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Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação

versão impressa ISSN 2184-965Xversão On-line ISSN 2184-3023

RPER vol.3  supl.2 Silvalde nov. 2020  Epub 05-Jan-2022

https://doi.org/10.33194/rper.2020.v3.n2.7.5800 

Artigo

Benefícios do exercício físico intradialítico: Revisão sistemática

Beneficios del Ejercicio Fisico Intradialítico: Revisión Sistemática

Benefits of Intradialitic Physical Exercise: Systematic Review

André Martins1 

Carla Ribeiro2 

Carlos Ribeiro3 

Fatima Lopes2 

João Oliveira2 
http://orcid.org/0000-0001-9057-7011

1Diaverum - Unidade de Riba de Ave (Centro de Hemodiálise)

2Centro Hospitalar Universitário de São João

3Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil


RESUMO

Introdução:

De acordo com os dados da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, em Portugal a 31 de dezembro de 2018 efetuavam tratamento de Hemodiálise (HD) 12.227 doentes. Os doentes portadores de doença renal crónica (DRC) submetidos a tratamento dialítico, apresentam alterações físicas e psicológicas que predispõem ao sedentarismo. Tem risco superior de mortalidade devido á capacidade funcional reduzida e perda de força muscular, quando comparados com indivíduos da mesma idade. A evidência científica aponta para a implementação de programas regulares de exercício como tratamento coadjuvante para estes indivíduos.

Objetivo:

Reunir e caraterizar, a evidência científica existente sobre os benefícios do exercício físico intradialítico (EFI), que sustente a futura implementação de um programa de EFI num centro de hemodialise.

Método:

A pesquisa foi efetuada nas bases de dados eletrónicas internacionais da EBSCOhost Web, em abril e maio 2020, tendo sido obtido inicialmente um total de 2,602 produções científicas. Foram selecionados para analise final 19 estudos, 2 estudos quasi-experimentais e 17 estudos randomizados controlados (RCT), que cumpriam os critérios de inclusão.

Resultados:

A análise da evidência científica obtida, orienta para 3 categorias de intervenção: EFI aeróbio, EFI resistido e EFI combinado (aeróbio e resistido). Todos os programas de exercício físico apresentam benefícios em um ou mais parâmetros: eficácia da hemodialise (Kt/V); capacidade física funcional; depressão; qualidade de vida (QV); força muscular; alterações cardiovasculares; atividade física diária; sono; equilíbrio e síndrome de pernas inquietas.

Conclusão:

A literatura encontrada permite-nos concluir que programas de EFI são de execução simples e pouco dispendiosos, apresentam vários benefícios para os hemodialisados sem prejuízo da eficácia dialítica.

Palavras-Chave: hemodialise; exercício intradialíatico; benefícios; qualidade de vida; ganhos em saúde

RESUMEN

Introducción:

Según datos de la Sociedad Portuguesa de Nefrología, en Portugal el 31 de diciembre de 2018, 12.227 pacientes se sometieron a tratamiento de Hemodiálisis (HD). Los pacientes con enfermedad renal crónica (ERC) sometidos a diálisis, presentan cambios físicos y psicológicos que los predisponen a un estilo de vida sedentario. Tiene un mayor riesgo de mortalidad debido a la reducción de la capacidad funcional y la pérdida de fuerza muscular en comparación con individuos de la misma edad. La evidencia científica apunta a la implementación de programas de ejercicio regular como tratamiento complementario para estas personas.

Objetivo:

Recopilar y caracterizar la evidencia científica existente sobre los beneficios del ejercicio físico intradialítico (EFI), que apoye la futura implementación de un programa de EFI en un centro de hemodiálisis.

Método:

La investigación se llevó a cabo en las bases de datos electrónicas internacionales de EBSCOhost Web, en abril y mayo de 2020, habiéndose obtenido inicialmente un total de 2.602 producciones científicas. Se seleccionaron para el análisis final 19 estudios, 2 estudios cuasiexperimentales y 17 estudios controlados aleatorios (ECA), que cumplieron con los criterios de inclusión.

Resultados:

El análisis de la evidencia científica obtenida, orienta a 3 categorías de intervención: EFI aeróbico, EFI resistido y EFI combinado (aeróbico y resistido). Todos los programas de ejercicio físico tienen beneficios en uno o más parámetros: efectividad de la hemodiálisis (Kt / V); capacidad física funcional; depresión; calidad de vida (QOL); fuerza muscular; cambios cardiovasculares; actividad física diaria; dormir; síndrome de equilibrio y piernas inquietas.

Conclusión:

La literatura encontrada permite concluir que los programas EFI son simples y económicos de implementar, tienen varios beneficios para los pacientes en hemodiálisis sin perjuicio de la eficacia de la diálisis.

Palabras clave: hemodiálisis; ejercicio intradialítico; beneficios; calidad de vida; beneficios para la salud

ABSTRACT

Introduction:

According to data from the Portuguese Society of Nephrology, in Portugal on December 31 of 2018, 12,227 patients underwent hemodialysis treatment (HD). Patients with chronic kidney disease (CKD) on dialysis present physical and psychological limitations that induce to a sedentary life stile. They have a higher risk of mortality due to reduced functional capacity and loss of muscle strength when compared to individuals of the same age. Scientific evidence points to the implementation of regular exercise programs as supporting treatment for these individuals.

Objectives:

Gather and characterize the existing scientific evidence of the benefits of intradialitic physical exercise (IFE), which supports the future implementation of an IFE program in a hemodialysis center.

