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Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação

Print version ISSN 2184-965XOn-line version ISSN 2184-3023

RPER vol.2 no.1 Silvalde June 2019

https://doi.org/10.33194/rper.2019.v2.n1.05.4565 

Artigos

Exercício físico na pessoa com depressão: Revisão Sistemática da Literatura

Ejercicio físico en la persona con trastorno depresivo: Revisión Sistemática de la Literatura

Inês de Jesus Rocha1 
http://orcid.org/0000-0001-6943-1499

Carla Alexandra Fundevila de Barros2 
http://orcid.org/0000-0002-6767-2421

Ana Maria Pinto Mateus1 
http://orcid.org/0000-0002-7004-4792

Rosa Cristina Rodrigues Correia2 
http://orcid.org/0000-0002-9358-4011

Helena Castelão Figueira Carlos Pestana3 
http://orcid.org/0000-0001-7804-2989

Luís Manuel Mota de Sousa4 
http://orcid.org/0000-0002-9708-5690

1- Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central Hospital Curry Cabral, Portugal

2- Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal

3- . Escola Superior de saúde Atlântica, Barcarena, Portugal

4- Universidade de Évora, Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus, Évora, Portugal


RESUMO

Introdução:

A depressão é das formas mais comuns de distúrbio mental e uma das maiores causas de problemas de saúde da atualidade. Tem surgido a necessidade de aliar ao tratamento farmacológico, tratamentos adjuvantes tais como a psicoterapia e a prática de exercício físico, no tratamento deste transtorno.

Objetivo:

identificar quais os benefícios do exercício físico na pessoa com depressão.

Método:

Revisão Sistemática da Literatura, que utiliza as recomendações do Joanna Briggs Institute na estratégia PICO e as recomendações PRISMA, foi formulada a questão de pesquisa “quais os benefícios do exercício físico na pessoa com transtorno depressivo?” A pesquisa foi realizada com recurso a plataformas de bases de dados eletrónicas EBSCOhost e B-on.

Resultados:

Foram incluídos nove estudos que cumpriam os critérios de inclusão, e onde se descreveram e analisaram o tipo, frequência, volume e duração de cada modalidade de exercício físico praticado em cada um dos estudos.

Conclusões:

Os resultados obtidos permitem concluir que independentemente da frequência, duração e intensidade da prática de exercício físico no transtorno depressivo, esta diminui os sintomas depressivos, melhorando também a forma física, função cognitiva e bem-estar da pessoa com transtorno depressivo.

Descritores: Transtorno depressivo; treino de exercício; atividade física; Enfermagem em Reabilitação

RESUMEN

Introducción:

El trastorno depresivo es una de las formas más comunes de trastorno mental y una de las mayores causas de problemas de salud en la actualidad. Ha surgido la necesidad de aliar al tratamiento farmacológico, tratamientos adyuvantes tales como la psicoterapia y la práctica de ejercicio físico en este trastorno.

Objetivo:

Identificar cuales son los beneficios del ejercicio físico en una persona con un trastorno depresivo.

Método:

Revisión sistemática de la literatura, que utiliza las recomendaciones de Joanna Briggs Institute con la estrategia PICO y las recomendaciones PRISMA, se formuló la cuestión de investigación “ ¿cuáles son los beneficios del ejercicio físico en una persona con trastorno depresivo?” La búsqueda se realizó con recursos a plataformas de bases de datos electrónicas EBSCOhost y B-on.

Resultados:

Se incluyeron nueve estudios que cumplían los criterios de inclusión, y donde se describieron y analizaron el tipo, frecuencia y duración del ejercicio físico practicado en cada uno de los estudios.

Conclusiones:

Los resultados obtenidos permiten concluir que independientemente de la frecuencia, duración, volumen e intensidad de la práctica de ejercicio físico en el tratamiento depresivo, ésta disminuye los síntomas depresivos, mejorando también la forma física, función cognitiva y el bienestar de la persona con trastorno depresivo.

Palabras clave: Trastorno depresivo; entrenamiento de ejercicio; actividad física; Enfermería en Rehabilitación

ABSTRACT

Background:

Depressive disorder is currently one of the most common forms of mental disorder and one of the greatest causes of health problems. There has been a need to combine the pharmacological approach with adjuvant treatment such as psychoterapy and physical exercise in the treatment of this disorder.

