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Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação

Print version ISSN 2184-965XOn-line version ISSN 2184-3023

RPER vol.2 no.1 Silvalde June 2019

https://doi.org/10.33194/rper.2019.v2.n1.03.4564 

Artigos

Exercício físico em pessoas com diabetes: Revisão Sistemática de Literatura

Ejercicio físico en personas con diabetes: Revisión Sistemática de Literatura

Lénia Alexandra Ramos Loureiro1 
http://orcid.org/0000-0001-7427-0335

Maria Isabel Vaz Afonso2 
http://orcid.org/0000-0001-9764-5259

Patrícia da Silva Ribeiro3 
http://orcid.org/0000-0002-9702-3174

Ana Cristina Nunes Mesquita4 
http://orcid.org/0000-0002-0004-8691

Helena Castelão Figueira Carlos Pestana4 
http://orcid.org/0000-0001-7804-2989

Luís Manuel Mota de Sousa5 
http://orcid.org/0000-0002-9708-5690

1- Unidade de Cuidados Continuados na ASFE Saúde, Portugal

2- Centro hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Egas Moniz, Portugal

3- Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal

4- . Escola Superior de saúde Atlântica, Barcarena, Portugal

5- Universidade de Évora, Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus, Évora, Portugal


RESUMO

Introdução:

A Diabetes mellitus é caraterizada como um conjunto de alterações metabólicas, manifestada por hiperglicemia crónica. A atividade física surge neste contexto como uma estratégia positiva no processo terapêutico da diabetes.

Objetivo:

Avaliar os efeitos do exercício físico em pessoas com diabetes.

Método:

Revisão Sistemática da Literatura através do método PICO com a seguinte questão de pesquisa: Quais os benefícios do exercício físico na pessoa com diabetes? A pesquisa foi realizada com recurso a plataformas de bases de dados eletrónicas EBSCOhost, Medline e BVS tendo identificado, selecionado e avaliado a qualidade metodológica, incluindo artigos em acordo com as recomendações do PRISMA.

Resultados:

Foram incluídos 9 estudos que cumpriam os critérios de elegibilidade e qualidade metodológica definidos para esta revisão. O exercício físico traz benefícios para a pessoa com diabetes nomeadamente a nível da redução da glicose plasmática em jejum e dos valores da hemoglobina glicada, assim como, melhoria da qualidade de vida.

Conclusões:

A prescrição de exercícios físico em pessoas com diabetes pode ser um adjuvante no tratamento desta condição com benefícios no controlo metabólico e qualidade de vida.

Descritores: Diabetes; Exercício Físico; Glicémia; Enfermagem em Reabilitação

RESUMEN

Introducción:

La diabetes mellitus es caracterizada como un conjunto de alteraciones metabólicas, manifestada por hiperglucemia crónica. La actividad física surge en este contexto como una estrategia positiva en el proceso terapéutico de la diabetes.

Objetivo:

Evaluar los efectos del ejercicio físico en las personas con diabetes.

Método:

Revisión Sistemática de la Literatura. Se utilizó el método PICO con la siguiente pregunta de investigación: ¿Cuáles son los beneficios del ejercicio físico en la persona con diabetes? La pesquisa se realizó utilizando plataformas de bases de datos electrónicas EBSCOhost, Medline y BVS, identificando, seleccionando y evaluando la calidad metodológica, incluyendo artículos de acuerdo con las recomendaciones del PRISMA.

Resultados:

Se incluyeron 9 estudios que cumplían los criterios de elegibilidad y calidad metodológica definidos para esta revisión. El ejercicio físico trae beneficios para la persona con diabetes, especialmente en la reducción de la glucosa plasmática en ayuno y de los valores de la hemoglobina glucosa, así como la mejora de la calidad de vida.

Conclusiones:

La prescripción de ejercicios físicos en personas con diabetes puede ser un adyuvante en el tratamiento de esta condición con beneficios en el control metabólico y calidad de vida.

Descriptores: Diabetes; Ejercicio físico; Glucemia; Enfermería en Rehabilitación

ABSTRACT

Background:

Diabetes mellitus is characterized as group of metabolic alterations manifested by chronic hyperglycemia. Physical exercise has been shown as a positive strategy in the diabetes therapeutic process.

Objective:

To access physical exercise effects on people with diabetes.

Methods:

Systematic Review of Literature through the PICO method with the following research question: What are the benefits of physical exercise in a diabetic person? The research was carried out by using the electronic database platforms: EBSCOhost, Medline and BVS. The methodological quality was identified, selected, evaluated and we included the scientific papers that were according to PRISMA recommendations.

Results:

9 studies were included; they fulfilled the eligibility and methodological quality criteria.