Method:

The research was carried out in the EBSCOhost databases, in April and May 2020, having initially obtained a total of 2,602 scientific productions. Were selected for final analysis 19 studies, 2 quasi-experimental studies and 17 randomized controlled studies, which met the inclusion criteria.

Results:

The analysis of the scientific evidence guides to 3 intradialitic intervention categories: aerobic physical exercise, resistance physical exercise and combined physical exercise (aerobic and resistance). All exercise programs have benefits in one or more parameters: hemodialysis effectiveness; functional physical capacity; depression; quality of life; muscle strength; cardiovascular changes; daily physical activity; sleep; balance and restless legs syndrome.

Conclusion:

The literature founded, allows us to conclude that IFE programs are simple and inexpensive to implement, have several benefits for hemodialysis patients without prejudice to the dialysis efficacy.

Keywords: hemodialysis; intradialitic exercise; benefits; quality of life; health gains

INTRODUÇÃO

A Doença Renal Crónica (DRC) foi declarada em todo o mundo como uma questão de saúde pública. O aumento do diagnóstico de DRC é multifatorial e, em parte, está associado ao envelhecimento da população. A maioria dos doentes com DRC apresenta uma ou mais condições, comorbilidades, com predomínio em algumas etnias e grupos socioeconómicos mais desfavorecidos. Se combinarmos estas condições com o aumento da tendência para a obesidade e a prevalência de diabetes, podemos prever uma epidemia de DRC 1.

Segundo Feehally 2, nos países desenvolvidos, o número de casos de diabetes mellitus ou hipertensão arterial identificados como a principal causa de DRC em fase terminal com necessidade de terapêutica renal substitutiva (TRS) tem vindo a aumentar rapidamente desde 1980, substituindo a glomerulonefrite como causa principal desde os anos 90.

De acordo com o National Kidney Foundation 3, a DRC é definida como danos nos rins ou taxa de filtração glomerular (TFG) <60 ml/min/1,73m2 durante 3 meses ou mais. Os danos nos rins são definidos como anomalias patológicas ou marcadores de dano, incluindo alterações nos exames de sangue ou urina ou estudos de imagem. Os estádios da DRC são baseados principalmente na TFG medida ou estimada.

Ao alcançar o último estadio da DRC, uma das opções, é o tratamento de substituição renal por hemodialise, normalmente realizada três vezes por semana durante 3-5 horas, num hospital ou clínica. De acordo com os dados da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, em Portugal 4 a 31 de dezembro de 2018 efetuavam tratamento de hemodiálise (HD) 12.227 doentes.

O sistema de HD inclui um circuito de sangue extracorporal e um circuito de líquido de diálise. O sangue é bombeado no circuito extracorporal a partir do acesso vascular para o dialisador e, em seguida, é devolvido aos doentes. Segundo Astor et al 5, um acesso vascular funcional é crucial e tem sido claramente demonstrado que a prática clínica tem um impacto importante no desempenho do acesso.

Kosmadakis et al. 6, refere que a própria insuficiência renal crónica (IRC) e a HD, pelo síndrome urémico, pelo catabolismo e pela neuromiopatia urémica, a que submetem a pessoa, provocam limitações da capacidade funcional e perda da força muscular. Os doentes têm de fazer mudanças enormes nas suas vidas que envolvem um compromisso vitalício com um tratamento que não fornece uma cura.

Os estilos de vida têm uma enorme influência na saúde e na qualidade de vida. A falta de atividade física, ou sedentarismo, contribui para o aparecimento ou agravamento de várias patologias, 7.

Segundo a Organização Mundial de Saúde 8, a participação em programas regulares de atividade física reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial, cancro do colon e da mama e depressão. Adicionalmente a atividade física é determinante no gasto de energia e fundamental no controlo de peso.

Os efeitos do exercício físico em IRC em programa de HD, são discutidos há vários anos. Os principais objetivos de programas de reabilitação são permitir aos doentes melhorar ou manter os seus níveis funcionais físicos, sensoriais, intelectuais, psicológicos e sociais.

Moura et al 9, referem que a maioria demonstrou que exercícios físicos realizados durante a HD promovem efeitos benéficos na melhoria da capacidade aeróbia, força muscular e no controle dos fatores de risco cardiovasculares, auxiliando a remoção dos solutos durante a HD.

Segundo Parsons, Toffelmire e King-VanVlack 10, o exercício intradialítico é uma intervenção que favorece a adesão, a motivação e facilita a monitorização. Também, Reboredo et al. 11 refere que os programas de exercício durante a HD trazem vantagens adicionais, tais como, maior adesão, a conveniência do horário, reduzem a monotonia do tratamento e facilitam o acompanhamento médico.

O objetivo desta revisão sistemática é reunir e caraterizar, a evidência científica existente sobre os benefícios do EFI, que sustente a futura implementação de um programa de EFI num centro de hemodialise.

METODOLOGIA

Para responder ao objetivo definido, optou-se pela realização de uma pesquisa integrativa da literatura e definiu-se a seguinte questão de investigação:

Nos indivíduos com IRC, qual o benefício do exercício físico intradialítico?

Para a seleção dos artigos procedemos á definição de critérios de inclusão e exclusão e a identificação dos termos descritores relacionados com cada um dos componentes da estratégia PI[C]OD (Participantes, Intervenções, Comparações, Outcomes e Desenho de estudo), 12 (Tabela1).