Objective:

To identify the benefits of physical exercise in the person with depressive disorder.

Method:

Systematic Literature Review that was based on the recommendations of the Joanna Briggs Institute on PICO strategy and based on PRISMA. The research question raised was “What are the benefits of physical exercise in people with Depressive Disorder?”. The research was carried out using the electronic database platforms: EBSCOHost and B-on.

Results:

A sample of nine studies was included that fulfilled the eligibility and methodological quality criteria, where the type, volume, frequency and duration of the physical exercise practiced in each of the studies were described and analyzed.

Conclusions:

The results obtained allow us to conclude that regardless of the frequency, duration and intensity of physical exercise in depressive disorder, it decreases the depressive symptoms, improving also the physical fitness, the cognitive function and the well-being of the person with this disorder.

Key words: Exercise training; physical activity; depressive disorder; rehabilitation nursing

INTRODUÇÃO

A depressão é considerada um transtorno mental que se caracteriza pela manifestação de uma a duas vezes por semana de episódios depressivos. Estes episódios expressam-se pela perda de interesse e prazer nas atividades de vida diárias (AVD). A alteração do humor persistente associada a sintomas emocionais, cognitivos e comportamentais traduz-se em perda de autoestima, sentimentos de culpa e de incapacidade1.

A depressão é uma doença prevalente ao longo da vida que atinge 10 a 20% da população em diferentes países, sendo a maior responsável pela incapacidade causada por transtornos mentais e por uso de substâncias (cerca de 40,5% do total de anos de vida ajustados por incapacidade)2.

As pessoas com depressão, em muitos casos, apresentam co-morbilidades associadas, fazendo aumentar o impacto negativo na qualidade de vida das mesmas, não só nas atividades sociais e nas AVD, mas também no aumento de hospitalizações e na mortalidade3.

De forma a contrariar os sintomas depressivos existe uma crescente necessidade de encontrar estratégias e terapias que possibilitam a diminuição destes sintomas. Neste sentido, a utilização de terapias não medicamentosas, como o exercício físico pode ter um efeito positivo na diminuição dos sintomas depressivos. Este é bem tolerado por pessoas com transtorno depressivo, com boa adesão, mas tem de ser administrado, prescrito, gerido, efetuado e/ou realizado por profissionais de saúde com formação específica em prescrição de exercícios 4. Entende-se por exercício físico os movimentos corporais planeados, organizados e repetidos de forma a manter ou melhorar uma ou mais componentes da aptidão física.5 Existem evidências de que o exercício físico é coadjuvante do tratamento do transtorno depressivo major, apresentando efeitos benéficos nas pessoas 6. Assim, com a revisão sistemática da literatura (RSL), pretende-se encontrar resposta para a seguinte questão: quais os benefícios do exercício físico na pessoa com depressão?

Deste modo, pretende-se identificar quais os benefícios do exercício físico na pessoa com depressão.

MATERIAL E MÉTODOS

Uma revisão da literatura tem como intuito a sistematização dos estudos da prática clínica dos cuidados de saúde, podendo ser expressa de várias formas. A RSL é definida como um método de investigação focado numa questão claramente formulada, que através de métodos sistemáticos, explícitos e reproduzíveis permite identificar, avaliar e sintetizar os estudos com evidências relevantes. Esta é realizada por investigadores, académicos e profissionais de saúde e permite ainda colher e analisar os dados dos estudos que são incluídos na revisão.7

Para o presente estudo, foi realizada uma RSL a publicações a nível mundial entre janeiro de 2014 e Novembro de 2018.

Consideraram-se as recomendações do Joanna Briggs Institute (JBI), das quais resultou a questão de investigação a partir da estratégia PICO,8-10 formulou-se a questão de pesquisa “ Quais os benefícios (O) do exercício físico (I) na pessoa com transtorno depressivo (P) em comparação com o grupo controlo (C)?” onde cada dimensão do PICO contribuiu para definir os critérios de inclusão: População (P) - Pessoas com transtorno depressivo; Intervenção (I) - exercício físico, e Comparação (C) - pessoas com depressão que não realizem exercício físico em comparação com um grupo de pessoas com transtorno depressivo que são sujeitas a terapia complementar, exercício físico, e Resultados (O) - benefícios do exercício físico nas pessoas com transtorno depressivo.

