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Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

CABRAL, Gonçalo et al. Revascularização convencional ultradistal na isquemia crítica: a última fronteira. []. , 14, 2, pp.08-13. ISSN 1646-706X.

^lpt^aIntrodução: A cirurgia convencional de revascularização ultra-distal continua a ser pouco utilizada pela maioria dos cirur­giões vasculares. No entanto, os escassos estudos publicados mostram resultados muito favoráveis em termos de sobrevida e salvação de membro. Objetivos: Avaliar os resultados da cirurgia convencional de revascularização ultra-distal em doentes com isquemia crítica grau IV (estadios 5 e 6 da classificação de Rutherford); analisar os detalhes técnicos e de decisão cirúrgica que influenciam os resultados obtidos. Material e métodos: Estudo retrospetivo, envolvendo todos os doentes admitidos nesta instituição com isquemia críti­ca nos estadios 5 e 6 da classificação de Rutherford, submetidos a cirurgia convencional de revascularização ultra-dis­tal. Foi considerado critério de inclusão a cirurgia de bypass às artérias plantares comum, interna ou externa e à artéria pediosa. Foi avaliada a mortalidade, taxa de preservação de membro, sobrevida livre de amputação major e permeabili­dade da revascularização, por intermédio de curvas de Kaplan-Meier. Resultados: Entre Abril de 2012 e Março de 2016, 41 doentes (34 homens e 7 mulheres) com uma média de idades de 69.1 anos, foram submetidos a 50 procedimentos de revascularização ultra-distal, 35 dos quais à artéria pediosa, 10 a artérias plantares e 5 a procedimentos de resgate de failing graft. Em 84% das revascularizações (n=42) utilizou-se substituto venoso autólogo, sendo os restantes bypass compostos de PTFE e veia (n=8). O follow-up médio foi de 20.8 meses (2-47 meses). Não registámos qualquer mortalidade aos 30 dias e durante o follow-up a mortalidade global foi 7.3% (n=3). Ocorreram 9 oclusões das revascularizações (2 precoces e 7 tardias) e 5 amputações major. A permeabilidade primária foi de 78% e a permeabilidade primária assistida de 82%. A taxa de preservação de membro foi de 88.9% e, no final do follow-up, a sobrevida livre de amputação foi de 66%. Conclusões: Os resultados demonstram que, em centros especializados e com elevado volume, esta técnica é muito eficaz na salvação de membros em isquemia crítica nos estadios 5 e 6 da classificação de Rutherford. Estes procedimen­tos devem ser tomados em consideração na ausência de outros vasos pontáveis ou como resgate, em membros já subme­tidos a procedimentos de revascularização prévios.^len^aIntroduction: Ultra distal conventional revascularization is still underused by the majority of vascular surgeons. Nevertheless, the few studies published on this subject show very promising results in terms of limb salvage and amputation free survival. Objectives: The aim of this study is to evaluate the results of ultra distal conventional revascularization in patients with critical limb ischemia (stages 5 and 6 of Rutherford's classification). The technical details and surgical indications that influence results will also be analysed. Material and methods: Retrospective study analysing all patients admitted to this institution with the diagnosis of critical limb ischemia in stages 5 and 6 of Rutherford's classification, that were submitted to ultra distal conventional revascularization. Our inclusion criterion was bypass surgery targeting the common plantar, internal plantar, external plantar or dorsalis pedis. Mortality, limb salvage, amputation free survival and graft patency were analysed by means of Kaplan-Meier product-limit method. Results: Between April 2012 and March 2016, 50 ultra distal revascularization procedures, (35 targeting the dorsalis pedis artery, 10 to plantar arteries and 5 redo procedures for failing grafts) were performed in 41 patients (34 male and 7 female), with a mean age of 69.1 years. Autologous venous conduit was used in 84% of the procedures (n=42), with the remaining being composite bypasses of PTFE and vein (n=8). Mean follow-up was 20.8 months (2-47 months). There weren't any deaths within 30 days of surgery and mortality during follow up was 7.3% (n=3). There were 9 graft occlu­sions (2 early and 7 late) and 5 major amputations. Primary patency was 78% and primary assisted patency 82%. Limb salvage was accomplished in 88.9% of patients and amputation free survival was 66% at the end of follow-up. Conclusions: Our results show that, in high volume dedicated centres, these procedures are very effective for limb salvage in patients with critical limb ischemia in stages 5 and 6 of Rutherford's classification. They should be taken in consideration in the absence of more proximal patent arteries or in patients already submitted to former revascularizations.

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