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Gazeta Médica

versão impressa ISSN 2183-8135versão On-line ISSN 2184-0628

Gaz Med vol.9 no.1 Queluz mar. 2022  Epub 01-Abr-2022

https://doi.org/10.29315/gm.v1i1.501 

Imagens Médicas

Síndrome da Artéria Mesentérica Superior: Uma Causa Rara de Oclusão Intestinal

Superior Mesenteric Artery Syndrome: A Rare Cause of Intestinal Obstruction

1. Serviço de Medicina Interna, Hospital Vila Franca de Xira, Vila Franca de Xira, Portugal.


Palavras-chave: Obstrução Intestinal/etiologia; Síndrome da Artéria Mesentérica Superior

Keywords: Intestinal Obstruction/etiology; Superior Mesenteric Artery Syndrome

A síndrome da artéria mesentérica superior (AMS) é uma causa rara de oclusão intestinal alta. Corresponde à compressão da terceira porção do duodeno (D3) pela AMS, motivada pela perda do tecido adiposo mesentérico no ângulo formado pela aorta e MAS.1,2 O principal fator de risco é a perda ponderal acentuada, por patologia médica ou psiquiátrica.2,3

Apresentamos o caso de um homem de 59 anos, com antecedentes de depressão major medicado que recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal, náuseas e vómitos com 3 dias de evolução. À observação apresentava-se caquético (índice de massa corporal 17 kg/m2), abdómen distendido e doloroso à palpação. Analiticamente, creatinina 4,6 mg/dL; ureia 98 mg/dL; glicémia 440 mg/dL; PCR 1,5 mgdL; acidose metabólica com hiperlactacidémia 10 mmol/L; sem outras alterações. A tomografia computorizada (TC) abdominal mostrou marcada distensão gastroduodenal e redução do ângulo entre a AMS e aorta, resultando na compressão de D3 (Fig.s 1 e 2). Foi colocada sonda nasogástrica para descompressão gástrica. A endoscopia digestiva alta identificou estase gástrica e estenose ultrapassável na transição do bulbo para D2. Reiniciou dieta entérica líquida após correção hidroeletrolítica com progressão consoante tolerância alimentar. Verificou-se melhoria clínica e analítica progressiva.

A clínica é inespecífica, pelo que o diagnóstico exige uma elevada suspeição. Exames de imagem, particularmente TC e ressonância magnética, permitem uma avaliação detalhada do abdómen e são o pilar do diagnóstico atualmente.1,4 A terapêutica inclui suporte nutricional, descompressão gástrica e correção de alterações hidroeletrolíticas.2 O tratamento cirúrgico está reservado para casos refratários.1

Figura 1: Artéria mesentérica superior (seta laranja) a comprimir o duodeno (seta azul), em corte sagital. 

Figura 2: Artéria mesentérica superior (seta laranja) a comprimir o duodeno (seta azul), em corte axial. 

Referências

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Responsabilidades Éticas

Conflitos de Interesse: Os autores declaram a inexistência de conflitos de interesse na realização do presente trabalho.

Fontes de Financiamento: Não existiram fontes externas de financiamento para a realização deste artigo.

Confidencialidade dos Dados: Os autores declaram ter seguido os protocolos da sua instituição acerca da publicação dos dados de doentes.

Consentimento: Consentimento do doente para publicação obtido.

Proveniência e Revisão por Pares: Não comissionado; revisão externa por pares.

Ethical Disclosures

Conflicts of Interest: The authors have no conflicts of interest to declare.

Financing Support: This work has not received any contribution, grant or scholarship.

Confidentiality of Data: The authors declare that they have followed the protocols of their work center on the publication of data from patients.

Patient Consent: Consent for publication was obtained.

Provenance and Peer Review: Not commissioned; externally peer reviewed.

Recebido: 14 de Setembro de 2021; Aceito: 30 de Dezembro de 2021; : 14 de Janeiro de 2022; Publicado: 31 de Março de 2022

Autor Correspondente/Corresponding Author: Andreia Machado Ribeiro [andreiammachadoribeiro@gmail.com] Rua da Condessa, lote 6, Seixal 2655-208 Ericeira ORCID iD: 0000-0002-0203-5536

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Redação do artigo

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