Os descritores relacionados com cada uma das componentes da estratégia PICO foram validados previamente na plataforma Descritores em Ciências da Saúde e Medical Subject Headings. Foram utilizadas ainda as seguintes Palavras-chave: exercise training, physical activity, depressive disorder.

Definiram-se como critérios de inclusão dos artigos:(Tabela1) estudos quantitativos, publicados nos últimos 4 anos (2014-2018), em português inglês e espanhol, com texto integral acessível.

Tabela 1 Critérios de inclusão e de exclusão. 

Critérios de inclusão Critérios de exclusão
Pessoa com síndroma Depressivo (ou simplesmente) com depressão.
Estudos experimentais Outros estudos quantitativos, Estudos qualitativos e revisão sistemática da literatura.
Estudos publicados entre 2014 e 2018, inclusive. Estudos publicados anteriores a 2014
Estudos publicados em português, inglês e espanhol.

A pesquisa foi efetuada por quatro pessoas em simultâneo, no período compreendido entre Outubro e Novembro de 2018, sendo que para a mesma foram utilizadas as seguintes bases de dados: EBSCOHost e biblioteca on-line B-on.

Os artigos selecionados para leitura completa foram avaliados por dois investigadores de forma independente, de acordo com critérios de qualidade metodológica, propostos pelo JBI, 8 tendo sido selecionados apenas os artigos com mais de 75% dos critérios.

Foi extraída informação dos artigos sobre autores, ano, país, amostra, dados sobre a intervenção (frequência, intensidade, volume, duração e modalidade), conclusões e nível de evidência. A classificação dos níveis de evidência dos estudos incluídos foi feita com base nos critérios da Registered Nurses Association of Ontario9,11

RESULTADOS

Do processo de pesquisa bibliográfica realizada com esta metodologia, na plataforma EBSCOhost obtivemos 1138 artigos para a seleção inicial. Após inserção dos critérios de inclusão foram encontrados 156 artigos. Destes, 117 foram rejeitados pelo título ou pelo assunto e 33 pelo resumo. Dos 6 artigos resultantes foram todos excluídos após análise do texto integral, por não cumprirem os critérios de inclusão definidos.

Replicando-se a mesma metodologia na plataforma B-on foram encontrados 1967 artigos dos quais, 702 artigos foram selecionados após a inserção dos critérios de inclusão. Destes, 658 foram rejeitados pelo título ou pelo assunto e 31 pelo resumo. Dos 13 resultantes, 4 foram excluídos após a leitura integral do texto, dado não cumprirem os critérios de inclusão definidos. Como resultado final obtiveram-se 9 artigos que preenchem os critérios de inclusão.

A Tabela 2 descreve o processo de conjugação dos descritores e palavras-chave para a pesquisa nas bases de dados. A Figura 1 ilustra o fluxograma PRISMA12 correspondente à identificação, análise, seleção e inclusão dos artigos.

Tabela 2 Conjugação Boleana 

Conjugação Boleana EBSCO B-on
((exercise training) OR (physical activity)) AND (depressive disorder)
Total de Artigos 1138 1967

Figura 1 Identificação, análise e seleção dos artigos.12  

Resumindo, foram incluídos 9 artigos nesta RSL que foram publicados nos anos de 2015 a 2018.

A amostra de pessoas/participantes, no diferentes estudos, variou entre 14 17 e 310.21 e relativamente ao grupo de controlo o número de participantes variou entre seis17 e 31021.Todos os estudos incluídos (Tabela 2) são estudos descritivos, com nível de evidência IB, ou seja, evidência obtida a partir de um estudo bem desenhado, e de pelo menos um estudo aleatório controlado 10-11 (Tabela 3).