Tabela 1 Pergunta PICOD, critérios de inclusão e exclusão 

PICO Critérios Inclusão Critérios Exclusão
População Indivíduos com IRC em tratamento com hemodiálise (HD) com idade superior ou igual a 18 anos Indivíduos com IRC que não se encontram em tratamento com HD
Indivíduos com idade inferior a 18 anos
Inter-venção Programas de exercício físico regular realizado durante o tratamento de HD Programas de exercício físico realizado fora da sessão de HD
Comparação Estudos que comparem programas de exercício físico nos indivíduos com IRC realizado durante a HD com a não realização de exercício físico
Estudos que comparem diferentes tipos de exercício físico nos indivíduos com IRC em HD
Estudos que apresentem resultados com a implementação de programas de exercício durante a HD em indivíduos que não realizavam exercício
Estudos cujos participantes realizem exercício físico durante e fora da sessão de HD
Estudos cujos participantes realizem exercício físico fora da sessão de HD
Out-comes
(O)
Ganhos em saúde
Benefícios
Qualidade de vida
Desenho do estudo Estudos experimentais, quási-experimentais e revisões sistemáticas da literatura de estudos experimentais, quási-experimentais centrados na temática da avaliação da efetividade de programas de exercício físico, dirigidos aos indivíduos com IRC realizados durante a HD Estudos descritivos
Estudos sem grupo de controlo.

Para além dos critérios de inclusão e exclusão expostos, definimos critérios que poderão condicionar viés de publicação e linguagem 13. De forma a obter a produção científica mais atualizada, foram incluídas apenas as produções científicas publicadas entre 2010-2020, em texto integral e redigidas em inglês, espanhol e português.

Para clarificar e formular os termos de pesquisa, de forma mais pormenorizada e abrangente, recorremos aos descritores em ciências da saúde, acedemos ao DeCS Browser e, quando apropriado, progredíamos para o MeSH Browser. Na pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: Hemodialysis; Dialysis; Exercise Training; Physical Exercise; Physical Activity; Exercise; Intradialysis Exercise; Outcomes; Benefits; Quality of life; Health gains.

Toda a metodologia de busca foi realizada de acordo com as diretrizes do protocolo de apresentação de revisões sistemáticas PRISMA 14. A pesquisa da evidência foi efetuada nos meses de abril e maio de 2020, nas bases de dados da EBSCOhost Web, como a Academic Search Complete, Business Source Complete, CINAHL Complete, CINAHL Plus with Full Text, ERIC, Library, Information Science & Technology Abstracts, MedicLatina, MEDLINE with Full Text, Psychology and Behavioral Sciences Collection, Regional Business News, SPORTDiscus with Full Text.

Na estratégia de pesquisa utilizou-se uma estrutura lógica que combinou os termos de busca, os operadores Booleanos e os componentes da estratégia PICOD. O processo de seleção da literatura foi realizado por cinco revisores, que analisaram de forma independente os títulos e resumos dos artigos segundo os mesmos critérios.

Foi extraída informação resumida de cada artigo, para análise crítica e apresentação da evidência encontrada.

A opção metodológica para identificar os níveis de evidência dos estudos incidiu sobre Joanna Briggs Institute 15, através do instrumento “Levels of Evidence for Effectiveness”, que define 5 níveis de evidência. Este instrumento parece reunir acordo na comunidade científica, sendo largamente utilizado em outros estudos 16.

Para avaliação da qualidade metodológica dos estudos utilizou-se a check list for case control studies14. A avaliação da qualidade realizou-se de forma independente por cinco elementos, divididos em grupos de dois, de forma a garantir uma análise rigorosa. Na falta de consenso entre os avaliadores, estes reuniram de forma a obter unanimidade na avaliação do estudo em questão, evitando viés.

RESULTADOS

A primeira seleção foi realizada pelos limites de pesquisa presentes na base de dados, o que excluiu alguns artigos. Foram-se incluindo mais descritores de forma a refinar a pesquisa para obter os artigos mais relevantes (tabela 2).

Tabela 2 Query de pesquisa 

Frase Booleana Artigos
(Hemodialysis OR dialysis) AND exercise 2,602
(AB (Hemodialysis OR dialysis)) AND AB exercise 476
TI (Hemodialysis OR dialysis) AND TI (Exercise Training OR Physical Exercise OR Physical Activity OR exercise OR intradialysis exercise) 231
(TI (TI (Hemodialysis OR dialysis) AND TI (Exercise Training OR Physical Exercise OR Physical Activity OR exercise OR intradialysis exercise))) AND AB (Outcomes OR benefits OR quality of life OR health gains) 127

AB- Abstract; TI-Titulo

Após a seleção de 127 artigos para analise, foram excluídos 30 por se encontrarem repetidos. Os artigos restantes foram lidos e de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, selecionaram-se 19 artigos analise (Figura1).

Tendo como objetivo a análise final e extração dos dados, realizou-se uma tabela que condensa a evidência recolhida dos 19 artigos filtrados, com referência ao estudo (título, autor, ano de publicação e país), desenho, nível de evidência e qualidade metodológica, amostra, objetivo, intervenção, duração e frequência, escalas de avaliação e resultados obtidos (Tabela 3).

Após a sumarização dos resultados, optou-se por criar categorias entre os estudos que apresentavam semelhanças entre si. Esta categorização teve como base as áreas de intervenção estudadas e os seus efeitos. Assim, selecionamos as seguintes categorias: função motora (capacidade física funcional, a força muscular e o equilíbrio), depressão, qualidade de vida, atividade física, sono, eficácia da hemodialise e síndrome das pernas inquietas.