Conclusion:

The physical exercise prescription in people with diabetes can be an adjuvant in the treatment of this condition with metabolic control benefits, and improve quality of life.

Keywords: Diabetes; Physical Exercise; Glycemia; Rehabilitation Nursing

INTRODUÇÃO

A diabetes mellitus é definida como um conjunto de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crónica, que ocorrem devido à destruição das células beta do pâncreas, resistência à ação e/ou distúrbios da secreção da insulina1.

A diabetes mellitus pode ser classificada nas seguintes categorias: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes mellitus gestacional e diabetes com origem noutras causas especificas2-3. Contudo, o estudo vai centrar-se na diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2.

A diabetes mellitus tipo 1 surge quando há destruição das células beta, levando a uma produção deficiente de insulina no organismo. A causa para este tipo de diabetes ainda não é conhecida. Os sintomas incluem: sede excessiva, micções frequentes, fome, perda de peso, alterações na visão e fadiga2-3.

A diabetes mellitus tipo 2 ocorre devido a uma alteração na secreção de insulina levando a uma resistência à insulina pelo organismo. Este tipo de diabetes é um dos mais frequentes e os sintomas são muito semelhantes à diabetes mellitus tipo I mas geralmente menos evidentes ou até mesmo ausentes2-3.

O diabetes mellitus tem-se tornado num dos mais importantes desafios de saúde pública do século XXI. Até a última década, foi subestimada, atualmente é vista como uma ameaça à saúde publica global 4.

Em 2014, a nível mundial, estimou-se que 422 milhões de pessoas adultas tinham diabetes, verificando-se um aumento relativamente a 1980 que apresentava uma prevalência de 108 milhões de pessoas. A prevalência global (padronizada por idade) de diabetes aumentou para quase o dobro desde 1980, passando de 4,7% para 8,5% nas pessoas adultas. Este aumento está associado a fatores de risco, como excesso de peso ou obesidade3.

Em Portugal, existe uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da Diabetes entre os homens (15,9%) e as mulheres (10,9%), assim como a existência de um forte aumento da prevalência da diabetes com a idade (mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem Diabetes) 5.

De entre os vários tipos diabetes, a diabete mellitus tipo 2 é a mais comum representando cerca de 90-95 % dos casos6. Alguns fatores de risco para este tipo de diabetes são: a genética, etnia, idade (fatores não modificáveis), o excesso de peso ou obesidade, dieta não saudável, atividade física insuficiente e tabagismo (fatores modificáveis por meio de alterações comportamentais e ambientais)3.

A atividade física regular é importante para todos, mas é especialmente relevante para pessoas com diabetes sendo considerado como adjuvante na prevenção e no tratamento7.

A atividade física inclui todos os movimentos que resultam num gasto de energia acima do nível de repouso. Já o exercício físico é um tipo de atividade que consiste em movimentos corporais programados, estruturados e sistematicamente repetitivos que têm como objetivo melhorar a preparação física6.

O exercício físico, para além de hábitos alimentares saudáveis, é uma das primeiras estratégias aconselhadas para pessoas recém-diagnosticadas com diabetes mellitus tipo 2, trazendo benefícios no que diz respeito à redução do risco de diabetes e do aumento da glicose no sangue3 sendo essencial para a redução do risco cardiovascular, a perda ou controle de peso e bem-estar geral. O exercício físico, seja aeróbico ou de resistência ou uma combinação, facilita a regulação da glicose. O exercício intervalado de alta intensidade é eficaz e tem como vantagem de ser muito eficiente em termos de tempo7.

O exercício físico regular traz ainda consideráveis benefícios para a saúde das pessoas com diabetes mellitus tipo 1 especificamente, a nível cardiovascular, força muscular e sensibilidade á insulina.6.

O exercício aeróbio consiste num tipo de exercício que engloba movimentos contínuos e rítmicos de grandes grupos musculares, como caminhar, correr e andar de bicicleta. (8 Este tem impacto a nível do aumento da densidade mitocondrial, sensibilidade à insulina, enzimas oxidativas, reatividade dos vasos sanguíneos, função pulmonar, função imunitária e débito cardíaco. Na diabetes mellitus tipo 1, o exercício aeróbio aumenta a aptidão cardiorrespiratória, diminui a resistência à insulina e melhora os níveis lipídicos e a função endotelial6, já em pessoas com diabetes mellitus tipo 2, melhora o controlo da glicémia, sensibilidade à insulina, capacidade oxidativa e importantes parâmetros metabólicos relacionados8.