Tabela 3 Descrição dos artigos incluídos 

Autor, ano, país Participantes Objetivo Intervenção Resultados Nível de Evidência
Minghetti, A. et al.,
2018, Suíça
13
Total (n=59)

Grupo intervenção (n= 29)
(n= 21 mulheres
n= 8 homens)
Grupo controlo (n =30)
(n= 25 mulheres;
n= 6 homens)
Avaliar o benefício do sprint interval training em pessoas com depressão em comparando com a prática contínua de exercício físico aeróbico Duração do estudo: 4 semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidade - Treino intervalado de Sprints em bicicleta
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Alta
Duração - sprint 25 ataques de 30 segundos
Volume - 2 séries e 4-6 repetições
Grupo de controlo:
Modalidade -Exercício aeróbico
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Moderada
Duração -20 min
A prática de sprint em intervalos de curta duração tem efeitos semelhantes à prática de exercícios aeróbicos em pessoas com transtorno depressivo. Ambos apresentaram efeitos benéficos na redução dos sintomas depressivos. IB
Kerling et al., 2017, Alemanha14 Total (n=30)

Grupo intervenção (n= 20)
(n=8 mulheres;
n=12 homens)

Grupo controlo (n =10)
(n=4 mulheres;
n=6 homens)


Avaliar os efeitos da prática de exercício físico aeróbico na massa muscular em pessoas com depressão. Duração do estudo: 6 semanas
Grupo Intervenção:
Modalidade - Exercícios aeróbicos e de resistência
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Moderada
Duração - 45 minutos (25 minutos de Bicicleta e 20 minutos de máquina de resistência)
Grupo de controlo:
Modalidade - Caminhadas, jogos com bolas e exercícios de alongamentos
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Baixa
Duração - 20 minutos
Verificou-se um ligeiro aumento de massa muscular no grupo de intervenção enquanto que no grupo de controlo se verificou um ligeiro decréscimo da massa muscular.
IB

Kerling et al., 2015, Alemanha15
Total (n=42)

Grupo intervenção (n=22)
(n=10 mulheres;
n=12 homens)

Grupo de controlo (n=20)
(n=6 mulheres;
n=14 homens)

Examinar se pessoas a receber um programa de exercício físico como adjuvante ao tratamento hospitalar beneficiam em termos de fatores fisiológicos e psicológicos.
Duração do estudo: 6 semanas
Grupo intervenção:
Modalidade - Bicicleta estática
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Moderada
Duração - 45 minutos
Grupo de controlo:
Modalidade - Caminhadas, jogos de bola e alongamentos
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - de atividade física de moderada intensidade
Duração - 20 minutos
Em pessoas com transtorno depressivo, a prática de exercício físico como tratamento adjuvante, melhora a aptidão física/ funcional e psicológica.
Quando o transtorno depressivo e as desordens cardiometabólicas estão presentes, a prática de exercício físico é recomendada como terapia adjuvante.
IB
Olson R.L., et al., 2015, EUA16
Total (n=30)

Grupo de intervenção(n=15)
(n= 11 mulheres;
n= 4 homens)

Grupo controlo (n=15)
(n=13 mulheres;
n=2 homens)

Avaliar o efeito do exercício aeróbico de moderada intensidade sobre o controlo cognitivo, sintomas depressivos e pensamentos ruminativos. Duração do Estudo: 8 semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidades - Exercícios aeróbicos (passadeira ou bicicleta estática)
Volume - Ausente, exercício contínuo
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Moderada
Duração: - 45 minutos de exercício contínuos
Grupo de controlo:
Modalidades - Exercícios de alongamentos
Volume - 3 séries (alongamentos de 20 segundos, com um período de descanso de 40 segundos entre os alongamentos)
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Leve
Duração - 30-40 minutos/ semana
Um programa de exercícios aeróbicos de moderada intensidade melhora o controlo cognitivo (gestão de conflitos), pensamentos ruminativos e reduziram sintomas depressivos em pessoas com transtorno depressivo.
Estes resultados sustentaram a demanda de que exercício pode ser um tratamento neurocomportamental para o controle cognitivo em pessoas com transtorno depressivo.
IB
Haller et al., 2018, Alemanha17
Total (n=20)

Grupo intervenção (n=14)
(n=10 mulheres
n=4 homens)

Grupo controlo (n=6)
(n=3 homens
n=3 mulheres)
Avaliar a viabilidade, aceitabilidade e eficácia de uma abordagem individualizada de exercício físico numa plataforma web para pessoas com depressão moderada a grave. Duração do estudo: 8 semanas
Grupo de Intervenção
Modalidade - Resistência (através de bandas) e força (corrida em passadeira)
Volume - 3 séries (12 repetições)
Frequência - 1 a 2 x por semana
Intensidade - Moderado Borg < 4 (reduzir se Borg > 7)
Duração - 0-60 minutos
Grupo de controlo
Modalidade - resistência (através de bandas) e força (corrida em passadeira)
Volume - 3 séries (12 repetições)
Frequência - 1 a 2 sessões/ semana
Intensidade - Moderado Borg < 4 (reduzir se Borg > 7)
Duração - 10-20 minutos
Melhoria da qualidade de vida (bem-estar subjetivo e desempenho social), autoeficácia e atividade física.
Diminuição dos sintomas depressivos.
IB
Carneiro LS, et al., 2015, Portugal18
Total (n=26)

