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Etnográfica

versão impressa ISSN 0873-6561

Resumo

MACEDO, Valéria. “Alimento morto” e os donos na cidade: comensalidade e alteridade em uma aldeia guarani em São Paulo. Etnográfica [online]. 2019, vol.23, n.3, pp.605-625. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.7247.

São Paulo conta com dois conjuntos de aldeias guarani, um deles no extremo sul da cidade (Terra Indígena Tenonde Porã) e outro na região noroeste (Terra Indígena Jaraguá). Este artigo resulta principalmente de minha interlocução com moradores da aldeia Tekoa Pyau, na TI Jaraguá, cuja exiguidade do espaço e o adensamento urbano crescente do entorno impõem desafios cotidianos ao manejo das conexões e desconexões que garantem a individuação de potências que os singularizam como guarani. Buscarei abordar essa questão por meio de práticas de conhecimento sobre alimentação e comensalidade, com ênfase para o modo como meus interlocutores distinguem o que chamam de “alimentos vivos” e “alimentos mortos”. No consumo de “alimentos vivos”, é preciso manejar relações com seus donos-espíritos. No caso dos “alimentos mortos”, a exemplo dos produtos ultraprocessados, as relações que os constituem são eclipsadas, tornando incerto (e perigoso) seu potencial agentivo. Partindo desta distinção, procuro apontar reflexões e inflexões guarani sobre alteridade, vulnerabilidade e a questão das mercadorias.

Palavras-chave : guarani; São Paulo; alimentação e comensalidade; mercadoria; indígenas em contexto urbano; vulnerabilidade.

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