O exercício de resistência é sinónimo de treino de força e engloba movimentos com recurso a pesos livres, aparelhos de musculação, exercícios de peso corporal ou bandas de resistência elástica8. A nível da diebetes mellitus tipo 1 o exercício de resistência no controle da glicémia capilar não está bem definido, no entanto pode ajudar a minimizar o risco de hipoglicémia induzida pelo exercício físico6. Nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2 o exercício de resistência traz ganhos nomeadamente a nível da força, densidade mineral óssea, pressão arterial, perfil lipídico, saúde cardiovascular, sensibilidade à insulina e massa muscular8.

Em relação aos exercícios de mobilidade e equilíbrio estes têm maior relevância em idosos com diabetes. A mobilidade articular limitada que frequentemente se observa nesta população, resulta em parte da formação de produtos finais de glicosilação avançada, que se acumulam durante o envelhecimento normal e são acelerados pela hiperglicemia6.

Os exercícios de alongamento contribuem para o aumento da mobilidade, mas não afetam o controle glicémico, enquanto que exercícios de equilíbrio podem reduzir o risco de quedas6.

O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação possui conhecimentos e competências especializadas, intervindo de forma individual e singular, tendo em conta as necessidades, características, capacidades e tolerância de cada pessoa9.

Tem também como competência monitorizar e implementar programas de reabilitação, avaliando e efetuando os ajustes necessários no processo de prestação de cuidados. Desta forma possibilita melhorar a qualidade de vida, através da melhoria da funcionalidade e da autonomia, envolvendo dimensão física social e emocional9. Com esta revisão sistemática da literatura pretende-se identificar: “Quais os benefícios do Exercício Físico na Pessoa com Diabetes?”. Foi escolhido pela sua prevalência atual que lhe confere especial importância na área de atuação do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação.

Assim, a presente revisão sistemática da literatura (RSL) tem como objetivo avaliar os efeitos do exercício físico em pessoas com diabetes.

MATERIAL E MÉTODOS

A Investigação em Enfermagem é um método sistemático, científico e rigoroso que busca o desenvolvimento e aprofundamento do conhecimento nesta área, procurando responder a questões ou soluções para problemas em prol do benefício da pessoa, família e comunidade10.

As investigações científicas na área da enfermagem têm vindo a aumentar, especialmente as pesquisas clínicas, com métodos bem delineados e forte grau de evidência, a fim de sustentar a prática baseada na evidência (PBE)11.

A RSL é uma metodologia científica que possibilita identificar, avaliar e abreviar os estudos realizados por investigadores, académicos e profissionais de saúde. O ponto de partida é uma questão bem delineada e formulada recorrendo a métodos sistemáticos e claros, permitindo também recolher e analisar os dados dos estudos que se incluíram na revisão 12-13. Para uma análise de toda a evidencia disponível é fundamental seguir as seguintes etapas: definir de forma clara os objetivos tendo em conta os critérios de elegibilidade; metodologia explícita e reprodutível, pesquisa sistemática que evidencie que todos os estudos cumpram os critérios de elegibilidade; avaliação da autenticidade dos resultados dos estudos incluídos 12-13.

A questão de investigação deste estudo foi conduzida através do método PICO - Participant (Tipo de Participantes); Intervention (Tipo de Intervenção); Comparasion (comparação); Outcomes (Tipo de Resultados), como se pode verificar na tabela nº1.

Tabela nº1 Método PICO 

Participantes (P) Pessoa com Diabetes
Intervenção (I) Exercício físico
Comparação (C) Pessoas com diabetes que não praticam exercício físico
Resultados (O) Benefícios para a saúde (ex. bem-estar, qualidade de vida…)

Posto isto, definiu-se para a presente Revisão Sistemática da Literatura, a seguinte questão de investigação: “Quais os benefícios do Exercício Físico na Pessoa com Diabetes?”.

A pesquisa para a revisão sistemática da literatura definiu-se em função da questão de investigação, dos descritores relacionados com cada uma das componentes da estratégia PICO e palavras chave conforme tabela nº 2. Os descritores foram validados previamente na plataforma Descritores em Ciências da Saúde e Medical Subject Headings.

Tabela 2 Método PICO, Descritores e Palavras Chave 

Critérios Questões de Partida Descritores Palavras Chave
Participantes (P) Pessoa com diabetes Diabetes
Intervenção (I) Exercício Físico Exercício Físico Enfermagem Reabilitação Frequência do exercício, Intensidade, Duração, Modalidade, Tipo Exercício
Comparação (C) Diabéticos que não praticam exercício
Resultados (O) Benefícios para a saúde Glicemia Qualidade de vida

A investigação decorreu no mês de novembro 2018 através de duas pesquisas independentes. Tendo como base os descritores já referidos realizou-se a pesquisa nas plataformas de bases de dados eletrónicas: EBESCO host, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde.

