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Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação

Print version ISSN 2184-965XOn-line version ISSN 2184-3023

RPER vol.2 no.2 Silvalde Dec. 2019

https://doi.org/10.33194/rper.2019.v2.n2 

Editorial

Editorial

MARIA MANUELA MARTINS1 
http://orcid.org/0000-0003-1527-9940

ANDRÉ FILIPE MORAIS PINTO NOVO2 
http://orcid.org/0000-0001-8583-0406

1Professor Coordenadora da Escola Superior de Enfermagem. Membro do Grupo de Investigação - NursID: Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem – CINTESIS - center for health technology and services research – FMUP. Professora no Mestrado de Enfermagem de Reabilitação, Coordenadora do Mestrado de Direção e Chefia dos Serviços de Enfermagem. Membro da Comissão Ciêntifica do Doutoramento em Ciências de Enfermagem da UP.

2PhD - Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal


Ao fim do segundo ano de edição da revista importa deixar alguns resultados desta experiência, que se pretende que cada novo número, venha a ser melhor e mais centrados nos objetivos desta área de intervenção.

Sabemos que nem todos os enfermeiros de reabilitação têm refletido sobre a importância deste meio de divulgação para os seus trabalhos, não só na promoção de boas práticas, mas também, do desenvolvimento do conhecimento na área, logo alguma sustentação para a sua autoformação. Por outro lado, sabemos que há dificuldade em nos expormos quando escrevemos, até porque temos que ser humildes quando iniciamos uma proposta de publicação, pois outros vão ter olhares diferentes sobre o que nós consideramos o melhor.

Temo-nos pautado por um esforço de encontrar credibilidade para a revista, por isso seguimos um processo de revisão cego e já temos ISSN desde a primeira revista e DOI desde a terceira o que torna a produção dos autores já acessível em outras bases de dados e assim com a possibilidade de referenciação maior.

Quando olhamos para o publicado identificamos que temos em Artigo de Revisão integrativa 9,43%; Artigo de revisão sistemática20,75%; Artigo original 62,26%; Estudo teórico 1,89% e Relato de experiência profissional 5,66% , o que nos garante uma grande margem de crescimento considerando que apenas 28,30% dos primeiros autores têm a sua afiliação em escolas ou universidades e 71,70% são de instituições de saúde e ainda que 88,7% têm a sua origem em Portugal o restante de outos países.

Queremos ser um contributo numa sociedade de conhecimento e de informação, para a consolidação do papel do enfermeiro especialista em reabilitação, enquanto detentor de competências acrescidas diferenciadas, não só nos conhecimentos específicos de que são detentores, mas também as suas habilidades e atitude na pratica profissional.

Esperemos que cada Enfermeiro Especialista de Reabilitação se sinta convidado a partilhar neste espaço o seu conhecimento e a sua experiência para demonstrarmos que temos contributos significativos para as pessoas nos seus processos de promoção, prevenção e reabilitação dos estados de saúde de bem estar e de sucesso nas suas vidas.

Ao longo dos 4 números da Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação fica evidente a qualidade da produção científica produzida. Aliás, só com produção científica consistente, sólida e regular é que a profissão se afirma.

Ao longo do tempo, entre pares, algumas expressões ganharam praticamente a dimensão de dogmas: que a investigação é difícil, que investigar é uma perda de tempo ou, ainda, que se podem obter resultados negativos. A Enfermagem de Reabilitação só se poderá continuar a afirmar pelo conhecimento produzido, pela prática baseada em evidência e pela resolução de problemas suscitada por inquietações.

Sabemos que muito deste trabalho produzido tem sido como resultado de trabalhos desenvolvidos em contexto de obtenção de grau académico. Agora, todos os Enfermeiros de Reabilitação temos uma responsabilidade acrescida: o de desenvolver projetos de investigação em contexto da atividade profissional diária. Continuar a investigar é a demonstração da permanente insatisfação e da constante procura por respostas. Para isso, temos condições preferenciais para o continuar a fazer: resolvemos problemas todos os dias e utilizamos o método científico várias vezes ao longo dessa tomada de decisão.

Para facilitar essa procura de respostas é importante sistematizar e objetivar as avaliações e as intervenções. Essa sistematização e objetivação pode passar pela apresentação de exemplos de boas práticas, por relatos de casos, por reflexões sobre as intervenções da profissão, por desenhos simples, de situações práticas que ajudem a responder a problemas de todos os dias ou, de forma mais elaborada, por ensaios clínicos randomizados que ajudem a validar determinado dispositivo ou intervenção. Se o foco estiver voltado para o método e não para o resultado, a produção de conhecimento novo em Enfermagem de Reabilitação será uma consequência natural.

Por isso, será determinante continuar a desenvolver mais estudos nas áreas de competência específicas da Enfermagem de Reabilitação.

Prof. Doutora Maria Manuela Martins
Professor Coordenadora da Escola Superior de Enfermagem. Membro do Grupo de Investigação - NursID: Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem - CINTESIS - center for health technology and services research - FMUP. Professora no Mestrado de Enfermagem de Reabilitação, Coordenadora do Mestrado de Direção e Chefia dos Serviços de Enfermagem. Membro da Comissão Científica do Doutoramento em Ciências de Enfermagem da UP. André Filipe Morais Pinto Novo
PhD - Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal

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