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Ciência & Tecnologia dos Materiais

 ISSN 0870-8312

COSTA, Horácio Maia e. Os Escoriais de Moncorvo. []. , 21, 3-4, pp.58-67. ISSN 0870-8312.

^lpt^aEste trabalho foi realizado na sequência de um outro exclusivamente dedicado ao estudo das escórias de Felgar. O objectivo deste novo estudo é o de relacionar as características das escórias existentes nos escoriais conhecidos da Região de Moncorvo [Felgueiras, Felgar, Souto da Velha, S. Pedro (Mós) Chapa Cunha e Carviçais] e que resultaram da exploração de Ferrarias, com o mesmo nome, cujas datas de funcionamento continuam por determinar. Com efeito, não foi ainda possível encontrar as ruínas das instalações fixas que, necessariamente terão existido, nem indícios dos equipamentos (fornos, insufladores de ar, martelos, bigornas, etc.) que as integrariam. Dedicadas à produção de “ferro maleável”, estas Ferrarias forneciam barras e chapas que ferreiros transformavam em ferramentas, alfaias agrícolas, grades e outros utensílios. Porém, não é conhecida a existência de estruturas onde o ferro de Moncorvo tivesse sido aplicado, embora haja algumas monumentais obras de arte em Portugal construídas inteiramente com “ferro pudelado” (Ponte de D. Maria, no Porto, Ponte sobre o Rio Lima, em Viana do Castelo, Grades da Ceia da Relação, no Porto, etc.) que terá sido importado, provavelmente da Galiza (Espanha). A observação das escórias colhidas nos escoriais acima referidos, mostra que a sua estrutura é em todos os casos semelhante o que aponta para equipamentos e metodologias de fabrico iguais ou parecidas. O facto de não serem conhecidas aplicações do ferro de Moncorvo nem terem sido encontrados, nos escoriais, fragmentos de ferro, impede que se possa avançar nestes estudos de reconhecimento das estruturas e da qualidade dos materiais fabricados. Portanto, a conclusão a tirar, aponta no sentido de haver grande semelhança de procedimentos nos fabricos das diversas Ferrarias. No entanto, ficam dúvidas relativamente à Ferraria da Chapa Cunha que, se admite, utilizaria metodologias mais evoluídas recorrendo nomeadamente, a sistemas hidráulicos para a insuflação contínua de ar nos fornos, recorrendo a trompas, e também ao accionamento de equipamentos mecânicos para a martelagem (pudelagem) necessária à remoção das escórias que acompanham e formam inclusões no “bolo” de ferro retirado dos fornos. Não foi possível encontrar na proximidade do edifício, considerado como tendo pertencido à Ferraria e depois recuperado para nele instalar um moinho para a moagem de cereais, qualquer fragmento de escória. Também não foram ainda encontradas as ruínas de outras dependências fixas que, necessariamente, integrariam a Ferraria e não existe qualquer terrapleno ou plataforma onde estas coubessem. Somente existe uma vala que promove o desvio da água de uma ribeira próxima que poderia integrar o sistema hidráulico acima referido e que mais tarde terá sido recuperada para a moagem de cereais.^lfr^aCe travail a été fait en continuation d’un autre consacré, exclusivement, à l'étude des scories de Felgar. L'objectif de cette nouvelle étude est de rapporter les caractéristiques des scories trouvées dans la Région de Moncorvo [Felgueiras, Felgar, Souto da Velha, S. Pedro (Mós) Chapa Cunha et Carviçais], qui sont le résultat de l'exploitation des ferroneries, avec les même noms, dont les dates de fonctionnement restent à déterminer. En effet, il n’a pas été encore possible trouver les ruines des installations fixes, qui ont nécessairement existé, ni des indices de l'équipement utilisé (fours, soufflantes, marteaux, bigornes, etc.). Dédiées à la production de “fer malléable”, ces ferroneries fournissaint des barres et des tôles qui dês forgerons  transformaint en dês outils industriels et agricoles, et d’autres outillages. Toutefois, on ne connait pas des structures oú le fer produit à Moncorvo a été appliqué, bien que l'on trouve des oeuvres d'art au Portugal, entièrement construites en “fer maléable”(Pont D. Maria, à Porto, Pont sur la Rivière Lima, à Viana do Castelo, les grades de la Prison du Cour d’Appel, à Porto, etc.) qui a été importé, probablement à partir de la Galice (Espagne).L'observation des scories recueillies dans les places ci-dessus rapportés, montre que leurs