Atendendo à especificidade do tema e ao grande número de estudos/artigos encontrados foi necessário definir critérios de inclusão e exclusão (tabela nº3) de forma a ajudar na seleção dos estudos/artigos relevantes para o desenvolvimento da temática em questão.

Tabela 3 Critérios de Elegibilidade 

Critérios Elegibilidade Critérios Inclusão Critérios Exclusão
Participantes (P) Pessoa com diabetes Pessoa com outra patologia
Intervenção (I) Exercício Físico
Desenho do(s) Estudo(s) Estudo experimental aleatório controlado Revisão Sistemática Literatura, Outros estudos quantitativos e estudos Qualitativos
Período de Publicação Artigo publicado entre 2014 e 2018
Língua em que está publicado Artigo publicado em Português, Inglês e Espanhol
Disponibilidade do Artigo Artigo Completo e de acesso livre Artigo Incompleto ou que implique custos

Do processo de pesquisa bibliográfica realizada, com esta metodologia, obtivemos 1039 artigos para a seleção inicial. Destes, 910 foram rejeitados pelo título ou pelo assunto e 30 pelo resumo. Dos 18 resultantes, 7 foram excluídos após análise do texto integral, dado não cumprirem os critérios de inclusão definidos, tendo sido o resultado final de 10 artigos incluídos que preencheram os critérios de inclusão.

A Tabela 4 descreve o processo de conjugação dos descritores e palavras-chave para a pesquisa nas bases de dados. A Figura 1 ilustra o fluxograma PRISMA14correspondente à identificação, análise, seleção e inclusão dos artigos.

Tabela 4 Conjugação booleana 

Conjugação booleana Medline BVS EBSCOhost
((exercise)OR(physical activity))AND(diabetes) 605 67
((Physical activity) OR (Exercise)) AND (Diabetes) 369
Total de artigos 1039

Figura 1 Identificação, análise e seleção dos artigos.14  

Os artigos selecionados para leitura completa foram avaliados por dois investigadores de forma independente, tendo em consideração os critérios de qualidade metodológica, propostos pelo JBI, Assessment and Review of Information, 15 tendo sido selecionados os artigos com mais de 75% dos critérios.

Foi extraida informação dos artigos sobre autores, ano, país, amostra, dados sobre o exercício físico (modalidade, frequência, intensidade, volume e duração), conclusões e nível de evidência. Os níveis de evidência dos estudos incluídos foram classificados de acordo com os critérios da Registered Nurses Association of Ontario como se pode ver seguidamente: Ib-Evidência determinada a partir de pelo menos um estudo aleatório controlado16-17 .

RESULTADOS

Nesta RSL foram publicados 9 artigos nos seguintes anos: 201420-21,23, 201519, 201624 e 201718,22,25-26. A amostra de pessoas com diabetes que foi sujeita a intervenção variou entre 1218 e 53626. O grupo de controlo variou entre 518 e 14926. Todos os estudos incluídos (Tabela 5) são estudos experimentais, com nível de evidência Ib isto é, evidência obtida a partir de um estudo bem desenhado e através de pelo menos um estudo aleatório controlado15 sendo portanto uma mais valia para esta RSL.

Tabela 5: artigos incluídos 

Autor, ano, país Participantes Objetivo Intervenção Resultados Nível de evidência
Asuako,Benjamim; et al 18
2017
Gana
12 pessoas com diabetes atendidos na unidade diabética do KATH com diagnóstico de diabetes há menos de cinquenta anos, estado ambulatorial / idade de 20 a 68 anos, sedentários e livres de complicações.
7 pessoas no grupo de intervenção (GI)
5 pessoas no grupo controle (GC)
Avaliar os efeitos do exercício físico aeróbico sobre a glicose plasmática em jejum e perfis lipídicos (FPG / LP) de pessoas com diabetes Oito semanas de treinamento aeróbico entre agosto de 2015 e março de 2016
Durante 8 semanas: entre agosto de 2015 e março de 2016
Modalidade: Caminhada sem recurso a passadeira
Tipo Exercício: aeróbico
Frequência do exercício:3 vezes/ semana
Intensidade: moderada
Volume exercício: Não definido
Duração:45 min
Grupo Controlo: não desenvolveram nenhuma atividade física
- Perda de peso corporal de 4,85 kg (7,0%)
- Redução de 4,08kg / m 2 (7,3%) no IMC A FPG reduziu em 43,5% (5,28mmol / l) após oito semanas de treino com exercícios aeróbicos comparativamente com o grupo controle
- Descida de valores nos perfis de LDL-C (0,33mmol / l, 11,9%), CT (0,47mmol / l, 5,3%) e T (0,48mmol / l, 29,4%) dos pacientes do IG e aumento do HDL- CC (0,16mmol / l, 7,1%)
Nivel Ib
Estudo aleatório e controlado
Parra-Sánchez, J; et al 19
(2015)
Espanha
100 participantes com diabetes tipo 2
Idade entre os 65 e 80 anos, sedentários
50% grupo controle (GI) e 50% grupo intervenção (GC).

