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Portuguese Journal of Dermatology and Venereology

Print version ISSN 2795-501XOn-line version ISSN 2795-5001

Abstract

PEDRO, Diogo Mendes  and  COSTA, João Borges da. Strongyloides stercoralis e a imunossupressão na dermatologia. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2022, vol.80, n.3, pp.206-212.  Epub Oct 24, 2022. ISSN 2795-501X.  https://doi.org/10.24875/pjdv.m22000044.

A Dermatologia tem à sua disposição inúmeros fármacos imunossupressores para tratar várias doenças como dermatoses bolhosas autoimunes, psoríase e doenças do tecido conjuntivo. Em particular, a corticoterapia tem um papel frequentemente importante na gestão destas patologias. No entanto, previamente ao início da terapêutica imunossupressora, o rastreio de infeções oportunistas, como a estrongiloidíase, é crucial. O parasita Strongyloides stercoralis é um nematoda com um ciclo de vida complexo e com a capacidade de provocar autoinfeção no hospedeiro. Apesar de ser atualmente uma doença rara em Portugal, tem uma distribuição generalizada, sobretudo em países de baixo rendimento económico. Geralmente, é responsável por uma infeção crónica e assintomática, se bem que frequentemente com eosinofilia intermitente. Certas comorbilidades podem aumentar o risco de hiperinfeção ou doença disseminada. Estes fatores são a presença de certas patologias com compromisso do sistema imunitário, como neoplasias hematológicas, Sida e infeção pelo HTLV-1. Também certas intervenções, como a corticoterapia ou a transplantação, são fatores de risco. O rastreio e diagnóstico fazem-se habitualmente com testes serológicos e parasitológicos, e o tratamento de escolha é a ivermectina. Assim, dado que a infeção crónica pode frequentemente ser assintomática e a hiperinfeção potencialmente letal, o rastreio prévio ao início de tratamento imunossupressor é fundamental. Neste contexto, Dermatologistas que prescrevem tais fármacos devem estar familiarizados com a necessidade de rastreio para a infeção por este parasita e sua gestão antes do início da terapêutica.

Keywords : Estrongiloidíase; Strongyloides stercoralis; Terapêutica corticosteroide; Imunossupressão em dermatologia; Imunossupressão; Síndrome de hiperinfeção.

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