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Revista Portuguesa de Saúde Pública
versão impressa ISSN 0870-9025
Resumo
GREGORIO, João e LAPAO, Luís Velez. Uso de cenários estratégicos para planeamento de recursos humanos em saúde: o caso dos farmacêuticos comunitários em Portugal 2010-2020. Rev. Port. Sau. Pub. [online]. 2012, vol.30, n.2, pp.125-142. ISSN 0870-9025. https://doi.org/10.1016/j.rpsp.2012.12.003.
Introdução: O planeamento de Recursos Humanos em Saúde assume especial importância numa envolvente económica e política de grande incerteza como a atual. Para os farmacêuticos comunitários, um ambiente com uma crescente inovação tecnológica e maior capacitação dos cidadãos em questões de saúde, bem como a falta de médicos e a reforma dos cuidados de saúde primários (CSP), pode apresentar uma oportunidade para que estes profissionais alterem o seu papel no sistema de saúde, consumando assim a mudança de paradigma a que a profissão assiste desde os anos 90. Método: Enquanto ferramenta de pensamento estratégico, a análise de cenários prospetivos permite analisar o futuro do farmacêutico comunitário, observando várias alternativas. A construção dos cenários decorreu em 3 fases, as 2 primeiras em workshops de cenarização, onde utilizámos como técnica de recolha de informação a técnica de brainstorming, e uma fase final, onde fizemos evoluir os cenários temáticos destes workshops para cenários de decisão, com base na informação recolhida nos workshops e na literatura científica sobre o papel do farmacêutico comunitário e os fatores que o influenciam. Resultados: Esta análise permitiu-nos identificar enquanto principais incertezas críticas, isto é, as que terão maior influência no futuro do farmacêutico comunitário português, o «Ambiente Legislativo» e a «Capacidade de Inovação de Serviços». Resolvendo estas incertezas numa matriz 2 x 2, construíram-se 3 cenários que denominámos «Pharmacy-Mall», «e-Pharmacist», e «Reorganize or die». Conclusões: Nestes cenários fica evidente que a necessidade de farmacêuticos comunitários no futuro estará dependente da prestação de serviços farmacêuticos para lá do processo de dispensa de medicamentos. Estes futuros farmacêuticos terão de adquirir mais competências em áreas tradicionalmente fora do seu âmbito, tais como competências de gestão, liderança, marketing, tecnologias de informação, aptidões para o trabalho em equipa e técnicas comportamentais e comunicacionais.
Palavras-chave : Planeamento recursos humanos da saúde; Farmacêutico comunitário; Análise de cenários; Inovação de serviços farmacêuticos; Portugal.