Analisar se um programa de exercícios pode modificar a hemoglobina glicada (HbA1c), pressão arterial (PA), índice de massa corporal (IMC), lipídios, perfil de risco cardiovascular (RVC), autopercepção do estado de saúde (SHS) e gasto farmacêutico (EP ). Durante 3mesesAtenção Primária: 2 áreas rurais de saúde. Área de Saúde de Navalmoral. Cáceres. Extremadura. Espanha
Modalidade: Não definido
Tipo exercício: aeróbico controlado
Frequência do exercício: 2 vezes / semana
Intensidade: Não definido
Volume exercício: Não definido
Duração: 50 min
Grupo Controlo: não desenvolveram nenhuma atividade física
Diminuição significativa em;
HbA1c: 0,2 ± 0,4% (IC 95%: 0,1 a 0,3);
PA sistólica: 11,8 ± 8,5 mmHg (IC 95%: 5,1 a 11,9), IMC: 0,5 ± 1 (IC 95%: 0,2 a 0,8);
Colesterol total : 14 ± 28,2mg / dl (IC 95%: 5,9 a 22,2);
LDL: 18,3 ± 28,2mg / dl IC 95%: 10,2 a 26,3),
RVC: 6,7 ± 7,7% (IC 95%: 4,5 a 8,9),
EP: 3,9 ± 10,2 € (IC 95%: 0,9 a 6,8) e
Aumento de SHS: 4,7 ± 5,7 (IC 95%: 3 a 6,3).
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado,
cego.
Dixit,Shenil ;et al20
2014
India
87 Pessoas com diabetes tipo 2 com neuropatia diabética

47 pessoas no grupo controle com idade média de 59.45 anos
40 pessoas no grupo intervenção com idade média de 54,4 anos

Avaliar o efeito do exercício aeróbio de intensidade moderada de 8 semanas (40-60% da frequência cardíaca) sobre a qualidade de vida da neuropatia no diabetes tipo 2.
O estudo foi realizado em um ambiente terciário em Karnataka, Índia, de outubro de 2009 a dezembro de 201
Durante 8 semanas: entre outubro de 2009 e dezembro de 2012
Modalidade: passadeira
Tipo de exercício: aeróbio
Intensidade: moderada
Frequência do exercício: 5 a 6 dias /semana
Volume: Não definido
Duração: mínimo 150min/semana e máximo 360 min/semana
Grupo Controlo: não desenvolveram nenhuma atividade física
Na comparação dos resultados do controle e do grupo de estudo de RANOV :
Sem alterações significativas:
- nos valores médios das medidas antropométricas utilizando RANOVA (p <0,05)
- (p <0,05) nos valores médios do controle glicémico
Com alterações significativas:Diferença significativa:
- (p < 0,05) nos valores médios de MDNS
-(p <0,05) nas medidas de qualidade de vida
-(p <0,05) nos valores médios da velocidade de condução do segmento distal do nervo fibular (df = 1, 62, F = 5,14 ep = 0,03) e do nervo sensorial sural (df = 1, 60, F = 10,16 e p \ 0,001)- para as velocidades de condução nervosa em dois grupos, houve diferença significativa entre ambos os grupos (p <0,05)
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado
Taylor, J.; et al
2014 21
Arkansas
21 pessoas com diabetes tipo 2 com idades entre os 18 e 69 anos
10 pessoas no grupo de treino de exercício de intensidade moderada (grupo MOD)
11 pessoas no grupo de treino de exercício de alta intensidade (grupo HIGH).
Investigar os efeitos do exercício físico moderado versus de alta intensidade sobre aptidão e condição física em pessoas com diabetes tipo 2.
De setembro de 2011 a agosto de 2012.
Grupo MOD:
Treino aeróbio
Modalidade: passadeira
Tipo de exercício: aeróbio
Intensidade: 30% a 45% de reserva da FC
Frequência do exercício: 3 vezes/semana
Volume: Não definido
Duração: 20min
Treino Resistência
Modalidade: máquinas resistência e pesos
Tipo exercício: resistência
Intensidade: 75% das 8-RM
Frequência do exercício: 2 vezes/semana
Volume: 4 series de 8 repetições
Duração: Não definido
Grupo HIGH
Treino aeróbio
Modalidade: passadeira
Tipo de exercício: aeróbio
Intensidade: 50% a 65% de reserva da FC
Frequência do exercício: 3 vezes/semana
Volume: Não definido
Duração: 20 min
Treino Resistência
Modalidade: máquinas resistência e pesos
Tipo exercício: resistência
Intensidade: 100% das 8-RM
Frequência do exercício: 2 vezes/semana
Volume: 4 series de 8 repetições
Duração: - Não definido
Níveis médios de glicose antes após o exercício e após 1 hora após o exercício
Grupo MOD
204,5 mg / dL (DP 92,3), 181,1 mg / dL (SD 84,2) e 172,0 mg / dL (SD 81,3 )
Grupo HIGH
140,0 mg / d SD 34,4), 109,8 mg / dL (SD 17,9) e 118,5 mg / dL (SD 33,2).
Diferenças pouco significativa (mas com melhorias) entre grupos em relação a: capacidade de exercício, força muscular e condição física
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado
Karimi, Hossein, et al 22
2017
Paquistão
102 participantes
Grupo experimental (n = 51) com média de idade de 53,74 ± 8,75 anos
Grupo controle (n = 51) com média de idade de 55,08 ± 7,67 anos
Determinar os efeitos do programa de treinamento físico aeróbico estruturado supervisionado (SSAET) sobre a interleucina-6 (IL-6), óxido nítrico sintase 1 (NOS-1) e ciclooxigenase-2 (COX-2) no diabetes tipo 2. Durante 25 semanas
De janeiro de 2015 a junho de 2016.
SSAET combinado com medicação de rotina e plano de dieta foi aplicado no grupo experimental
Grupo controle tratado com medicação de rotina e plano de dieta
Modalidade: passadeira
Tipo de exercício: aeróbio
Intensidade: Não definido
Frequência do exercício: Não definido
Volume: Não definido
Duração: 30 min na primeira semana aumentando 30 min a cada semana num total 4 semanas
O programa SSAET, medicação de rotina e plano alimentar melhoram os valores de IL-6 no grupo experimental, em comparação com grupo controle controlado por medicação de rotina e plano alimentar, onde foi observada deterioração na IL-6