Grupo controlo (n=10)
(n=10 mulheres)
Grupo intervenção (n=16)
(n=16 mulheres)

(grupo 1: n= 9 exercícios de moderada intensidade.
Grupo 2: n=7 exercícios de baixa intensidade)
Medir o efeito de um programa de exercícios físicos estruturados e individualizado, supervisionado por um professor de educação física como complemento à terapêutica antidepressiva no tratamento de mulheres com transtorno depressivo.
Duração do Estudo: 16 semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidade - O exercício aeróbico (jogos tradicionais, exercícios de circuito natural indoor /outdoor com bandas de resistência, cordas para saltar, bolas de fitness, dança e Teste de caminhada rápida - 6 minutos).
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Grupo 1: moderada
Grupo 2: baixa (Escala de Borg)
Duração - 45-50 minutos/ semana (10 minutos de aquecimento, 30 minutos de exercício aeróbico e 5 minutos de alongamentos)
Grupo de Controlo: Grupo a realizar apenas terapêutica farmacológica antidepressiva.
Um programa de exercícios físicos estruturados e supervisionado é adequado não apenas como terapia adjuvante, mas como opção principal.
Melhora a qualidade de vida, reduzir os sintomas depressivos e de ansiedade. Simultaneamente melhora a aptidão física/funcional dos participantes.
Quanto à intensidade dos exercícios não se observou diferenças de resultados na comparação dos subgrupos de intervenção.
IB
Pentecost, C., et al., 2015, Inglaterra19 Total (n=60)

Grupo intervenção (n=30)
(n=12mulheres; n=18 homens)

Grupo controlo (n =30)
(n=17 mulheres; n=13 homens)



Comparar um grupo de pessoas submetido a um programa de auto-ajuda baseado na ativação comportamental sob supervisão de um Profissional de Bem-Estar Psicológico com um grupo de pessoas submetido ao mesmo programa de auto-ajuda combinada com a atividade física. Duração do Estudo:12 semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidade - Programa de auto-ajuda (manual, sessões de avaliação com os profissionais de Bem-Estar Psicológico e ensinos de capacitação de auto-determinação) associado com atividades monitorizadas por podómetro,
Frequência - 1 sessão/ semana
Intensidade - Leve
Duração - Sessões de avaliação e acompanhamento de 25 a 35 minutos
Grupo de Controlo:
Modalidade - manual de autoajuda
associado a um conjunto de intervenções de terapia comportamental de baixa intensidade
cognitiva.
Frequência - 1 sessão/ semana
Intensidade - Baixa intensidade
cognitiva.
Duração - sessões de avaliação e acompanhamento de 25 a 35 minutos
Resultados do estudo indicam que houve aceitação do uso de manuais de auto-ajuda por parte dos participantes bem como dos profissionais de Bem-Estar Psicológico.
Neste estudo as pessoas aumentaram os níveis de atividade física, monitorizada por podómetro. Esta monitorização incentivou estabelecimento de novas metas e alterou o programa de ativação comportamental pessoal.
Compreenderam a
importância conjunto de atividades como método para auxiliar a sua recuperação e melhoraram a capacidade cognitiva.
IB
Ólafsdóttir, K. B., et al., 2017, Islândia 20
Total (n=15)
(n=12 mulheres; n=3 homens)
Grupo intervenção; (n=15)
Grupo controlo: (n=15)