structures sont similaires; par cela on considere, dans tous les cas, que l'équipement et les méthodes de fabrication etaint égales ou semblables. Une fois que ne sont pas connues ni des outils ni des ouvres d’art utilisant du fer Moncorvo et on n’a pas encore trouvé des fragments de fer dans les scories, on ne peut pas poursuivre les études, pour la reconnaissance des structures et la qualité des produits fabriqués sur place. Par conséquent, les conclusions à tirer, montrent que les equipements et les methodologies de fabrication etaint très similaires. Toutefois, des doutes subsistent en ce qui concerne la Ferronerie Chapa Cunha; en efet, il est admis, qui à cette ferronerie ont été appliquées des méthodes plus évoluées en particulier, des systèmes hydrauliques pour l'insufflation continue d'air dans le four, utilisant des “trompes” et mettre en marche de l'équipement mécanique de martelage des “lupes” pour eliminer des scories qui les accompagnent et  des inclusions non métalliques comprises dans la strucure du fer. On n’a pas encore trouvé dans le voisinage de l'immeuble réputé avoir appartenu à Ferronerie et ensuite récupéré pour installer un moulin à broyer céréal, un seul morceau de scorie. Aussi, il ne sont pas encore trouvées les ruines d'autres dépendances fixes qui, nécessairement, integrerait la ferronerie; au voisinage il n'y a pas une plate-forme avec une dimension sufisante pour permettre batir les instalations fixes. Seulement il y a un fosse, qui permet le détournement de l'eau d'un ruisseau, qui pourrait intégrer le système hydraulique au-dessus cité et qui plus tard a été récupéré pour actionner un moulin à céréales.^len^aThis work was done in sequence of another one exclusively dedicated to the study of the Felgar slags. The aim of this new study is to relate the characteristics of slags known in the Moncorvo Region[Felgueiras, Felgar, Souto da Velha, S. Pedro (Mós) Chapa Cunha and Carviçais] which resulted from ancient smithies, with the same name. The dates of these smithies operations remain to be determined. Indeed, it wasn’t still possible to find the ruins of fixed installations, which necessarily have existed, nor evidence of equipment (furnaces, air blowers, hammers, anvils, etc.), that integrated them. Dedicated to the production of “malleable iron”, these smithies provide rods and plates that blacksmiths turned into industrial and agricultural tools, rail and other utensils. However, it is not known where the “Moncorvo iron” has been applied, although there are some monumental permanent works  in Portugal built entirely with "malleable iron” (Ponte de D. Maria, in Porto, Bridge over the Lima River, in Viana do Castelo, The Court of Appeal Prison rails, in Porto, etc.) which was certainly imported, probably from Galicia(Spain). The observation of the slag collected in the places above mentioned, shows that its structures are similar in all cases pointing to equipment and methods of manufacture equal or similar. The fact that “Moncorvo malleable iron” applications are not known and not have been found fragments of iron in the slags, don’t allow advances in these studies for the recognition of metallic structures and quality of materials produced. Therefore, the conclusion to be drawn, points to be very similar the equipment and methodologies used in the manufacture of all smithies. However, doubts remain regarding the Chapa Cunha Smithy,in which it was admitted the use of more advanced methods, in particular, the hydraulic systems for the continuous air insufflation in the oven and also the operation of mechanical equipment for hammering, required to remove the slag accompanying and forming inclusions in the iron "cake" produced. It wasn’t yet found in the vicinity of the building deemed to have belonged to Smithy and after that recovered to install a mill to grind the grain, any piece of slag. Nor were still found the ruins of the other dependencies fixed that necessarily integrated the Smithy, and there is no one platform of enough area where they will be built. Only there is a ditch that promotes the diversion of water from a nearby small river that could integrate the hydraulic system, above mentioned, and which later was recovered for a grain mill.

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