.
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado
Schreuder, TH; et al 23
2014
Inglaterra e
Holanda
15 pessoas do sexo masculino com diagnóstico de diabetes tipo 2 há pelo menos 2 anos

-Exercício físico com bloqueador duplo (EX-ET)
- Exercício físico com placebo (EX + placebo)
Avaliar aptidão física em pessoas com diabetes tipo 2
Durante 8 semanas. Todos participantes preencheram um questionário sobre o seu médico e uso de medicação.
Todos os individuos foram submetidos aos mesmos exercícios:
Modalidade: Bicicleta e máquinas com resistência
Tipo exercício: aeróbio e circuito de exercícios de resistência
Frequência:3 vezes por semana
Intensidade: moderada
Volume: Não definido
Duração: 60 minutos
Não foi encontrado efeito da intervenção de 8 semanas na homeostase da glicose.
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado
Leehey, DJ; et al
2016 24
USA
36 pacientes do sexo masculino
Idade entre os 49-81
Grupos:
- Exercício + gestão da dieta (n = 18)
- Dieta sozinho (n = 18).
Determinar os efeitos do exercício estruturado
aptidão física, função renal, função endotelial, inflamação,
e composição corporal nesses pacientes.
Durante 12 semanas
Grupo Exercício + gestão dieta
Modalidade: passadeira
Tipo Exercício: Aeróbico e Resistência
Frequência: 3 vezes por semana
Intensidade: Não definido
Volume: Não definido
Duração: Não definido
Grupo Controlo: apenas a dieta, sem exercício físico

Sem alterações significativas na:
- taxa de albumina na urina para creatinina,
- taxa de filtração glomerular estimada,
- função endotelial, inflamação ou composição corporal entre os grupos.
O exercício controlado melhorou a capacidade de exercício na pessoa diabética obesa com DRC mas não a composição corporal ou a função renal.
Nível Ib
Estudo aleatório e controlado
Otten,Julia; et al25
2017
Suécia
32 pessoas com diabetes tipo 2 (idade 59 ± 8 anos) seguiram uma dieta paleolítica por 12 semanas.

