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Comunicação e Sociedade

versão impressa ISSN 1645-2089versão On-line ISSN 2183-3575

Resumo

LAMARTINE, Camila  e  SILVA, Marisa Torres da. O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam. Comunicação e Sociedade [online]. 2022, vol.41, pp.209-229.  Epub 20-Jun-2022. ISSN 1645-2089.  https://doi.org/10.17231/comsoc.41(2022).3697.

O estereótipo da mulher latina é comummente associado à sexualidade. Dentre elas, as mulheres brasileiras parecem carregar ainda mais este estigma mundo fora. Enquanto imigrantes, interseccionadas por outras matrizes de opressão além de género e raça, por exemplo, estas mulheres veem-se sujeitas a diversas marcas ainda remanescentes da colonialidade eurocêntrica que as inferioriza e silencia (Mignolo, 2000/2003), o que é agravado quando o país de emigração é o seu colonizador. Este artigo explora a utilização do ciberespaço como campo de denúncia e ativismo feminista através do estudo de caso do perfil @brasileirasnaosecalam, a partir da análise de conteúdo. O projeto surge na rede social digital Instagram com o intuito de denunciar, de maneira anónima, assédios, discriminações e preconceitos que mulheres imigrantes brasileiras sofrem em Portugal, especificamente por carregarem consigo a sua própria nacionalidade. Assim, através do ciberativismo, também feminista, as mulheres dispõem de um novo ciclo político de oportunidades impulsionadas pela construção e consolidação de laços entre elas ao redor do globo, rompendo binarismos, também entre primeiro e terceiro mundo, num apelo à articulação entre fronteiras (Timeto, 2019). Constata-se a relevância de empreender uma visão ontológica que se apoie numa perspetiva feminista decolonial e interseccional que utiliza o ciberfeminismo como aliado de interconexão entre o espaço digital e o real.

Palavras-chave : ciberativismo; imigração; xenofobia; Brasileiras Não Se Calam; ciberfeminismo.

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