Figura 1 Protocolo de Pesquisa e Seleção de artigos (PRISMA) 

Tabela 3 Resumo dos estudos incluídos para revisão 

E Título Estudo, Pais, Ano Autor TE NE N Objetivo Intervenção/ Exercício Duração/
Frequência

Avaliação
1 Effects of Exercise Training Combined with Virtual Reality in Functionality and Health-Related Quality of Life of Patients on Hemodialysis.Brasil
2019
Maynard, L. G., et al. RCT 1.c 45 Avaliar os efeitos do treino físico combinado com Realidade virtual (RV) na funcionalidade e qualidade de vida (QV) de doentes em HD
Grupo controlo: sem intervenção
Grupo de intervenção: Exercício aeróbio (EA) e exercício resistido (ER)
guiado por realidade virtual
3/ Semana,
Nas 2 primeiras horas de hemodialise
30’ a 60’.
Durante 12 semanas.
Borg scale
Avaliação de: Tensão Arterial (TA), Frequência cardíaca (FC), Frequência Respiratória (FR) e Saturação de Oxigénio (StO2)
Resultados clínicos
Walking speed
Timed up and go (TUG))
Duke Activity Status (DASI)
Index
Health-related quality of life (HQoL)
Depressive symptoms (Scale Depression)
2 Intradialytic exercise improves physical function and reduces intradialytic hypotension and depression in hemodialysis patients. Corea Sul
2017
Rhee, S. Y., et. al QE 2.d 22 Avaliar os aspetos físicos, psicológicos, laboratoriais, e efeitos relacionados à diálise do exercício Intradialítico
Grupo: EA
Grupo: ER
Todas as sessões de diálise, entre 30’ a 45’.
Durante 6 meses.
Teste de sentar e repousar;
Teste de caminhada de 6’
Beck Depression Inventory
Short Form-36
3 A pilot study investigating the effect of pedalling exercise during dialysis on 6-min walking test and hand grip and pinch strength.Reino Unido
2019
Desai, M., et. al RCT 1.c 13 Determinar se um programa de exercícios com pedaleira intradialítica beneficiaria os doentes em termos de força muscular, Grupo de controlo - sem intervenção
Grupo de intervenção:
EA, ER
3 a 5/semana, 20´a 60`.
Durante 4 meses.
Teste de caminhada de 6’.
Força de preensão manual e força de pinça.
4 Effects of acute intradialytic exercise on cardiovascular responses in hemodialysis patients.USA
2018
Jeong, J. H., et. al RCT 1.c 12 Avaliar a segurança do exercício físico Intradialítico e efeitos hemodinâmicos a nível cardiovascular 1)Grupo controlo: sem intervenção
2)Grupo: Exercicio:30’ exercício na 1ª hora: EA e ER
3)Grupo: 30’ exercício na 3ª hora tratamento: EA e ER
3/ semana,
30´ em tempos diferentes do tratamento.
Durante 12semanas
Antes e após a HD: Balanço hídrico, FC e Ecocardiograma Durante a HD: TA (15’); FC/h, Variação ritmo cardíaco contínuo, Índice de aumento, Volume Sangue, Resistidos Periférica total, Vigilância de sinais hipotensão.
5 Effectiveness of Intradialytic Exercise on Dialysis Adequacy, Physiological Parameters, Biochemical Markers and Quality of Life-APilot Stud. India
2018
Paluchamy, T., & Vaidyanathan, R. RCT 1.c 20 Determinar a eficácia do exercício Intradialítico na eficácia da diálise, parâmetros fisiológicos, marcadores bioquímicos e qualidade de vida 1) Grupo Controlo - sem intervenção
2) Grupo de intervenção: EA e ER
3/semana,
10 a 15’, durante as primeiras 2 h de sessão de HD
Durante 12 semanas
Kt/V
TA
Peso
Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SF™)
6 Effect of intradialytic exercise on daily physical activity and sleep quality in maintenance hemodialysis patients. Coreia do Sul
2018
Cho, J.-H., et. al RCT 1.c 46 Avaliar o efeito do exercício Intradialítico nas atividades de vida diária e na qualidade do sono, medida por acelerómetro 1) Grupo Controlo- só alongamentos
2) Grupo: EA
3) Grupo: ER
4) Grupo: EA e ER