2 grupos:
Dieta paleolítica e recomendações de exercício de cuidados padrão (DP)
Dieta paleolítica com sessões de exercício supervisionado de 1 h três vezes por semana (PD-EX)
Avaliar os feitos de uma dieta paleolítica com e sem exercício supervisionado sobre a massa gorda, sensibilidade à insulina e controle glicêmico Grupo (DP)
Modalidade: caminhada rápida
Tipo Exercício: aeróbio
Frequência: diário
Intensidade: moderada
Volume: Não definido
Duração: 30 minutos
Grupo (PD-EX)
Modalidade: caminhada rápida, sprints,leg press, extensões de pernas sentadas, flexões de pernas, elevações de quadril, supinos planos e inclinados, fileiras sentadas, fileiras de haltere, pull-downs lat ombro levanta, extensões de volta, burpees, sit-ups, step-ups e tiros de bola de parede
Tipo Exercício: aeróbio e de resistência
Frequência: 3 vezes/semana
Intensidade: moderada
Volume: no treino resistência 10 a 15 repetições cada exercício 2 a 4 séries
Duração:60min
Diminuição:
- Massa de gordura :5,7 kg (IQR: -6,6, -4,1; p <0,001);
- da Leptina em 62% ( p<0,001);
- Pressão Arterial
- Triglicéridos
- HbA 1C em 0,9% (-1,2, -0,6; p <0,001);
Melhoria:
- Sensibilidade à insulina e controle glicémico
- Participantes sexo masculino diminuíram a massa magra em 2,6 kg
Nivel IB
Estudo aleatório e controlado
Vlaar MA,
et al 26
(2017)
Holanda
536 sul-asiáticos de 18 a 60 anos com risco para diabetes
Grupo intervenção (n = 283): entrevista motivacional, sessão familiar, aulas culinária, programa de atividade física supervisionada
Grupo controle (n = 253)- receberam concelhos genéricos de estilo vida
Investigar a eficácia de uma intervenção intensiva culturalmente direcionada ao estilo de vida para prevenir DM2 e fatores de risco cardiovascular entre Surinameses do Sul da Ásia na atenção primária. De 18 de maio de 2009 e 11 de outubro de 2010
Grupo Intervenção:
Modalidade: Qualquer atividade física;
Tipo Exercício: Não definido
Intensidade: Moderada a Intensa
Frequência: - Não definido
Intensidade: Não definido
Volume: - Não definido
Duração: Não definido
Grupo Controlo: receberam diretrizes atuais para dieta e atividade física
Uma intervenção de estilo de vida culturalmente direcionada na atenção primária não alterou o comportamento alimentar e a atividade física de um grupo de pessoas do sul da Ásia sob risco de diabetes tipo 2 Ib
Estudo aleatório e controlado

DISCUSSÃO

As modalidades de exercício físico mais aplicadas nos estudos abordados foram: a caminhada 18,20-21,23-24 máquinas de resistência e peso livre 22,25 e bicicleta24. O tipo de exercício físico recomendado para a pessoa diabética vai depender de alguns fatores nomeadamente a sua condição física basal, preferências, meios disponíveis ou presença de limitações físicas19.

Os estudos analisados recorreram essencialmente a exercícios aeróbios com a exceção de 22-25 que combinaram exercícios aeróbios e de resistência. Alguns estudos realizados referem que a combinação de exercício físico aeróbico em complemento com treino de resistência pode ser melhor que qualquer um deles separadamente 20.

A frequência do exercício evidenciada nos estudos variou entre 2 vezes por semana19 e 5 a 6 vezes por semana20 e teve uma duração entre os 30 minutos22 e os 60 minutos24-25 por cada sessão de exercício. A frequência mínima de exercício recomendada pela American Diabetes Association é de 150 minutos por semana de exercício físico aeróbio moderado ao longo de pelo menos três dias para a semana; já a Sociedade Espanhola de Diabetes recomenda sessões de exercício com a duração de pelo menos 45 minutos, três vezes por semana, divididas em pré-aquecimento, fase principal e por fim o relaxamento20.

A intensidade do exercício não foi avaliada de igual forma nos artigos analisados e nem todos faziam referência a este parâmetro. Asuako e colaboradores(18) avaliaram a intensidade recorrendo à frequência cardíaca máxima, valor este obtido através de um oxímetro de pulso versão 803, China, colocado aquando do exercício e através da aplicação online Pace Calculator.

Nos estudos realizados por Dixit e colaboradores20 e Taylor e colaboradores21, a intensidade do exercício foi avaliada com recurso a fórmula de Karvonen (Frequência cardíaca treino = Frequência cardíaca Repouso +(Intensidade) x (Frequência cardíaca máxima - Frequência Cardíaca em repouso). Dixit e colaboradores20 recorreram a monitor de frequência cardíaca (Polar Electro Oy, Kempele, Finlândia) e usaram-no para monitorizar a frequência cardíaca continuamente durante o exercício aeróbico.

