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Etnográfica

 ISSN 0873-6561

PIVA, Felipe Paes. O adoecimento psíquico na graduação e os marcadores sociais da diferença na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP). []. , 27, 2, pp.529-551.   22--2023. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.14044.

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Este artigo debruça-se sobre um fenômeno no meio universitário: o sofrimento mental de seus alunos. Com pesquisa empírica junto aos alunos de graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) entre 2020 e 2021, visa entender em que medida há uma interação específica entre saúde mental e a experiência de discriminação associada aos marcadores sociais da diferença (raça, classe, gênero, sexualidade, dentre outros) através da convivência e das narrativas destes alunos. Deseja-se apreender o caráter relacional desses sofrimentos que ocorrem no ambiente universitário e as formas complexas como tais marcadores se entrelaçam nessas narrativas. Parte-se do entendimento de que tal fenômeno não se estabelece de forma homogênea entre os alunos, mas as junções de determinados marcadores apontam uma maior suscetibilidade de sofrimento psíquico devido a condições precárias específicas de determinados grupos sociais em contraposição a outros no contexto universitário, e da precariedade nas estruturas de inclusão e permanência na universidade.

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This article focuses on a certain phenomenon in the university environment: the mental suffering of its students. With empirical research with undergraduate students at the Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) between 2020 and 2021, the article aims to understand to what extent there is a specific interaction between mental health and the experience of discrimination associated with social markers of difference (race, class, gender, sexuality, among others) through the coexistence and narratives of these students. The aim is to apprehend the relational character of these sufferings that occur in the university environment and the complex ways in which such markers are intertwined in these narratives. It is based on the understanding that this phenomenon is not homogeneously established among students, but the combination of certain markers point to a greater susceptibility to psychic suffering, derived from specific precarious conditions of certain social groups as opposed to others in the university context and of the precariousness in the structures of inclusion and permanence in the university.

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