3 / semana
5’até max. 30’, com 5’ arrefecimento
Durante 12 semanas
Wactisleep-bt accelerometer, usado no braço, durante um período contínuo de 7 dias.
MET (kcal/h/Kg)
Sleep fragmentation índex - SF
7 Impact of Intradialytic Exercise Intensity on Urea Clearance in Hemodialysis Patients.Canadá
2017
Brown, P. D. S.,et. Al RCT 1.c 22 Avaliar se o exercício físico apresenta benefícios ao nível da eficácia do tratamento de HD. 1) Grupo controlo: sem controlo
2) Grupo com EA com intensidade até 55% do ritmo cardíaco (HR) max/ dia
3)Grupo com EA até 70% HRmax /dia
3 Grupos em estudo.
Aeróbico e de resistidos
3 /semana
30’, ou 60’ de HD
Durante 3 semanas.
Kt/V
Borg Scale
8 Intradialytic exercise and postural control in patients with chronic kidney disease undergoing hemodialysis. Brasil
2017
Carletti, C. O.,et. al RCT 1.c 7 Avaliar o efeito do exercício Intradialítico sobre o equilíbrio postural. 2 grupos de acordo com o dia da semana.
1) sem carga, 30-45’de treino intercalado
2) sem carga, 50-60’ contínuo
3) 50 a 60’de exercícios contínuo com carga aumentada
EA; ER
3 / semana 50-60’nas primeiras 2 h sessão, durante 12 semanas Berg balance scale
Postural control: Advance Mechanical Technology Inc. (AMTI - AccuGait) forceplate
body mass
Six-minutes-walking-test (6MWT)
30s sit-to-stand (ST30s) test
9 Effect of Exercise Performed during Hemodialysis: Strength versus Aerobic. Brasil
2013
De Lima, M. C., et. al RCT 1.c 33 Comparar dois tipos de exercícios físicos (força vs. aeróbica) e sua influência na força muscular, capacidade funcional, função pulmonar e QV Grupo de controle -sem intervenção,
Grupo ER
Grupo EA
3/semana G2 15 repetições
G3 15’
8 semanas, durante as primeiras 3 h de HD;
A máxima
pressão inspiratória (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx) foram avaliadas através de um manovacuômetro analógico;
Teste de etapa (ST) por 4’, quantificando o número das etapas alcançadas (NSA);
Resultados de uréia, hemoglobina, potássio, cálcio,
e concentração de fósforo, hematócrito
KDQoL-SF 1.3
10 Effect of resistance exercise intradialytic in renal patients chronic in hemodialysis. Brasil
2013
Ribeiro, R., et. al RCT 1.c 60 Estudar o papel do exercício resistido no tratamento e na QV Grupo 1: DM com DRC ER; Grupo 2: DM com DRC sem intervenção; Grupo 3: DRC e ER, Grupo 4: DRC Sem intervenção 3 / semana.
3 séries de 12 repetições
8 semanas,
Avaliação de creatinina, ureia, potássio, glicemia de jejum;
índice de Kt/v
Teste de força manual
Medical Outcomes Study 36 (SF36)
11 Exercise Training During Hemodialysis Reduces Blood Pressure and Increases Physical Functioning and Quality of Life. Brasil
2010
Reboredo, M. de M., et. al QE 2.d 18 Avaliar os efeitos da supervisão treino aeróbico sobre a atividade física, pressão arterial, QV e dados laboratoriais. Fase de controle (12 semanas antes da intervenção) 10’ exercícios de alongamento dos membros inferiores
- Fase de intervenção consistiu no treino com EA
3/ Semana
12 Semanas controlo e
12 Semanas de intervenção
Nas primeiras 2 h de HD.
33’
final de 12 semana 37.2’ min
Durante 24semanas
Teste de caminhada de 6’ (6MWT)
Borg scale
MAPA
Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36)
Colheitas de amostras de sangue
Kt/V
12 Effect of intradialytic aerobic exercise on serum electrolytes levels in hemodialysis patients.Irão
2010
Makhlough, A., et. al RCT 1.c 47 Determinar o impacto de um programa de exercícios intradialíticos, nos níveis séricos de eletrólitos e hemoglobina. 1.Grupo EA
2. Grupo controlo: sem intervenção
.
3 / Semana,
15’,
Durante 2 meses.
Parâmetros sanguíneos,fosfato,potássio calcio sérico e hemoglobina,
13 Implementation of exercise training programs in a hemodialysis unit: effects on physical performance. Italia
2011
Bulckaen, M., et.al RCT 2.d 18 Avaliar os efeitos no desempenho físico de 2 programas diferentes de 6 meses de exercício adaptado à capacidade física. Grupo 1 - programa de exercícios em casa + EA
Grupo 2 - EA + programa de treino físico + treino com supervisão.
3 /Semana
Nas primeiras 2 horas de diálise, ou por 30’,
Durante 6 meses.
6-Minute walk test (6MWT)
Step-diary
Treadmill test , avaliar capacidade de resistencia
Índice de massa corporal (IMC)
Peso corporal
Índice de resistidos à eritropoietina
(ERI)
Avaliados o hematócrito e soro de eletrólitos, uréia, albumina e proteína C reativa. Kt / V
Normalized protein nitrogen appearance (nPNA)
14 The Effect of Prolonged Intradialytic Exercise in Hemodialysis Efficiency Indices. Grécia
2011
Giannaki, C. D., et. al RCT 1.c 10 Verificar se o exercício intra-dialítico aprimora a remoção de toxinas, diminuindo a resistidos intersompartimental, um grande impedimento para a remoção de toxinas. Grupo 1: EA

Grupo controlo- sem intervenção
No mesmo dia da semana de 2 semanas consecutivas.
3 h
Durante 2 meses
Colheitas de amostra de sangue antes e depois da HD
Peso
Kt/V
The reduction ratios of BUN and creatinin
Borg RPE scale
SF-36 Dimensão da saúde física
sit-to-stand test (STS-60
NSRI walk test
STS-60
15 Effect of Intradialytic Versus Home-Based Aerobic Exercise Training on Physical Function and Vascular Parameters in Hemodialysis Patients: A Randomized Pilot Study. Australia
2010
Koh, K. P., et. al RCT 1.c 70 Comparar os efeitos de 6 meses de treino físico supervisionado intradialítico versus treino físico domiciliar ou atividade vida diaria em função e rigidez arterial em doentes em HD. Grupo EA

