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Etnográfica
versão impressa ISSN 0873-6561
Resumo
FROMMING, Urte Undine. O degelo dos glaciares do Kilimanjaro: percepção e apropriação colonial e pós-colonial da natureza africana. Etnográfica [online]. 2009, vol.13, n.2, pp.395-416. ISSN 0873-6561.
Ao longo da última década, o degelo dos glaciares do Kilimanjaro tornou-se um símbolo dos efeitos do aquecimento global. Simultaneamente, o aumento do turismo na região tem um carácter ambivalente, já que a indústria ganha com a celebração da natureza (e sua apropriação pelo Ocidente), a mesma natureza que é ameaçada pela enorme influência do turismo sobre o clima mundial. Nas percepções europeias, o monte Kilimanjaro tornou-se, desde a sua descoberta no século XVIII, epítome da beleza avassaladora, sendo até hoje representativo do estado selvagem e da aventura para os mais de 20 mil turistas estrangeiros que sobem a montanha todos os anos. Este artigo identifica os modos como tais percepções se inscrevem nos fundamentos da modernidade estética que continuam a moldar a atracção pelo monte Kilimanjaro. A análise prossegue centrando-se nas suas consequências para a população local e nas relações entre os habitantes locais e os visitantes estrangeiros que são atraídos pelos projectos de configuração de escala de uma indústria que dá continuidade à conquista colonial.
Palavras-chave : Kilimanjaro; escala; turismo; natureza; estética.