacional e apresentando como objetivos gerais a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de micro-organismos com resistência a antimicrobianos, assentando na formação e educação a profissionais, vigilância epidemiológica e normalização de estruturas, procedimentos e práticas clínicas.4
A pandemia por SARS-CoV-2 evidenciou a importância da prevenção e controlo de infeção entre os profissionais. É fundamental que este interesse se materialize na implementação e perenidade de práticas e procedimentos corretos e rigorosos, garantindo um salto qualitativo nos cuidados prestados.
Assim, a Comissão Técnica Transversal (CTT) do PPCIRA tem por missão a uniformização e orientação de atuação em todo o grupo CUF, munindo-se da melhor evidência científica disponível, em articulação com os Grupos Coordenadores Locais (GCL), dotados de recursos necessários para a prossecução dos seus objetivos.
Cabe aos profissionais do grupo, como um todo, contribuir com espírito crítico nesta desejada melhoria contínua da qualidade e segurança, que resultará numa elevação dos cuidados prestados, garantindo a satisfação dos doentes e a realização dos profissionais.