Grupo de exercício domiciliar

Grupo de controlo- sem intervenção
3 / semana
15’semana nas duas primeiras semanas e progredir para 30’ na semana 12 e 45’ por semana na semana 24.
Durante 6 meses
Borg RPE of 12-13
6-Minute walk distance,
TUG,
Grip strength test
Medical Outcomes Short-Form 36-Item Health Survey
16 Effect of Resistance Exercises on the Indicators of Muscle Reserves and Handgrip Strength in Adult Patients on Hemodialysis, Mexico
2015
Olvera-Soto, M. G., et. al RCT 1.c 61 Avaliar o efeito de exercícios resistidos realizados durante as sessões de hemodialise nos indicadores antropométricos musculares e força de flexão de mão em indivíduos sedentários malnutridos com doença renal em último grau. Grupo-Controlo- sem intervenção
Grupo-ER.
2 /Semana.
50’ realizadas
durante a segunda hora HD
Durante 12 semanas
Equação de Jellife e Jellife;
Equação de Heymsfield e cols;
Handgrip strength- Analogue Handgrip Dynamometer
IMC
17 Effects of resistance exercise training on acyl-ghrelin and
obestatin levels in hemodialysis patients
Brasil
2015
Moraes, C., Marinho, S., et. al RCT 2.d 52 O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos de um programa de exercícios resistidos nas hormonas do apetite, na composição corporal e estado nutricional Grupo controlo- sem intervenção

Grupo de ER
Durante as primeiras 2 h de HD, 3/semana, Durante 6 meses
1-Repetition Maximum Test (1RM);
Dados bioquímicos de rotina após jejum noturno (Obestatina, acil-grelina, bioquímica),
adapted Subjective Global Assessment (SGA
Dados antropométricos (peso corporal (kg), altura (m), circunferência da cintura (CC, cm), e dobras cutâneas (mm))
IMC
SF36
18 Effects of Aerobic Exercise During Hemodialysis on Physical Functional Performance and Depression. Taiwan,China
2015
Liu, Y.-M., Chung, et. al RCT 2.d 24 Avaliar os efeitos do exercício aeróbico no desempenho da atividade física e na depressão. Grupo Controlo- sem intervenção
Grupo
EA
3/ Semana
20’
Durante 12 semanas
6-min walk test
(6MWT)
sit-to-stand test (STS-60)
Chinese version of the Beck Depression Inventory II (C-BDI-II
Dados bioquímicos
19 Aerobic Exercise Improves Signs of Restless Leg Syndrome in End Stage Renal Disease Patients Suffering Chronic Hemodialysis. Irão
2013
Mortazavi, M.,et.al RCT 1.c 26 Avaliar o efeito do exercício na síndrome de pernas inquietas e QV Grupo Controlo- sem intervenção
Grupo de EA
3/Semana;
30’ entre as horas 2 e 3 durante a diálise
Durante 16 semanas.
Borg scale
Avaliação de pressão arterial e a frequência cardíaca determinadas antes e depois da diálise e nas horas 2 e 3 durante a diálise
Questionário RLSQ
SF-63

E- Estudo; TE- Tipo de estudo; NE- Nivel de Evidencia; N- Amostra; RCT - Randomized controlled trial; QE - Quasi-experimental

Caraterísticas dos estudos selecionados

Foram selecionados para analise final 19 estudos, 2 estudos quasi-experimentais 17,18 e os restantes estudos randomizados controlados 19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,35.

Relativamente ao tipo de EFI, os estudos apresentam resultados de exercícios isolados e/ou combinados. Em 2 artigos foram realizados exercícios resistidos 27,34 e em 8 exercícios aeróbios 18,28,29,30,31,32,33,35. Em 3 artigos compararam intervenções dos dois tipos de exercícios (23,24,26 e em 6 a intervenção combinou exercícios aeróbios e resistidos 17,19,20,21,22,25. Para os exercícios aeróbios a maioria dos estudos utilizou cicloergómetro e para os resistidos utilizaram pesos e bandas elásticas.

Quanto aos grupos de intervenção verificamos que 12 artigos têm 2 grupos de comparação (17,18,19,20, 22, 28, 29,30,31,33,34,35) e 5 artigos apresentam 3 grupos de comparação (21,24, 25,26,32). Existem 2 artigos que apresentam 4 grupos de intervenção 23,27, verificamos que um deles tem um grupo para exercícios resistidos, outro para exercícios aeróbios e mais um para exercícios combinados.

A frequência dos exercícios varia entre as 3 semanas e os 6 meses, sendo que a duração de 12 semanas é a mais frequente. Comparando todos os estudos averiguamos que a maioria dos estudos faz a intervenção 3 vezes por semana correspondendo aos dias de HD semanal.

Nos 19 estudos foram avaliados os seguintes parâmetros: qualidade de vida (7); alterações na função renal (7); capacidade física funcional (6); eficácia da HD (4); força muscular (4); depressão (2). Os seguintes parâmetros, foram avaliados apenas uma vez: alterações cardiovasculares; autonomia nas atividades de vida diária; sono; equilíbrio e síndrome de pernas inquietas.

Função Motora

Nesta categoria englobamos os resultados relacionados com a capacidade física funcional, a força muscular e o equilíbrio.