O estudo foi realizado em dois períodos com o mesmo grupo de participantes
Conhecer os efeitos do exercício físico num grupo de pessoas com transtorno depressivo e ansiedade, em comparação com o mesmo grupo de pessoas submetidos apenas a Terapia de Grupo Comportamental Cognitivo
Transdiagnóstico.
Duração do Estudo: De 5 a 8 semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidade - Exercícios aeróbicos
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Moderada
Duração - 60 minutos
Grupo de Controlo:
Modalidade - Terapia de Grupo Comportamental Cognitivo Transdiagnóstico
Frequência - 1 sessão/semana
Duração - 120 minutos (grupo da terapia comportamental)
O exercício físico apresenta efeitos benéficos na redução dos sintomas depressivos em pessoas com transtorno depressivo e ansiedade.
O grupo quando submetido a exercício físico apresentou resultados um pouco melhor que quando submetido a Terapia de Grupo Comportamental Cognitivo Transdiagnóstico.
IB
Helgadóttir B.,
et al.,21
2016,
Suécia.
Total (n 620)

Grupo controlo (n =310)
(n=310 mulheres)
Grupo intervenção (n= 310)
(n=310 mulheres)
(grupo 1: n=106 leve intensidade,
grupo 2: n=105 moderada intensidade,
grupo 3: n=99 Alta intensidade)
Verificar a resposta entre o exercício físico realizado em três níveis de intensidade, com frequência e duração semelhante, e a gravidade da depressão pós- tratamento. E comparar os vários níveis de intensidade e a gravidade da depressão pós-tratamento. Duração do Estudo:12 Semanas
Grupo de Intervenção:
Modalidade - Yoga, Mindfulness (grupo 1), aulas de aeróbica (grupo 2), exercícios vigorosos (grupo 3)
Frequência - 3 sessões/ semana
Intensidade - Grupo 1 - Leve, Grupo 2 - Moderada, Grupo 3 - Alta
Duração - 55 minutos
Grupo controlo:
Modalidade - Grupo a realizar apenas tratamento Usual dos distúrbios depressivos (TAU)
Os quatro grupos apresentaram redução significativa dos scores Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Åsberg (MADRS) no pós-tratamento. As reduções nos três grupos de exercícios foram semelhantes (7,4 a 9,4 pontos), e em todos maiores que a redução observada no grupo TAU (5,4 pontos).
Relativamente às intensidades de treino utilizadas, apesar das diferenças não serem significativas, existiu uma redução em quase 2 pontos no score MADRS no grupo 1 em relação ao grupo 2.
IB

DISCUSSÃO

De forma a compreender os benefícios do exercício físico na pessoa com transtorno depressivo, analisámos diferentes estudos onde se encontraram uma variedade de estratégias como a utilização do exercício físico e/ou as terapias cognitivo-comportamentais para a diminuição dos sintomas depressivos13-21.

Através das pesquisas dos diferentes estudos conseguiu-se verificar algumas semelhanças nas intervenções utilizadas pelos vários autores, estes utilizaram parâmetros como a modalidade, intensidade, frequência, volume e duração dos diversos tipos de exercícios.

Perante a diversidade de exercícios apresentados pelos autores, agrupou-se os mesmos de acordo com a intensidade associada. Conseguimos verificar que o estudo de Minghetti e colaboradores13, comparando dois grupos de pessoas, em que um deles praticava treino de sprint intervalado (exercício de alta intensidade) e o outro exercício físico aeróbico contínuo (exercício de moderada intensidade), constatou benefícios semelhantes de ambas as práticas de exercício físico no tratamento dos transtornos depressivos. Deste modo, não ficou claro se o exercício físico de alta intensidade trouxe mais valias em relação ao exercício de moderada intensidade.

Esta mesma linha de pensamento foi encontrada por Helgadóttir e colaboradores21 que ao compararem os diferentes tipos de intensidades da prática de exercício físico não encontraram diferenças significativas entre os mesmos. No entanto, verificou-se que no grupo de exercício físico intensidade leve (yoga) houve uma redução em quase 2 pontos no score MADRS (Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Åsberg) em comparação com o grupo de exercício físico moderado/aeróbico.

Olson e colaboradores 16, vão de encontro ao já descrito, uma vez que também estes autores concluíram, que a prática de exercício de intensidade leve permite a obtenção de melhorias ao nível cognitivo e na diminuição dos sintomas depressivos.

Já Shuch e colaboradores2 referem no seu estudo que os exercícios de intensidade moderada a intensa apresentaram melhores resultados, contudo realçam o facto da amostra do estudo ser pequena, sendo de difícil extrapolação.

