ser2 7 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Cadernos do Arquivo Municipal

 ISSN 2183-2176

MARQUES, Inês Maria Andrade. “Entalados” nas fachadas de Lisboa: Práticas escultóricas na construção de rendimento na década de 1950. O bairro de Alvalade. []. , ser2, 7, pp.219-306. ISSN 2183-2176.

^lpt^aNa década de 1950, vulgarizou-se na cidade de Lisboa uma prática escultórica muito específica que caracterizou os chamados prédios de rendimento. Os “entalados”, tal como lhes chamou Keil do Amaral, eram esculturas ou relevos colocados em espaços relativamente pequenos, geralmente encimando as entradas principais dos edifícios. Embora muitas vezes realizadas por escultores com formação académica, estas obras tinham um estatuto ambíguo, entre a cantaria artística e a escultura. Por se considerarem elementos decorativos, iam povoando a cidade sem grande controlo dos poderes públicos, contrariamente à escultura e estatuária monumental. Considerando o conjunto de intervenções escultóricas existentes no bairro de Alvalade, este texto contextualiza o surgimento dos “entalados”, descreve esta prática escultórica - muito criticada por Keil e outros artistas e arquitetos modernos - e mostra, através de um caso concreto, como a sua presença colidiu por vezes também com as sensibilidades oficiais da época.^len^aIn the 1950s, a specific sculptural practice became popular in the city of Lisbon, serving the interests of the private construction. The “entalados”, as Keil do Amaral called them, were sculptures and reliefs which were placed in narrow spaces in the facades of the residential buildings, usually surmounting the main entrances. Although often made by sculptors with academic training, these works never achieved work-of-art status. Being considered decorative elements, they appeared in the buildings throughout the city, with little control by public authorities, contrary to monumental sculpture and statuary. Considering the set of sculptural interventions in Alvalade, this text contextualizes the appearance of the “entalados”, describes this sculptural practice - highly criticized by Keil do Amaral and other modern artists and architects -, showing, through a specific case, how its presence sometimes clashed also with the official sensibilities of the time.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License