De salientar que nos estudos analisados nem sempre a caracterização do exercício estava completa (modalidade, tipo exercício, frequência, intensidade, volume e duração) o que limitou a análise limitando de alguma forma a generalização dos resultados.

Na análise realizada, apenas dois artigos combinaram o estudo do exercício com um tipo de dieta específica25-26.

Otten e colaboraores 25 combinaram o exercício físico com dieta paleolítica, dieta esta baseada no consumo de carne magra, peixe, frutos do mar, ovos, legumes, frutas, frutas vermelhas e nozes e excluindo cereais, produtos lácteos, leguminosas, gorduras refinadas, açúcares refinados e sal. Em estudos já realizados anteriormente a dieta Paleolítica teve efeitos metabólicos benéficos sobre a obesidade e no tipo de diabetes25.

Vlaar e colaboradores26combinaram o exercício físico com a dieta saudável baseadas nas diretrizes alimentares nacionais do sul da Asia e que inclui 2 pedaços de fruta/dia, vegetais (200g/dia), trigo integral (exclusivamente produtos de trigo integral), arroz (unicamente arroz integral) e 3 refeições por dia/horário regular.

Na análise dos artigos, verificamos que existem ganhos importantes na saúde da pessoa com diabetes associada à prática de exercício físico. As variáveis mais utilizados na maioria dos estudos e que evidenciam esses ganhos foram a glicose20, a HbA1c19-25, o peso corporal18-25 e o colesterol18-19.O exercício físico controlado está associado a valores da hemoglobina glicosada mais controlados e menor risco cardiovascular, melhorando também o estado de saúde psicossocial e diminuindo os gastos farmacêuticos 19.

Implicações Práticas

O exercício físico tem um efeito positivo na saúde da pessoa diabética, contudo, o tipo de exercícios, duração, frequência e intensidade para utilizar na redução da glicemia devem ser clarificados em futuros estudos experimentais.

O sedentarismo e a obesidade na pessoa com diabetes, são fatores, que marcam a aptidão física. Neste sentido, enfermeiros, médicos e outros cuidadores devem promover um maior incentivo e acompanhamento (inter e extra-hospitalar) de modo a melhorar a adesão destas pessoas à atividade física em geral e ao exercício físico em particular. Salientando-se que a atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela contração muscular que resulte num gasto energético acima do nível de repouso e o exercício físico é caraterizado por movimentos corporais planeados, organizados e repetidos, tendo como objetivo, manter ou melhorar uma ou mais componentes da aptidão física27.

A Enfermagem de Reabilitação pode ter um papel determinante no aumento da prática de exercício físico em pessoa com diabetes. E os enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação devem participar na produção de evidências neste âmbito, participar nas tomadas de decisões relacionadas com a saúde, assim como na construção de políticas de saúde que visem a adoção de estilos de vida saudáveis relacionados com a prática de exercício físico em pessoas com diabetes.

Limitações do estudo

Os estudos que integraram esta RSL apresentaram algumas limitações, nomeadamente: o tamanho reduzido da amostra, limitando a generalização dos resultados, nem todos os artigos analisados caracterizavam o exercício físico e os que o faziam, não abordavam todos os critérios, especificamente, frequência, volume, duração e intensidade. Relativamente à intensidade, poucos estudos recorreram a escalas para descrever a intensidade como baixa, moderada ou vigorosa, o que torna esta avaliação pouco objetiva. Além disso, existe uma parca produção científica sobre este tema, o que foi um obstáculo à realização desta RSL. Por fim, refere-se o número reduzido de bases de dados acedidas assim como à língua e horizonte temporal utilizado, que pode contribuir para o reduzido número de estudos identificados e incluídos na última etapa.

CONCLUSÃO

Com esta RSL e após a análise dos 9 estudos, podemos concluir que o exercício físico traz benefícios na pessoa com diabetes nomeadamente a nível da redução da glicose plasmática em jejum, valores da hemoglobina glicosada, redução do peso corporal e colesterol, assim como melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Este estudo permitiu aumentar o conhecimento em enfermagem de reabilitação, bem como, contribuir para avaliar os benefícios do exercício físico estruturado na pessoa com diabetes. No entanto, verificaram-se lacunas na descrição dos exercícios ao nível da modalidade, frequência, intensidade, volume, duração e progressão. Recomendam-se mais estudos, com amostra mais robustas, onde sejam descritas de forma mais objetiva as intervenções no âmbito do exercício físico, assim como, os instrumentos de avaliação que permitam não só definir a intensidade do exercício, como demonstrar os ganhos sensíveis à prescrição de exercício realizada por enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

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Recebido: 05 de Março de 2019; Aceito: 27 de Junho de 2019

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