Mas perante o exposto, nenhum dos artigos conseguiu apresentar vantagens quando a duração dos exercícios. As intensidades dos exercícios variaram entre leve e moderada, verificando-se uma variação na duração entre os 20-60 minutos 16-18,20, à exceção do exercício de alta intensidade13 que foi realizado em sessões de 25 repetições de com a duração de 30 segundos (seguidos de 30 segundos de descanso total).

Relativamente à frequência dos exercícios variou entre uma a três vezes por semana durante um período compreendido entre quatro a dezasseis semanas.13-21

Constatou-se que o exercício físico realizado com maior frequência16,18,21 permitiu obter melhorias mais evidentes do que aqueles que apenas realizaram uma a duas vezes17,19.

Quando se fala sobre o impacto do exercício físico em pessoas com transtorno depressivo a realizar terapêutica farmacológica comparado com pessoas com transtorno depressivo que fizeram terapia ao nível comportamental,21 verificou-se que de acordo com a escala de MADRS (Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Åsberg) as reduções dos scores nos três grupos de exercícios físicos foram semelhantes, e em todos os três foram maiores do que a redução observada na terapêutica farmacológica. Na mesma perspetiva, Carneiro e colaboradores18, verificaram que o grupo de pessoas a realizar terapêutica farmacológica aliada ao exercício físico teve uma melhoria na qualidade de vida e uma redução dos sintomas depressivos e de ansiedade, melhorando ainda a aptidão física.

Pentecost e colaboradores19, referem que a utilização de manuais de autoajuda na terapia de ativação comportamental com incentivo ao exercício físico facilitou a adesão ao tratamento do mesmo e mostrou-se uma opção a considerar no tratamento dos sintomas depressivos.

Por sua vez Ólafsdóttir e colaboradores20, concluíram que o exercício físico pode ser uma alternativa altamente recomendada, em detrimento do grupo comportamental cognitivo transdiagnóstico. Já Minghetti e colaboradores13, verificaram que a associação destes, trazia melhorias significativas para a diminuição dos sintomas da depressão. Ou seja, aliar um programa de exercício físico à terapêutica antidepressiva e terapia cognitiva comportamental 15, resultava numa melhoria da capacidade cardiovascular e na redução dos fatores de risco metabólicos.

Na mesma linha de raciocínio Helgadóttir e colaboradores21, também verificaram que o exercício físico, ajudava a prevenir desordens somáticas, tal como doenças cardio e cerebrovasculares e doenças metabólicas. Knapen e colaboradores1 sugerem que ocorre uma melhoria ao nível metabólico. Para além da melhoria da saúde física, ocorreu uma melhoria ao nível da imagem corporal, das estratégias de coping em lidar com o stress, consequentemente melhoria na qualidade de vida e a independência nas atividades da vida diária em idosos com depressão.

Sendo a perda de massa muscular uma consequência do transtorno depressivo, o Kerling e colaboradores14, concluíram que prática de exercício físico aeróbico regular (treino de resistência) é eficaz na preservação da massa nas pessoas com depressão. No entanto, os autores referiram serem necessários mais estudos para comprovar uma melhoria concreta neste campo.

Knapen e colaboradores1 revelam ainda que a implementação de estratégias motivacionais nos planos de exercícios parecem melhorar a motivação das pessoas com depressão, bem como a sua adesão a longo prazo ao exercício.

Shuch e colaboradores2, afirmam ainda que os resultados na melhoria de sintomas de depressão com recurso ao exercício físico são mais evidentes quando não existem outras co-morbilidades associadas e quando os exercícios foram supervisionados por profissionais qualificados.

Noutros estudos ainda foi possível constatar a evidência do exercício físico na redução de sintomas depressivos. Tu e colaboradores 3 concluíram que em pessoas com insuficiência cardíaca estável com depressão, o exercício físico (exercícios aeróbicos e de força) foi benéfico na melhoria dos sintomas depressivos e ainda tem efeitos positivos na auto-estima e na interação social.

Kerling e colaboradores 6 revelam que o exercício físico tem impacto positivo ao nível das concentrações séricas do neurotransmissor no cérebro. Uma avaliação dos níveis dos neurotransmissores antes e depois de um treino estruturado e supervisionado em pessoas com depressão major, demonstou resultados benéficos pelo que deve ser considerado o exercício físico como tratamento adjuvante.