A capacidade funcional, foi avaliada em 6 artigos, mas apenas, em 5 artigos se verificou benefício estaticamente significativo. 17,18,19,28,32 Maynard et al 19 verificaram que um programa utilizando realidade virtual associado a exercícios aeróbios e resistidos durante 12 semanas melhorou a capacidade funcional (p<0,001) e o desempenho físico (p=0,021) da amostra. Rhee et al 17 também aplicaram exercícios combinados a uma amostra de 22 indivíduos e concluíram que houve um aumento na capacidade funcional (p <0,05).

Por outro lado, Koh et al 32 verificaram, que houve benefício na capacidade funcional nos 2 grupos, mas sem diferença estaticamente significativa, entre os dois. Um realizou exercícios intradialítico e o outro grupo exercício no domicílio. Esta intervenção foi baseada em exercícios aeróbios e teve a duração de 6 meses.

A força muscular foi avaliada em 4 artigos (20, 25,26, 33) nos quais se constatou melhoria. Desai et al 20 numa amostra de 18 indivíduos verificou que após um programa de exercícios combinados, houve um aumento da força muscular, nomeadamente na força de preensão manual (p <0,01) e na de força de pinça (p <0,05). Olvera-Soto et al 33 após aplicarem um programa de exercícios resistidos observaram que houve um aumento na circunferência do músculo do braço (p=0,001), área do músculo do braço (p=0,002) e força de preensão manual, entre as medidas basais e finais (p <0,05).

Em 2017 Carletti et al 25) verificaram que para o equilíbrio e força muscular, apesar de haver melhoria, esta não apresentava diferença estatística entre os 3 grupos que realizaram exercícios aeróbios simples e exercícios combinados.

Depressão

O impacto da depressão é analisado em 2 artigos 17,18. Rhee et al 17 concluíram que um programa de exercícios combinados teve benefícios na depressão quando comparado com o grupo de controlo (p <0,05).

Após o término do programa de exercícios aeróbios, Liu et al 18 verificaram que os scores médios de depressão indicaram depressão major no grupo de controlo e depressão leve no grupo experimental (p = 0,001).

Qualidade de Vida

A Qualidade de Vida foi avaliada em 7 artigos (17, 22,26,27,28,34,35), sendo que os autores utilizaram diferentes escalas de avaliação. Dos 7 artigos verificamos que, 5 referiram benefícios do exercício face à qualidade de vida (22,26,27,28,34, enquanto 2 não apresentaram uma melhoria significativa (17, 35).

Paluchamy e Vaidyanathan 22 verificaram que houve um aumento significativo (p <0,05) na qualidade de vida após 12 semanas de uma intervenção combinada de exercícios aeróbios e resistidos. Em 2013 Ribeiro et al. 27 observaram que, um programa de exercícios resistidos contribuiu para uma melhoria na Qualidade de vida (p <0,001). Reboredo et al. 28 constataram uma melhoria significativa nas dimensões da atividade física, relação social e saúde mental do SF-36.

Em sentido contrário verificamos que Rhee et al. 17 não obtiveram diferenças, relacionadas com a avaliação da qualidade de vida, após 6 meses de exercícios combinados. Também Mortazavi et al. 35 não verificaram existirem diferenças entre os dois grupos, após a realização de um programa de exercícios aeróbios.

Atividade Física

Um estudo realizado na Coreia do Sul por Cho et al. 23 dividiu a amostra em 4 grupos sendo aplicada a intervenção durante 12 semanas. O primeiro grupo serviu de controlo e os restantes realizaram exercícios aeróbios, resistidos e combinados respetivamente. Analisamos que os grupos que realizaram exercício apresentaram menos períodos de inatividade física sendo a diferença maior no grupo que realizou exercícios aeróbicos (p=0,01).

Sono

A qualidade de sono foi avaliada apenas em 1 artigo 23, pela fragmentação do padrão de sono. Os autores concluíram que face ao grupo de controlo, tanto os exercícios aeróbios (p=0,03) e exercícios resistidos (p=0,01), melhoram significativamente a qualidade de sono.

Eficácia da Hemodialise

Em 7 artigos 19,22,24,26,27,29,31 foi analisado o efeito do exercício e a sua influência na função renal.

Observamos em 3 artigos 19,22,24 com programas de exercícios combinados, a melhoria na função renal, nomeadamente nos valores séricos de ureia. Brown et al. 24 verificaram que o grupo que realizou o exercício apresentou benefício, na função renal, em relação ao grupo de controlo. Os mesmos autores também constataram que o aumento da intensidade do exercício, não provocou diferenças estatísticas significativas.

Nos restantes artigos verificamos que a prática de exercício aeróbio ou resistido trouxe benefícios na função renal destes doentes (26,27,29,31.

Dos artigos analisados, observamos que 4 avaliaram o Kt/V (17,20,22,31. Em dois estudos verificamos que uma intervenção de exercícios combinados levou a uma melhoria significativa do Kt/V (p <0,01) (20,22, em programas de duração de 3 e 4 meses, respetivamente. Por outro lado, Rhee et al. 17 após 6 meses de intervenção, não observou alterações significativas na avaliação do Kt/V, após a realização de um programa de exercícios semelhante ao anterior. Giannak et al. (31 concluíram que após 2 meses de exercícios aeróbios o Kt/V, melhorou significativamente na sessão de exercícios em comparação com a sessão sem exercícios (p=0,05).

Síndrome das Pernas Inquietas

Em 2013, Mortazavi et al. 35 analisaram a influência de exercícios aeróbios durante 16 semanas nos sintomas da síndrome das pernas inquietas. Após a intervenção realizada concluíram, que houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo de controlo e o grupo experimental (p=0,003).

DISCUSSÃO

Nesta revisão sistemática incluímos estudos controlados randomizados e estudos quasi-experimentais, que demonstraram evidência científica relacionada com os benefícios do EFI. Dos estudos incluídos a amostra menor incluiu 7 doentes e a maior 70, sendo que o total de doentes incluídos em todos os estudos é de 606.

Verificou-se que existiu, preocupação em estudar o impacto do EFI, em várias vertentes: física, psicológica e social. A vertente física foi a mais estudada, através da avaliação da capacidade funcional, da força muscular e na eficácia da HD. Os estudos, apresentam várias metodologias e escalas de avaliação dos parâmetros analisados, o que dificultou de alguma forma o agrupar dos resultados.

Para avaliação da capacidade funcional física os testes mais utilizados, foram o Teste de deslocamento (Timed up and go-TUG), Teste de sentar e repousar (Sit-to-stand -STS-60) e o Teste de caminhada de 6’ (6MWT). Na nossa opinião a utilização destes testes deve-se ao fato de serem fiáveis, e como refere Morales36 são bem tolerados pela maioria dos doentes, além de requererem pouco equipamento para a sua realização 37. A força muscular foi avaliada com o 6MWT, TUG, Manovacuómetro analógico, Teste de etapa (ST) por 4’, Handgrip strength- Analogue Handgrip Dynamometer.

A QV, foi o segundo parâmetro mais avaliado, o questionário mais utilizado foi SF-36, por ser curto e de fácil aplicabilidade. Em apenas um artigo foi aplicado, um questionário dirigido à população em estudo, o Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SF™), que para além de incluir o SF-36, inclui 43 itens específicos da doença renal, validado e difundido em vários países, incluindo Portugal 38. Silva et al 39,referem que um programa de exercícios, durante o período intradialítico, aumenta significativamente a QV do doente com DRC, a mesma informação foi obtida em 5 dos estudos incluídos nesta revisão sistemática.

A função renal avaliada através de parâmetros analíticos, foi também uma preocupação da maioria dos estudos, no entanto, apenas 7 apresentam estes resultados como primary outcome. A eficácia da dialise foi avaliada através do Kt/V e pela taxa de remoção da ureia. Mohseni et al. 40 referem que aumentar a eficácia dialítica é uma forma efetiva de melhorar o prognóstico do doente em HD.

A realização de exercício físico, na primeira hora da HD é utilizada na maioria dos estudos. Kosmadakis et al. 6,referem que durante a HD a mudança de fluídos intravasculares para o espaço intersticial conduz a uma redução da volémia, e consequente á hipotensão, pelo que, recomendam que o programa de exercício decorra nas duas primeiras horas de HD.

Carft e Perna 41, consideram que a eficácia do exercício na diminuição de sintomas da depressão encontra-se bem definida. Também referem que o foco deve estar na frequência do exercício e não na sua duração ou intensidade. Como podemos verificar nos artigos incluídos o exercício trouxe benefícios face à sintomatologia depressiva, referida pelos doentes.

Podemos concluir, que independentemente do tipo de programa de EFI implementado, todos apresentaram benefícios, exceto quando realizados num curto espaço de tempo, como podemos verificar no estudo de Brown, et al 24,onde os 22 doentes, não apresentaram melhoria significativa, num programa de exercício avaliado ao fim de 3 semanas.

Os artigos analisados utilizaram exercícios aeróbios e resistidos. Segundo Pereira 42 um programa intradialítico aeróbio de cicloergómetro, representa uma estratégia útil e fácil de implementar para reduzir a sintomatologia associada à DRC. Também Novo et al 43, referem que o exercício aeróbio produz uma clara melhoria na deambulação dos doentes, mas, em termos de força muscular as melhorias não são significativas. Grande parte destes estudos, realiza exercícios combinados entre aeróbios e resistidos. De acordo com os autores estudados há benefício em juntar estes dois tipos de programas, não só na capacidade funcional mas também a nível da força muscular.

Verificamos também, a existência de grande adesão aos programas de EFI. Como refere Martins 44), os protocolos de treino aeróbio intradialítico são de execução simples, pouco dispendiosos, melhoram a capacidade funcional e sem prejuízo na eficácia dialítica.

De acordo com a literatura encontrada, pensamos que o exercício físico deveria ser uma recomendação incluída no tratamento de HD. Devendo a sua prescrição ser individualizada, de acordo com os fatores de risco desta população. A sua realização deverá ser sempre supervisionada por um profissional de saúde.

CONCLUSÃO

Conclui-se que, a quase totalidade dos artigos, demonstram efeitos benéficos na realização do exercício físico, não só para capacidade funcional e a força muscular, mas também na QV e na melhoria da eficácia da HD.

A maioria dos artigos apresenta como critério de inclusão, a estabilidade dos doentes, pelo que não é claro, se os benefícios estão limitados a estes doentes. Portanto, protocolos individualizados, para doentes com comorbilidades associadas, precisam ser mais estudados.

Apesar dos benefícios expostos, a prática do EFI, não é uma prática habitual. Uma das hipóteses a ser considerada, pode ser o desconhecimento dos benefícios, por parte das equipas de saúde, uma vez que do ponto de vista económico, não é necessário um grande investimento por parte dos centros de HD. Recomendamos como áreas para futuras pesquisas, os motivos apresentados pelos profissionais de saúde para a não realização de EFI.

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Recebido: 12 de Agosto de 2020; Aceito: 15 de Dezembro de 2020

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