Todos estes estudos realçam a importância dos programas de exercício físico a serem supervisionados por profissionais com formação relevante pois parece que as taxas de abandono das intervenções diminuem quando ministradas por estes profissionais (professor de educação física, profissionais de saúde, instrutores).

Implicações Práticas

De um modo geral todos os estudos incluídos referem que o exercício físico é benéfico e que promove uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com depressão e sob terapêutica farmacológica. 13-21

Mais do que submeter a pessoa com depressão a um plano de exercícios físico rígido, deve-se mantê-la ativa. Os estudos evidenciaram que independentemente da modalidade, frequência e/ou intensidade utilizadas, a pessoa necessita de estar motivada. Para tal, é essencial que a escolha do exercício físico e ou atividade física seja realizada de acordo com os gostos pessoais já que aumenta o interesse e a motivação para a prática do mesmo.

Perante tais resultados, e sabendo que a pessoa com depressão evidencia graus de ansiedade e desmotivação variáveis, é importante que estes planos de exercício físíco sejam realizados por profissionais de saúde qualificados, uma vez que permite um acompanhamento e manutenção do plano de exercícios. Deste modo existe um seguimento mais personalizado da pessoa e sempre que necessário um ajuste no plano de exercício para assim obter melhores resultados.

Limitações do Estudo

As limitações encontradas prendem-se pela heterogeneidade dos artigos, nomeadamente a existência de artigos que comparam grupos de pessoas com depressão major e grupo de pessoas com depressão e ansiedade. Outros, por sua vez, fazem comparações entre grupos que apenas realizam terapia farmacológica versus grupos que fazem terapia farmacológica e realizam exercício físico15. E ainda outros estudos comparam grupos submetidos a terapias comportamentais (terapia de grupo comportamental cognitiva16,20 e terapia de ativação comportamental)19versus grupos a realizar exercício físico.

Deparámo-nos ainda com a heterogeneidade dos grupos relativamente ao género. Existe um predomínio do género feminino13,16-18,20-21 nos estudos apresentados o que provoca um enviesamento para replicação dos estudos para a população com depressão.

O número reduzido de pessoas na amostra 14,16-18,20 foi também uma limitação apresentada por alguns dos autores. Bem como a dificuldade de monitorização das pessoas na execução e cumprimento das intervenções propostas pelo estudo.

É consensual entre os estudos que o exercício físico é benéfico, no entanto, com base nos pontos referidos anteriormente, a variedade dos exercícios foi de tal modo extensa que não nos permitiu obter conclusões específicas do benefício que cada exercício por si só teve na melhoria dos sintomas depressivos. Não foi possível estabelecer uma comparação direta entre estudos, no que toca aos exercícios físicos específicos usados, uma vez que a seleção das atividades consoante o grau de intensidade era divergente entre os estudos, o que inviabilizou uma conclusão específica para a seleção de determinado tipo de exercício em detrimento de outro.

CONCLUSÃO

Após a RSL, podemos concluir que existe uma melhoria da qualidade de vida, melhoria cognitiva, e diminuição dos sintomas depressivos aquando da prática de um plano de treino de exercícios de intensidade leve a moderada com supervisão de profissionais de saúde no tratamento do transtorno depressivo.

Os estudos incluídos recomendam que a pessoa com depressão e sob terapêutica farmacológica, deverá manter-se fisicamente ativa independentemente do tipo, frequência ou intensidade do exercício físico praticado. Além disso, a motivação, bem como, a preferência da atividade física a praticar pela pessoa com depressão deverá ser tida em conta em detrimento de um plano estruturado e rígido, obtendo assim melhores resultados.

Por último, o objetivo do tratamento da depressão não se deverá limitar apenas à remissão dos sintomas depressivos, mas focarem-se na recuperação funcional, participação social e melhoria da saúde física da pessoa.

Considerando os resultados obtidos desta RSL, assim como as suas limitações, parece-nos fundamental continuar com a investigação neste campo de conhecimento, uma vez que o exercício físico é uma estratégia promissora e que deverá ser incluída como opção de tratamento de pessoas com depressão. E por último, definir de forma objetiva as intervenções e selecionar os instrumentos de avaliação que permitam medir o nível de efetividade e ainda, verificar a transferibilidade destas intervenções noutros contextos.

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Recebido: 07 de Março de 2019; Aceito: 24 de Junho de 2019

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